Ana Torres é a pessoa perfeita para falar sobre os erros que as mulheres cometem e que sabotam a sua carreira. Não apenas pelo seu cargo de presidente da Professional Women’s Network Lisbon, que lhe permite contactar diariamente com inúmeras executivas, mas pela sua própria experiência profissional. Não hesita em dar a sua opinião quando sabe que pode acrescentar valor e não tem medo de se expor, seja numa reunião, seja numa plateia para centenas de pessoas, porque sabe que só quem o faz se destaca. É isto que tem feito ao longo da carreira, que começou na Sanofi, em 1993, e que dez anos mais tarde, já como gestora de área terapêutica, trocou pela Pfizer. Está na multinacional americana desde setembro de 2003, onde passou por várias funções até chegar a diretora-geral em setembro de 2013. Três anos mais tarde, decidiu candidatar-se à liderança do cluster europeu de doenças raras. A concorrência “foi feroz”, mas Ana Torres conquistou o lugar.
Com esta posição de liderança do grupo de 11 países da Europa Ocidental na Pfizer Doenças Raras, a executiva fez duas conquistas: conseguiu que pela primeira vez este lugar fosse ocupado por um país periférico e está a fazer a carreira internacional que ambicionava sem a necessidade de se mudar para outro país.
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