Divulgada ontem, a lista anual das 100 mulheres mais poderosas do mundo volta a confirmar a influência de Angela Merkel na condução dos destinos, não só da Alemanha e da Europa, mas de todo o planeta. Ocupando, pelo sexto ano consecutivo, o lugar cimeiro, esta é também a 11.ª vez que a chanceler alemã figura no ranking da conceituada revista norte-americana, desde que tomou posse em 2005. À semelhança do que aconteceu no ano passado, por sua vez, Hillary Clinton torna a conquistar a segunda posição, deixando no ar a expectativa de poder ascender ao topo em 2017, caso se confirme a sua nomeação como candidata do Partido Democrata às eleições presidenciais dos Estados Unidos e, sobretudo, se a ex-secretária de Estado norte-americana sair vitoriosa à boca das urnas, já em novembro próximo. O pódio fica completo com Janet Yellen, presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, que sobe uma posição em relação a 2015.
Face à última edição, a economista troca de lugar com Melinda Gates, a filantropa que é o principal rosto da Fundação Bill & Melinda Gates e que este ano surge na quarta posição, logo seguida de Mary Barra, a mulher ao volante de um dos maiores fabricantes de automóveis do mundo, a General Motors. E de um gigante da economia norte-americana, a lista da Forbes passa para o mundo da alta finança, com a indicação de Christine Lagarde, a francesa que dirige o Fundo Monetário Internacional, para o sexto lugar.
Dilma Rousseff saiu da lista e Ana Botín integra o top 10.
Nas sétima, oitava e nona posições espreitam, por seu turno, três mulheres que dão cartas do universo das novas tecnologias: Sheryl Sandberg, diretora de operações do Facebook, Susan Wojcicki, CEO do Youtube, e Meg Whitman, CEO da Hewlett-Packard, respetivamente. Os últimos lugares do ranking são os que reservam, aliás, as principais novidades comparativamente a 2015. Desde logo, com a saída de Dilma Rousseff, a ex-presidente brasileira recentemente afastada do cargo, que no ano passado surgia em sétimo lugar e este ano não é sequer incluída entre as 100 mais influentes. Sem esquecer a entrada de Ana Patricia Botín, a espanhola presidente do Banco Santander, que encerra o top 10 da Forbes em décimo lugar, substituindo Michelle Obama, a primeira dama dos Estados Unidos, agora na 13.ª posição.
Poder feminino na política
Para lá das dez primeiras colocadas, a lista das 100 mais poderosas do mundo em 2016 é marcada pela forte presença de mulheres que, em diferentes pontos do globo, têm vindo a ganhar terreno na esfera política. Uma tendência confirmada pelo Pew Research Center, um think–tank norte-americano citado pela Forbes, que afirma que, desde 2005, o número de mulheres presidentes ou chefes de Estado mais do que duplicou.
A crescente afirmação das mulheres numa arena tradicionalmente dominada por homens obrigou, inclusive, a revista a tomar uma decisão difícil: a de não incluir figuras de proa da indústria do entretenimento, como a atriz Angeline Jolie, a cantora Taylor Swift ou a apresentadora Ellen Degeneres, contempladas no ano anterior, que cedem agora lugar a mulheres que comandam a governação dos respetivos países. É o caso da Escócia, da Croácia, da Lituânia, de Myanmar, das Maurícias, do Nepal e de Taiwan, estados que passaram a estar representados do ranking das 100 mulheres mais poderosas do mundo, por conta da sua liderança feminina.
TOP 10 DO PODER NO FEMININO
- Angela Merkel, 61 anos, chanceler alemã
- Hillary Clinton, 68 anos, candidata à presidência dos Estados Unidos
- Janet Yellen, 69 anos, presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos
- Melinda Gates, 51 anos, copresidente da Fundação Bill & Melinda Gates
- Mary Barra, 54 anos, CEO da General Motors
- Christine Lagarde, 60 anos, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional
- Sheryl Sandberg, 46 anos, diretora de operações do Facebook
- Susan Wojcicki, 47 anos, CEO do Youtube
- Meg Whitman, 59 anos, CEO da Hewlett-Packard
- Ana Patricia Botín, 55 anos, presidente do Banco Santander