Já foi considerada a mulher mais poderosa do mundo e a segunda pessoa mais poderosa do planeta (a primeira foi Vladimir Putin) pela conceituada revista Forbes. Agora a não menos conceituada Time acabou de considerar Angela Merkel, a mulher que comanda a quarta economia do mundo, Personalidade do Ano 2015. “Por pedir mais do seu país do que a maioria dos políticos ousaria, por se manter firme contra a tirania, e por proporcionar uma liderança moral num mundo em que isso está em falta, Angela Merkel é a Personalidade do Ano da Time”, escreveu a editora Nancy Gibbs.
Esta eleição começou em 1927 como Homem do Ano e só em 1999 passou a Personalidade do Ano para “evitar o sexismo”.
Person of the Year é uma edição anual da revista Time que destaca o perfil de um homem, mulher, casal, grupo, ideia, lugar, que mais acontecimentos influenciou nesse ano. A tradição da Time escolher uma personalidade anual remonta a 1927. Nessa altura iniciou esta edição especial, revelada sempre no final de cada ano. Mas a tradicional lista começou com os homens, com a designação de Homem do Ano, e consta que tal foi deliberado numa semana em que os editores da revista estavam com falta de notícias. Em 1999 o nome mudou para Personalidade do Ano, “num esforço de evitar o sexismo”.
É a primeira vez em quase três décadas que uma mulher é eleita personalidade do ano pela Time. A última vez que isso aconteceu foi em 1986, quando a então presidente das Filipinas, Corazon Aquino, primeira mulher a ocupar o cargo, foi escolhida. Na altura, a edição ainda se chamava Homem do Ano. E mais três mulheres receberam esta distinção ainda antes da mudança de nome: a Rainha Elisabeth II, em 1952, Soong Mei-ling, em 1937, e Wallis Simpson, em 1936.
“Este ano, um dos mais tumultuosos da história recente da Europa, testou a coragem desta mulher”, escreveu a Time.
Este ano a Time elegeu Angela Merkel e chamou-lhe “a Chanceler do mundo livre”. Num dos textos sobre este tema a Chanceler é descrita como “um alpinista político”, “um praticante de política de pequenos passos”.
A crise da dívida e o pé firme na ajuda aos refugiados parecem ter sido determinantes nesta eleição. “Ninguém foi mais testada do que ela”, diz Nancy Gibbs e sublinha o The Guardian. “Merkel empunhou um conjunto de valores – humanidade, serenidade, tolerância – para demonstrar como a grande força da Alemanha pode ser usada para salvar em vez de destruir”. Destaca ainda a editora da Time: ”Este ano, um dos mais tumultuosos da história recente da Europa, testou a coragem desta mulher”.
Angela Merkel foi eleita Chanceler em 2005.