A Modulação Hormonal Bioidêntica (MHB) é uma designação que vale a pena fixar. É uma das armas para atrasar o envelhecimento, acabar com as doenças crónicas e degenerativas, aumentar a vitalidade e o bem estar. Porque as hormonas descontroladas causam doenças e desiquilíbrios. Pode parecer estranha esta conversa mas o médico Manuel Pinto Coelho, especialista em medicina anti-aging, diz-nos que corrigindo os níveis hormonais podemos aparentar uns saudáveis 30 anos, quando já chegámos aos 50! E se a isso acrescentarmos uma alimentação saudável e exercício físico podemos chegar aos 120 anos! Na verdade, diz ele, não é o envelhecimento o nosso grande inimigo. Os verdadeiros vilões são o declínio dos níveis hormonais, o regime alimentar, e a inatividade. Corrigindo-os ficamos mais novas, mais bonitas, e com outra disposição.
A MHM coloca os níveis hormonais ao nível dos nossos 35 anos.
A MHB é o método que o médico Pinto Coelho utiliza para melhorar a saúde e o bem estar. Ela é prescrita depois de alguns exames laboratoriais que determinan as doses certas. Qual é a vantagem das hormonas bioidênticas? Têm uma estrutura molecular parecida com a encontrada no organismo humano e fazem-nos atingir os níveis hormonais de antigamente. A conversa que se segue dirige-se mais às mulheres, mas os homens também deviam espreitar.
Por que razão defende a Modulação Hormonal Bioidêntica?
A modulação hormonal bioidêntica - estrutura química idêntica às hormonas naturalmente produzidas pelo corpo, qual segredo para manter a vitalidade -, consiste em corrigir os níveis hormonais colocando-os ao nível dos nossos 35 anos. A partir desta idade dá-se um decréscimo da produção hormonal em cerca de 1 a 2% ao ano. Um indivíduo de 50 anos tem metade das hormonas que tinha aos 30. Assim é fundamental medir e restaurar, modulando, as hormonas de forma a devolver os níveis de antigamente. Somos o resultado do nosso declínio hormonal, mas as hormonas são o sumo da vida. Sem as corrigir não podemos gozar plenamente a nossa saúde e prevenir estados depressivos, declínio de energia, da líbido e da doença crónica e degenerativa.
Então devemos estar sempre atentas às hormonas?
Sim, porque em conjunto com a boa alimentação e o exercício mantêm a vitalidade, a saúde e o bem estar.
Mas o papel das hormonas não parece ser enfatizado por todos os profissionais de saúde. Ele foi descoberta há pouco tempo?
Há muito que a importância vital das hormonas está reconhecida. Estranha-se que uma boa parte da classe médica não lhe reconheça a devida importância.
As hormonas femininas agem sobre o bem estar e tornam as mulheres mais atraentes.
Quais são as hormonas essenciais para a vida das mulheres?
São os estrogéneos – estrona, estradiol e estriol – as mais potentes, e a progesterona.
Vale a pena fazer a reposição hormonal?
Sim, a desregularização hormonal gera doença e falta de qualidade de vida.
O que podem as mulheres ganhar com ela?
As hormonas femininas agem sobre o bem estar e tornam as mulheres mais atraentes. São as hormonas da sedução. Não é por acaso que os homens se sentem irresistivelmente atraídos e seduzidos pela beleza e charme das mulheres. A feminilidade tanto física como psíquica provem das hormonas femininas e em particular do seu principal tipo – os estrogénios. Eles tornam as mulheres não só mais atraentes, mas também lhe fornecem energia, alegria, excitação e ternura, uma mistura de emoções que fazem com que os homens se lhes rendam incondicionalmente.
Como manter os níveis adequados?
Através de uma modulação hormonal correta, com hormonas bio-idênticas, de acordo com o perfil hormonal personalizado executado previamente através de análise sanguínea.
Muitas vezes, a ansiedade e a depressão decorrem da falta de progesterona.
Quais são os problemas femininos mais comuns provocados por desiquilíbrios hormonais?
Falta de energia, fadiga e falta de humor, nostalgia, depressão, dificuldade na indução do sono, ansiedade e decréscimo da libido. Numa palavra, diminuição da qualidade de vida. Por exemplo, na maioria das mulheres a progesterona começa a entrar em declínio dez a quinze anos antes da chegada da menopausa. E muitas vezes a “ansiedade”, a “depressão” e os “afrontamentos” decorrem da deficiência desta hormona. Muitos investigadores acreditam ainda que a sua deficiência desempenha um papel importante no cancro da mama.
As hormonas influenciam o nosso comportamento?
Sim, e as mulheres sentem muito o declínio hormonal. Se estamos a viver mais tempo e se, à medida que avançamos na idade exigimos mais qualidade de vida, então é absolutamente crítico que se conheçam as hormonas. Processada sob rigorosa supervisão médica, a restauração hormonal (bio-idêntica) é o segredo para se manter a vitalidade e o bem estar quando se entra na década dos 40 e daí em diante.
Além da menopausa, que outras fases da vida das mulheres merecem também atenção?
O envelhecimento de um modo geral. Apesar de envelhecermos não temos de contrair doenças crónicas e degenerativas como a obesidade, doença cardíaca, cancro, Alzheimer, Parkinson, sindroma metabólico, diabetes, hipertensão arterial e doença renal! O envelhecimento não é o inimigo. O verdadeiro problema é o nosso regime alimentar, a nossa inatividade e o declínio dos nossos níveis hormonais. Qualquer pessoa, homem ou mulher, pode sentir-se melhor à medida que vai envelhecendo. A investigação na área do anti-aging demonstra que se pode envelhecer sem se ficar velho, se adotarmos um estilo de vida correto.
As nossas células estão programadas para viver até aos 120 anos.
Surpreendentemente, diz que a nossa esperança de vida pode chegar aos 120 anos. Como é isso possível?
Os dez triliões de células do nosso equipamento biológico estão programados para viver até aos 120 anos. Mas a nossa anarquia alimentar, o estilo de vida, e desregulação hormonal impedem-nos disso.
O que devem as mulheres fazer para viverem melhor à medida que envelhecem?
Os melhores métodos para barrar o envelhecimento são o controlo da inflamação silenciosa, a nutrição, a redução das toxinas, o exercício, a suplementação avançada, a modulação hormonal e o treino da mente.