Ana Claudia Ruiz é diretora-geral da Coca-Cola há três anos, e há 12 que chegou a Portugal para o maior desafio da sua vida: liderar pela primeira vez uma empresa, a Diageo. Cresceu no México e soma na sua carreira uma mão-cheia de países e culturas. Os pais, desde cedo, a incentivaram a ir mais longe e a ser o que quisesse. Curiosa e determinada em aprender, queria saber mais e “estar além do que era esperado”. Formou-se em Economia, na Universidade Iberoamericana, no México e, mais tarde, fez um MBA, na London Business School.
Começou a sua carreira no setor financeiro, na banca de investimento, no seu país natal, e a partir daí deu o salto de fé para outras geografias e para outros setores ligados ao consumo.
Ao serviço da Diageo, onde esteve mais de uma década e desempenhou várias funções, passou por Miami, Madrid, Londres, até chegar a Lisboa, em 2013, para o seu primeiro desafio de liderança, como diretora da filial portuguesa. Ao longo de três anos, conduziu a empresa a um crescimento de vendas e à liderança do mercado de bebidas destiladas. Pelo caminho, acumulou a presidência da Associação de Produtores de Bebidas Espirituosas. E, desde o final de 2021, é diretora-geral da Coca-Cola.
Qual o seu contexto familiar e o seu percurso académico?
Nasci e vivi no México e sempre tive curiosidade em aprender. Em casa, tinha uns pais que me tratavam de igual forma a mim e ao meu irmão, e que sempre me apoiaram e me incentivavam a ir mais longe. Considero-me uma pessoa afortunada e acho que nós as mulheres, em geral, somos afortunadas, porque temos mais liberdade para escolher o que realmente queremos fazer. Depende de cada uma, sermos a melhor versão de nós próprias. No México, que é uma sociedade mais tradicional, o que era esperado de cada um dos papéis, para o homem era mais determinante, a mulher podia optar.
E a sua opção foi ter uma carreira?
Sim. Sempre quis trabalhar e ter uma carreira que me permitisse crescer e aprender, mudar e reinventar-me, é algo que tem sido uma constante na minha carreira.
E a Economia, como é que surge?
Sempre gostei das empresas, de matemática e de números. O meu pai era assessor fiscal e achei que esta atividade podia ser algo interessante para mim. Mas os professores acabam por ser determinantes nas nossas escolhas. E tive uma professora de matemática que me inspirou, enquanto ensinava integrais e derivadas, e explicava como maximizar e otimizar decisões. Esse enfoque em como podemos fazer o máximo com o que temos, ressoou em mim e levou-me a escolher Economia, porque tinha interesse em aprender o que acontecia no mundo e como isso se repercutia no nosso dia a dia.
Queria ser bem-sucedida, mas também queria ter uma vida equilibrada. Gostava de finanças, mas queria mudar. E achei que a melhor maneira, seria fazer um MBA, que me abriria portas a outras indústrias e geografias.
O seu pai sempre incentivou esse seu lado e a sua mãe apoiava-a. Considerava-se uma jovem diferente das outras, que não teriam essa vertente tão forte?
Acho que sim. O meu pai dava-me as opções e nunca senti a pressão de ‘tens de fazer isso’. Mas dizia-me sempre: ‘o que quer que faças, faz bem’. Quando estudava na universidade, quis ir fazer Erasmus, o que não era nada comum, e escolhi ir para Espanha. E recordo-me do meu pai dizer: ‘para a festa não’. Pediu-me a lista de escolas e achou que era melhor para mim ir para a Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos. Fui e a experiência foi ótima. Tive a oportunidade de trabalhar na embaixada do México, durante dois ou três meses, no âmbito da prestação de serviço social gratuito que é exigido pelo estado mexicano para poder terminar a universidade. Foi uma ótima experiência, vi o que era a diplomacia e a política, mas também percebi que isso não era para mim. Foi, então, que me virei para o mundo das finanças.
E, depois, regressou ao México?
Regressei ao México, e comecei a trabalhar em finanças. No México é habitual estudar e trabalhar no último ano da faculdade e, nessa altura, enquanto trabalhava num private equity, dei-me conta de que não sabia nada de finanças. Sabia muito de défice, de superavit, mas sobre o que era um EBITDA e outros assuntos mais financeiros, tinha uma lacuna. Decidi fazer um curso de Finanças de três meses, em Nova Iorque e entrei na banca de investimento, que foi o primeiro trabalho em full time. E era muito exigente. Trabalhava sem parar e lembro-me de um dia, em que estava no elevador do edifício, de manhã cedo e já muito cansada, percebi que isso não era aquilo que queria para mim. Queria ser bem-sucedida, mas também queria ter uma vida equilibrada. Gostava de finanças, mas queria mudar. E achei que a melhor maneira, seria fazer um MBA, que me abriria portas a outras indústrias e geografias.
Já tinha vivido muito tempo nos Estados Unidos e decidi procurar uma vida mais em linha com os valores em que acredito e que se enquadram com o estilo de vida na Europa. Mas sair do México não foi fácil por que eu tinha a sensação de que se ia para a Europa, não voltaria.
E foi para Londres, porquê? Queria mudar para a Europa?
Já tinha vivido muito tempo nos Estados Unidos e decidi procurar uma vida mais em linha com os valores em que acredito e que se enquadram com o estilo de vida na Europa. Mas sair do México não foi fácil por que eu tinha a sensação de que se ia para a Europa, não voltaria.
Veio para a Europa já sabendo que o desejo era ficar?
Sai sabendo que todas as opções estavam em aberto e que tudo era possível, e por isso pensei duas vezes antes de sair! No final, foi a minha mãe que me incentivou a agarrar a oportunidade, lembro-me que dizia: ‘não podes preocupar-te com o que achas que pode acontecer no futuro, o importante é procurar o lugar onde queres estar agora e a partir de aí construir o futuro’.
Logo no início no MBA surgiu a primeira oportunidade de ficar na Europa… Fui recrutada para a Diageo para fazer um estágio de verão e depois fui convidada para trabalhar a full-time.
Começou na Diageo em que país?
Comecei em Espanha no departamento financeiro. Foi uma experiência muito boa, de um ano. Fazia parte do programa de graduados e MBA. E no segundo ano, fui para Londres, cidade onde já tinha estado quando fiz o mestrado e que rapidamente tornou-se a minha casa. Trabalhei em projetos em toda a Europa. Tive a oportunidade de viver na Rússia, na Turquia, e também fiz projetos nos países nórdicos. Adquiri uma visão muito mais ampla do que era a Europa e a estratégia da companhia em diferentes âmbitos.
Depois trabalhei na área de M&A e mudei para Miami, já que liderava o que chamávamos Business Development para a América Latina.
[A Diageo] Acho que foi o crescimento mais rápido da minha vida. Tinha uma equipa de pessoas muito boas, e aprendi imenso com todas.
Como é que surgiu o desafio para liderar a Diageo em Portugal?
Sorte! E muito trabalho….. Na altura, vivia em Miami. Mudei-me quando fui promovida e o meu marido, que é português, acompanhou-me. Eu estava a liderar a compra de uma cachaça no Brasil, e uma das pessoas que apoiava no grupo de trabalho que eu liderava tornou-se o diretor ibérico da Diageo. Ele desafiou-me para um trabalho, e eu estava longe de imaginar que seria para liderar a filial em Portugal. Quando ele me ligou e, depois de uma hora de conversa sobre o trabalho e a equipa, confesso que nem percebi bem se o cargo seria para mim.
Estar-lhe-ei sempre agradecida, viu em mim o potencial e arriscou em dar-me a oportunidade já que eu nunca tinha estado nas vendas nem a liderar equipas. Mas ele viu que as minhas skills e as da equipa portuguesa se podiam complementar e criar uma equipa ainda mais forte.
A equipa aqui, era muito forte em vendas, e eu trazia toda a parte da estratégia, do know-how de como funcionava a companhia, o network e muita energia. Acho que foi o crescimento mais rápido da minha vida. Tinha uma equipa de pessoas muito boas, e aprendi imenso com todas. Foram três anos fantásticos, em que crescemos a equipa, as vendas, o share, e sobretudo, acho que foram anos muito especiais para todos nos.
Depois, aconteceu uma reestruturação, passei a fazer parte de uma equipa central, onde o trabalho já era remoto, confesso que tinha saudades de ser parte de uma equipa e decidi sair para aventurar-me no mundo do empreendedorismo. Essa aventura não foi bem-sucedida e decidi voltar a procurar emprego, e tive a sorte de entrar na Coca-Cola.
Como é que se toma a decisão de deixar o emprego, casada e com dois filhos e arriscar num negócio?
Antes de sair da Diageo, já não estava muito feliz e a gota d’água aconteceu quando fui à Nigéria, roubaram-me o passaporte e fui deportada. Cheguei a Paris, passei horas na esquadra da polícia e essa experiência fez-me perceber que não valia a pena continuar. Não adorava o meu trabalho, era jovem, tinha ainda muito para fazer, e mais valia ter coragem para dar o salto. Não queria ficar num emprego, pelo ordenado e pelo prestígio. Não é isso que me move.
Acredito que temos muito mais capacidade de ser a melhor versão de nós, potenciando o bom, do que focar a nossa energia no que achamos que não somos tão boas.
Como é que se adapta a uma cultura nova, aos vários mercados e negócios? Como se constroem estas redes e relações?
A primeira coisa é observar e ouvir as pessoas. E ter humildade em reconhecer que o que achas que é certo não é necessariamente assim. Também é preciso autoconfiança, por vezes o que achas que é óbvio não resulta, porque é tudo diferente.
Falo muitas vezes da importância de nos lembrarmos sempre daquilo que fizemos bem na vida. Porque essa é a nossa energia, é o combustível que nos faz avançar em momentos difíceis. Acredito que temos muito mais capacidade de ser a melhor versão de nós, potenciando o bom, do que focar a nossa energia no que achamos que não somos tão boas.
Também tenho muito claro o objetivo e o saber sempre qual é o propósito. Por exemplo, qual é o propósito de ir à Rússia, além de fazer os trade terms do negócio? O que quero aprender? Tem de haver uma motivação para fazermos as coisas, e temos de a procurar.
O que é que traz de cada um desses mercados onde passou, em termos de aprendizagem?
Do México, trouxe a resiliência e o fazer acontecer com aquilo que se tem. Aquela máxima de ‘se a vida nos dá limões, fazemos limonada’, na América Latina aplica-se mais que nunca.
Em Inglaterra, dá-se muita importância à comunicação e ao processo. Os ingleses são muito estruturados a pensar em stakeholder mapping, com quem se fala e como se alinham as reuniões. Essa parte estratégica de gerir relações é completamente oposta ao que se faz no México, onde as relações são informais. Vamos almoçar, vamos ao café tomar um copo, há muito contacto humano.
Em geral, na Europa, dá-se muita enfase à sustentabilidade. Todo esse thinking de como ajudar o planeta e criar inovação, torna-se muito mais importante na Europa.
Em Portugal, onde adoro trabalhar, há muita agilidade. A maioria das pessoas com quem já trabalhei tem experiências multifuncionais e com perfis que são muito completos. E quando é para fazer algo e há uma boa comunicação e um propósito, a agilidade é impressionante. As pessoas correspondem. É algo que eu adoro.
Em Portugal, onde adoro trabalhar, há muita agilidade. A maioria das pessoas com quem já trabalhei tem experiências multifuncionais e com perfis que são muito completos.
E que aprendizagem trouxe dos Estados Unidos?
O foco. A máquina americana é impressionante e admirável. Eles focam-se em ser os melhores. E têm orgulho em ser os melhores. E isso gera muita inovação.
Antes de deixar a Diageo para se juntar à Coca-Cola, de todas essas experiências que teve, qual a que mais a marcou?
Foi em Portugal. Tornar-me aqui diretora-geral foi a melhor experiência. Foi aquilo que sempre quis fazer. Tinha uma equipa fantástica de 50 pessoas, com quem aprendi imenso e formaram-me como pessoa. Foi uma aprendizagem acelerada
Uma das coisas de que mais gosto é o foco no impacto social. A Coca-Cola é uma empresa que se preocupa realmente em como ajudar a sociedade e como fazer do mundo um lugar melhor.
Ficou três anos em pausa. Quando é que decide regressar ao mercado de trabalho e como é que surge o convite da Coca-Cola?
Foi tudo muito rápido. Quando informei o meu grupo de amigos sobre a minha decisão de voltar a trabalhar e de procurar de um novo desafio, falaram-me sobre uma oportunidade na Coca-Cola. Fiz duas entrevistas e ao fim de dois ou três meses entrei na empresa. Perguntam-me muitas vezes se foi difícil voltar ao mercado e, claramente, não foi. Pelo contrário, foi um prazer. A Coca-Cola é uma empresa com imenso para dar às pessoas, aos colaboradores.
O foco da companhia é diferente do que eu tinha antes, que era mais em finanças e vendas. Agora é mais em marketing, o que me complementa muito bem como profissional.
Uma das coisas de que mais gosto é o foco no impacto social. A Coca-Cola é uma empresa que se preocupa realmente em como ajudar a sociedade e como fazer do mundo um lugar melhor.
Fale-nos sobre os projetos que a Coca-Cola tem na área social, sobretudo em Portugal?
Destaco dois. O projeto ‘BORA Mulheres é um programa de empreendedorismo feminino, onde o objetivo é apoiar as mulheres, que têm vontade de empreender ou já têm um projeto, em todas as fases de empreendedorismo: training, coaching e networking. É grátis, é online, e já existe há seis anos, o que revela uma consistência enorme. Mais de três mil mulheres fizeram este programa e várias empresárias que tem aproveitado o mentoring e coaching para construir o seu próprio negócio. Isto dá uma energia, e uma vontade de querer ajudar ainda mais. O social é uma área muito relevante para a Coca-Cola, para impactar toda a sociedade. Este é um programa que também existe noutros países.
É o único programa específico para mulheres?
Sim, há muito tempo que a empresa trabalha muito a sério o tema da inclusão das mulheres. Temos quotas de diversidade. Mas a nível social, este é o único programa dirigido apenas às mulheres.
E qual é o segundo projeto?
É a parceria com a Palhaços d’Opital, um projeto que está no nosso coração. Começamos o ano passado a trabalhar com este grupo de atores profissionais que vão aos hospitais, levar alegria aos adultos, sobretudo idosos, que estão sozinhos em ambiente hospitalar. Cantam, estão com eles, fazem-lhes companhia e levam sorrisos.
Isto tem a ver com o propósito da Coca-Cola, de como criamos uma experiência, como a partilhamos e como é para todos. Com o apoio da Coca-Cola foi possível estender a atuação da Palhaços d’Opital, a Lisboa e estiveram em 10 hospitais, dando a continuidade do projeto até 2025. É importante realçar que estamos a falar de oito profissionais que são atores. Ou seja, não são voluntários. E daí precisarem de apoio, porque é o trabalho deles a tempo inteiro. Estamos muito orgulhosos com esta iniciativa.
É preciso dar espaço às mulheres, mas também é preciso incentivar os homens a terem um papel muito mais ativo na família. Só assim é que se equilibram as duas coisas.
Referiu que a Coca-Cola tem quotas de diversidade. Quais as políticas da companhia no que dizem respeito à igualdade de género?
Nas entrevistas de recrutamento tem de haver sempre igual número de homens e mulheres. Felizmente, já estamos num patamar em que podemos escolher o melhor profissional e de facto, nas filiais da empresa na Europa, já começa a haver mais mulheres do que homens.
Considero que o importante é como criar as condições que realmente tragam igualdade, para mulheres e homens. No caso das políticas de paternidade e de maternidade, se apenas a mulher gozar a licença de maternidade, evidentemente que isso vai prejudicar a sua carreira. Temos de passar a mensagem de que ambos, homens e mulheres, são responsáveis pelos filhos. Por isso, o homem também precisa de sair para levar o filho ao médico e não apenas a mulher. O que se pretende não é dar espaço para que a mulher acompanhe um filho ao médico, mas sim dar espaço para as famílias o fazerem. E é essa igualdade que é importantíssima e que a Coca-Cola está a fazer. Somos todos responsáveis, não só as mulheres.
É preciso dar espaço às mulheres, mas também é preciso incentivar os homens a terem um papel muito mais ativo na família. Só assim é que se equilibram as duas coisas.
Quais são os principais desafios da Coca-Cola, sobretudo em Portugal?
Os nossos grandes desafios são como crescemos mais e como impactamos positivamente a sociedade, que considero um tema muito importante para mim.
E, também, como fazermos parte da construção dessa história em Portugal. O nosso sistema, que engloba o engarrafador, tem na fábrica de Azeitão, 90% do que consumimos em Portugal, emprega cerca de 400 pessoas. Temos, portanto, forte presença local. Trabalhamos no sentido de como podemos impactar e ajudar a sociedade portuguesa, oferecendo os nossos melhores produtos.
Os nossos grandes desafios são como crescemos mais e como impactamos positivamente a sociedade, que considero um tema muito importante para mim.
Chegou a ser presidente da Associação das Bebidas Espirituosas. Este é um meio muito masculino? O facto de ser mulher e estrangeira causou-lhe alguma dificuldade?
Só havia homens, mas em momento algum me senti excluída, nem pouco bem-vinda. Quando cheguei a Portugal foi difícil, estava grávida pela segunda vez, não falava bem a língua, com uma função nova, e tinha uma equipa nova. Havia demasiadas coisas ao mesmo tempo. Foi um ano muito difícil.
Mas, no geral, não senti dificuldades. Os portugueses são pessoas muito educadas e muito acolhedoras. E em nenhum momento me senti excluída ou à parte e estou grata pela forma como receberam.
É mentora de mulheres na PWN. Teve mentores na sua carreira?
Um mentor formal nunca tive, mas houve várias pessoas a quem eu ligava para me aconselhar. Como mudei imenso de funções, era-me muito fácil ligar a uma pessoa que não estivesse envolvida no assunto. Considero que pedir ajuda e opiniões é uma parte muito importante na carreira. E, em geral, as pessoas gostam de ajudar. Mas também é importante manter essas relações quando não precisamos de ajuda e de forma genuína.
Gosto de estar assim: de ter vida, de ter dinâmicas, de ter comigo as pessoas que quero e poder disfrutar destas pessoas especiais e da minha família com experiências e tempo de qualidade.
O que é que gosta de fazer nos tempos livres para relaxar?
Gosto de estar com amigos. Sou super-social, e adoro viajar.. felizmente o meu marido é igual ou pior que eu. Sempre que podemos viajamos, vamos a concertos, ao teatro. No que respeita ao desporto, não sou o melhor exemplo. Faço pilates e gosto de caminhadas.
Consegue equilibrar bem a sua vida profissional com a vida pessoal e familiar?
Consigo, mas sem um segundo livre. Mas acho que é normal. Tive uma supermãe, e também quero ser como ela. Por isso, tento dar aos meus filhos todo o tempo que precisam. Gosto de estar assim: de ter vida, de ter dinâmicas, de ter comigo as pessoas que quero e poder disfrutar destas pessoas especiais e da minha família com experiências e tempo de qualidade.
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