Em determinado ponto da sua carreira, de certeza que já se deparou com alguém assim: aquele colega picuinhas, que está sempre do contra, que só sabe criticar (de maneira pouco construtiva), indelicado e até mesmo agressivo, bisbilhoteiro, conflituoso, intriguista – ou com outros predicados que o habilitam a entrar diretamente na categoria de colegas tóxicos.
A verdade é que por mais que nos custe, por vezes somos forçados a trabalhar com estas pessoas, que parecem não acrescentar nenhum valor à organização. Mas se, em determinados casos, não há mesmo forma de lhes escapar, há, ainda assim, muito que podemos fazer para tornar a relação profissional que somos obrigados a estabelecer um pouco mais suportável. Larry Kim, fundador e chief technology officer da plataforma de marketing digital WordStream, recomenda, num artigo para a revista Inc., cinco estratégias que a podem ajudar a tornar-se imune aos colegas tóxicos.
Ninguém pode fazê-la sentir-se inferior sem o seu consentimento.
Não se deixe afetar pelos colegas tóxicos
Parafraseando Eleanor Roosevelt, lembre-se que ninguém pode fazê-la sentir-se inferior sem o seu consentimento. É certo que não podemos controlar as ações das outras pessoas, mas temos controlo total sobre a nossa reação a esses comportamentos. Não deixe que os colegas tóxicos entrem na sua cabeça, a façam questionar a sua atuação ou a incomodem com os seus atos. O segredo está em não reagir emotivamente: esses colegas vão fazer o que quiserem, mas seja racional e não deixe jamais que isso a transtorne.
Afaste-se deles
Embora nem sempre seja exequível, quando as circunstâncias assim o permitirem, procure afastar-se fisicamente dessa influência tóxica. Se partilha a sala com um colega desagradável, procure indagar se é possível passar a trabalhar noutro espaço. Se não o puder fazer, faça uma pausa para se distanciar por alguns minutos ou experimente, por exemplo, colocar headphones – até mesmo sem música – para não ser forçada a ouvir todos os seus dislates. Mesmo que a distância não possa ser física, mantenha o mais possível a distância mental e emocional.
Se um colega tóxico passar a linha, aja em conformidade e faça queixa, se necessário.
Estabeleça limites
Conheça os seus limites e torne-os bem claros para aqueles que a rodeiam. E se um colega tóxico passar a linha para lá do que é aceitável, aja em conformidade e faça queixa, se necessário. Se nunca mostrar a esse tipo de pessoas até onde é que podem ir, esteja certa de que vão abusar, pelo que, apesar de ter de suportar algumas coisas, deve mostrar que não está disposta a aceitar tudo.
Dê-lhes alguma margem de manobra
Este ponto pode parecer contraditório relativamente aos dois anteriores, mas, se pensar bem, verá que faz sentido. Apesar de ser importante manter uma “distância de segurança” sempre que possível e mostrar ao colega tóxico até onde é que este pode ir, não deve eliminar por completo o contacto com essa pessoa, já que tem de trabalhar com ela. Se o comportamento deste colega não estiver a ser absolutamente inaceitável, dê-lhe a oportunidade de falar e partilhar as suas ideias (mesmo que não sejam as melhores), sem o interromper. Deste modo, não poderá ser acusada de ser alguém que não aceita os pontos de vista dos outros.
Rodeie-se de positividade
A melhor forma de contrariar influências tóxicas é rodear-se de pessoas e coisas positivas. Além de olhar para fora, olhe também para dentro: sempre que se deixar assolar por pensamentos negativos, afaste-os e transforme essas energias em algo construtivo.