Isabel Paiva de Sousa: “Como sair da linguagem dos problemas e passar para o foco na solução”

A resposta pode ser a liderança energizante que Isabel Paiva de Sousa, diretora de programas executivos da Porto Business School, trouxe ao palco da 7.ª Grande Conferência Liderança Feminina.

Isabel Paiva de Sousa, da PBS, salientou que um líder deve gerar energia na organização.

A liderança energizante é importante porque nós somos energia que contagia a nossa vida e a de todos aqueles envolvidos nos nossos processos de liderança. “Cada vez mais somos chamados a intervir em organizações que se auto-regularizam, em equipas semiautónomas, em que cada vez mais somos empreendedores dentro das organizações, somos fonte desta energia”, justificou Isabel Paiva de Sousa.

A matriz da nossa vida são as emoções positivas, alegria, entusiasmo, contentamento, uma perspectiva virtuosa sobre a vida, a capacidade de desenvolver os outros, fazer acontecer, treinar as nossas forças. Mas também há um “lado tóxico”, como sublinhou Isabel Paiva de Sousa, em que se alimenta a raiva, a cólera, a angústia, o murmúrio, a pensar no que não está bem, “alimentamos esta sede de vingança e alimentamos esta dualidade entre o lado virtuoso e o lado tóxico”.

“A liderança energizante é a capacidade de nos reinventarmos”, diz Isabel Paiva de Sousa e que procura combater a tendência e a aprendizagem para o desânimo. Mas para se ser conclusivo tem de haver um movimento entre a reflexão e a ação, e depois de agir, ter a capacidade refletir, perceber o que se fez, onde pode melhorar, e voltar a agir. “A vontade também se educa, assim como podemos treinar a nossa mente, sair da linguagem dos problemas e passar para o foco na solução, e é isso que conseguimos treinar com estas emoções positivas que nos contagiam e saber lidar com o padrão das energias negativas, porque não é possível viver um dia inteiro só de emoções positivas”, sublinha Isabel Paiva de Sousa.

 

Os pilares da liderança energizante

Há três pilares que alimentam esta liderança energizante. “O primeiro é a confiança em nós para entregar e nos outros receber, como se fosse uma corrida de estafetas onde é preciso entregar com precisão e receber com vontade, porque a falta de confiança mata as organizações, mina as relações afetivas e nutre no que há de melhor em nós”.

A confiança passa pelo autoconhecimento, colocar-se em perspectiva com elevada frequência e deve ser permanente porque “a confiança passa em olhar primeiro para mim antes de ver os telhados dos outros”. Se a empresa tiver práticas e metodologias que a desenvolvam usem-nas, se não tiver criem-nas, aconselha Isabel Paiva de Sousa. Depois há duas competências que nutrem muito a liderança energizante e que são a coragem para agir e a humildade, porque “somos obras imperfeitas”.

O segundo ponto é a empatia enquanto movimento para a compaixão. Esta é “a empatia para conectar mas adicionamos a pergunta: o que posso fazer para tirar esta pessoa deste sofrimento, que é muitas vezes a incapacidade de encontrar uma solução, é um fornecedor que está com algumas dificuldades na matéria-prima. É quase criar um plano de ação, um layer mais cognitivo, mais racional, é fazer mover”.

O terceiro é o propósito, que mais uma vez é o foco na solução e não no problema. “O propósito é tudo aquilo que fazemos numa organização para além de ganhar dinheiro”, afirma Isabel Paiva de Sousa. Acrescenta que “é tudo aquilo que nos torna únicos como pessoas, que torna as organizações únicas, que as faz diferentes para além do que seja ganhar dinheiro”. Uma matriz da BCG porque associado ao propósito tem os resultados e quais são os resultados que nutrem o propósito e antes dos resultados tem o trabalho que se faz para nutrir os resultados e alimentar este propósito.

 

 

 

Leia mais sobre a 7.ª Grande Conferência Liderança Feminina aqui.

Leia mais sobre as edições anteriores da Grande Conferência Liderança Feminina aqui.

 

7.ª Grande Conferência Liderança Feminina Porto 2022

Parceiros Premium
Parceiros