Isabel Jonet: Os temas que estão no topo da minha agenda para 2023

Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, partilha com a Executiva as suas principais preocupações para o ano que está quase a começar.

Isabel Jonet é presidente do Banco Alimentar Contra a Fome.

Isabel Jonet é o rosto do Banco Alimentar Contra a Fome desde 2004, organização que apoia mais de 400 mil pessoas através da sua rede de 21 bancos. O seu papel tem sido muito importante para as famílias mais carenciadas, mas ganhou ainda mais revelo quando, em março de 2020, a Entreajuda, uma consultora de apoio a instituições de solidariedade social de que Isabel Jonet é fundadora e uma das diretoras, criou imediatamente uma rede de emergência alimentar para dar resposta às necessidades de quem sentiu fortemente o impacto da Covid 19 na sua vida. Licenciada em Economia, Isabel Jonet iniciou a atividade como voluntária no Banco Alimentar Contra a Fome de Lisboa em 1993 e assumiu-a como uma missão de vida. É uma das 25 Mulheres Mais Influentes de Portugal de acordo com o estudo exclusivo da Executiva.

 

“As expectativas para o próximo ano não são boas, infelizmente. E afectarão fortemente as famílias mais carenciadas, sobretudo as que, devido à inflação, em especial dos produtos alimentares e da energia, se verão muitas vezes numa situação de pobreza conjuntural. Agregados que vivem já hoje com orçamentos familiares esticados que dificilmente conseguem acomodar estes acréscimos, a que se junta o impacto do aumento das taxas de juro, que originam uma maior taxa dos créditos à habitação. Estes aumentos de preços vão também refletir-se nas instituições de solidariedade que servem refeições nas valências de lar, creche, jardim infantil, etc. que ainda não viram renegociados os acordos com a Segurança Social.

Procuraremos reforçar os cabazes alimentares entregues pelo Banco Alimentar e, sempre que possível, prestar mais aconselhamento em gestão e organização, pela ENTRAJUDA,  para que possam ser implementados processos que permitam maior eficiência e eficácia.

Tempos difíceis que exigem uma solidariedade reforçada e uma atenção para evitar situações de ruptura social.”

 

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