Carolina Carvalheira: O que aprendi no meu estágio na sede da ONU

Quando trocou um emprego estável, e de que gostava, por um estágio não remunerado na ONU, em Nova Iorque, Carolina Carvalheira acreditou que estava a tomar a decisão certa, mas não imaginava a dimensão da aprendizagem que ia fazer em tão pouco tempo.

Carolina Carvalheira orgulhosa na sede da ONU, em Nova Iorque.

O estágio de quatro meses na ONU, em Nova Iorque, não foi a primeira experiência internacional de Carolina Carvalheira. Licenciada em Economia pela Nova SBE – onde foi uma das fundadoras do Nova Women in Business – e com um mestrado em Business Information Management, pela Rotterdam School of Management, Carolina tem 23 anos já muito preenchidos. Ainda durante o segundo ano do curso estagiou na consultora Deloitte, em Lisboa. No terceiro ano fez as malas e partiu para um semestre de intercâmbio em Seoul, durante o qual teve a oportunidade de representar o CEO da Findster no que respeita aos investimentos da empresa no continente asiático. Foi precisamente esta experiência na área tecnológica que a ajudou a decidir a área em que queria fazer o mestrado e que mais uma vez, a levou para fora de Portugal, desta vez para Roterdão. 

Durante o mestrado na Holanda, integrou a Enactus Erasmus, onde desenvolveu um projeto que visava a integração social de jovens holandeses com infâncias problemáticas, aliando plataformas digitais a atividades de voluntariado, e integrou também uma equipa de investigação científica que estudou fatores de estímulo ao investimento externo no setor do processamento alimentar na Zâmbia, trabalhando ao lado de organizações como a ONU e a Organização Internacional do Trabalho.

Após o mestrado, regressou a Portugal. Estava a trabalhar na área de parcerias da Uber Eats, quando surgiu a oportunidade de fazer o estágio não remunerado na ONU – organização fundada em 1945 e atualmente liderada pelo português António Guterres. Houve alguma hesitação, mas a decisão não tardou. No ponto 8 deste testemunho, Carolina Carvalheira explica detalhadamente  tudo o que equacionou antes de aceitar e faz o balanço da experiência. 

 

“As reflexões que partilho são as minhas opiniões pessoais e que não devem ser interpretadas como os pontos de vistas da(s) organização(ões) onde trabalhei.

1.Um espírito de missão inabalável

Uma das coisas que mais me marcou foi ver como o espírito de missão se sentia em todo o lado, desde as grandes conferências até às mais pequenas tarefas. Este pormenor surpreendeu-me especialmente por ser uma organização tão grande. Aquela ideia de que quanto maior a organização, maior a tendência para as equipas se focarem nas suas áreas específicas e involuntariamente perderem um pouco o panorama geral e o foco na grande missão, é uma realidade que não se verifica na ONU, ou pelo menos, que eu nunca senti. Era comum, até mesmo em conversas de café, se alguém comentasse que estava sobrecarregado com trabalho, logo alguém respondia: “Mas lembra-te por que é que fazemos isto e do impacto que o teu trabalho tem”. Senti que independentemente do nível hierárquico, todos os trabalhadores tinham um grande sentido de responsabilidade e a certeza de que os seus esforços importavam porque contribuiam para algo  maior que eles próprios. Essa sensação, para além de contagiante e motivadora, gera um valor incalculável para a organização e é algo que levo comigo para a vida!

Tinha uma chefe incrível que um dia me disse “Carolina, não podes estar sempre a pedir desculpa por estares a fazer o teu trabalho. A forma como te expressas tem um impacto enorme na forma como as pessoas assimilam a tua mensagem. Portanto, sê mais confiante e continua a mostrar-te aberta a feedback e daqui a uma semana diz-me se não te tornaste mais produtiva e feliz”.

2.Qualidade e Ética de trabalho > Medos e Inseguranças

Ser a pessoa mais nova, menos experiente e com o menor conhecimento dos procedimentos da ONU, não só da minha equipa mas também na maioria das reuniões em que participava, é intimidante e por vezes causava insegurança. No início, estava sempre a pedir desculpa por tudo e por nada: pedia desculpa quando ia perguntar à minha chefe como funcionava um processo, pedia desculpa no início da minha apresentação pela eventualidade da solução não ser abrangente o suficiente, pedia desculpa por ainda não saber um código de cor, pedia desculpa por não ter acesso a uma ferramenta, enfim, a lista continua… Felizmente tinha uma chefe incrível que um dia me disse “Carolina, não podes estar sempre a pedir desculpa por estares a fazer o teu trabalho. A forma como te expressas tem um impacto enorme na forma como as pessoas assimilam a tua mensagem. Portanto, sê mais confiante e continua a mostrar-te aberta a feedback e daqui a uma semana diz-me se não te tornaste mais produtiva e feliz”. Foi um comentário super valioso! O que percebi naquele momento foi que o tempo que perdia a pedir desculpa era muito melhor aproveitado a perguntar “O que achas sobre isto?” ou “Como é que melhoravas esta solução?” ou até mesmo a perguntar se o filho ainda está constipado. Em vez de pensar que é impossível acrescentar valor numa equipa tão incrível e que tanto admiro, passei a focar-me na sorte que tenho em ter a oportunidade de trabalhar com pessoas tão brilhantes e apaixonadas e, mesmo que seja a pessoa menos experiente da sala, pelo menos estou a aprender imenso e isso é tão ou mais valioso. Quando o teimoso “Impostor Syndrome” bate, a minha técnica é acreditar nas pessoas que acreditam em mim (um chefe ou um gestor de projeto) e depois pela lógica matemática: se eu acredito neles e eles acreditam em mim, então eu também tenho de acreditar em mim!

Por último, não há equipa que não goste de uma pessoa com ética de trabalho e inteligência emocional. Portanto, se estivesse insegura em relação a algum projeto, trabalhava o dobro e isso serviu-me sempre muito bem. Uma pessoa preparada está sempre mais segura e mais dificilmente é apanhada de surpresa.

A cultura [nos Estados Unidos] não olha para o número de horas que um trabalhador passa no escritório como uma medida da sua dedicação ou sentido de responsabilidade. Às vezes, até é visto de forma oposta, quase como se um trabalhador que fica muitas vezes a trabalhar até tarde não fosse tão eficiente como os demais.

3.O valor de um trabalhador mede-se pelos seus resultados, não pelo número de horas que passa sentado à secretária

Eu acho que isto é algo que maravilha sempre um português quando vai trabalhar para uma cidade com uma cultura de trabalho mais eficiente, não concorda? A cultura aqui não olha para o número de horas que um trabalhador passa no escritório como uma medida da sua dedicação ou sentido de responsabilidade. Às vezes, até é visto de forma oposta, quase como se um trabalhador que fica muitas vezes a trabalhar até tarde não fosse tão eficiente como os demais. Mas de forma genérica, o que se sente é um total desinteresse em saber quantas horas um trabalhador passa no escritório, pois o valor mede-se pelos resultados e não pelo número de horas que um trabalhador está sentado à secretária. A parte interessante é que acho mesmo que esta cultura estimula uma maior produtividade: as pessoas são donas da sua agenda e isso permite-lhes conciliar de forma mais harmoniosa as responsabilidades do trabalho com as da vida pessoal. No final, isso resulta em maior felicidade e consequentemente as pessoas tornam-se mais leais à organização.

Por exemplo, marcar a consulta no dentista: só há hora livre a meio da tarde. Como estamos a falar de Nova Iorque, isso pode implicar sair do trabalho quase uma hora antes, ter a consulta e depois mais quase uma hora de regresso para voltar ao escritório. Relativamente pouco tempo depois, é hora de ir para casa. Se não morarem na ilha de Manhattan, isso pode acrescentar mais 40min/1h em transportes. Está a imaginar a dor de cabeça e a frustração do tempo perdido em transportes? Contudo, com uma cultura onde os resultados são mais valorizados do que o tempo passado sentado na secretária, a pessoa tem o à vontade para ir diretamente para casa e, por exemplo, trabalhar a partir de casa, poupando quase 2 horas que iria perder em deslocações. São pequenas coisas que na verdade são gigantes e que se repercutem não só na produtividade do trabalho, mas também na qualidade de vida e felicidade.

Achava admirável como todas as pessoas presentes numa reunião estão de facto na reunião, quer a reunião demore 30 minutos, quer demore 3 horas. Isto é, durante uma reunião não se vêem pessoas no telemóvel, nem a preparar os seus talking points da reunião seguinte.

Todavia, apesar de ser uma organização com uma excelente cultura de flex-work, dada a natureza do trabalho – que abrange temas muito sensíveis com impacto e responsabilidade substanciais – as reuniões têm tendência a estenderem-se para além dos horários previstos. Afinal de contas, chegar a um consenso quando se estão a discutir situações tão complexas não é tarefa fácil. Ainda assim, achava admirável como todas as pessoas presentes numa reunião estão de facto na reunião, quer a reunião demore 30 minutos, quer demore 3 horas. Isto é, durante uma reunião não se vêem pessoas no telemóvel, nem a preparar os seus talking points da reunião seguinte. Quem está numa reunião está a 100%, participando ativamente ou tirando notas. Tal minimiza a frustração de uma reunião mais longa e, honestamente, é gratificante ver equipas tão apaixonadas e com tanta devoção pelo que fazem que nem notam o passar do tempo.

4.Idealismo tem que ser acompanhado por foco e persistência

Antes de estagiar nas Nações Unidas, estava a trabalhar numa empresa tecnológica, onde tudo se mexia à velocidade da luz e onde as reuniões raramente se estendiam para além da hora marcada. Por isso, tive um pequeno choque no início, pois os processos são muito mais complexos e consequentemente mais demorados. Obviamente, iria ser tudo muito diferente, pois o trabalho da ONU afeta literalmente a vida de milhões de pessoas e não há propriamente espaço para dar um passo em falso ou fazer um teste e ver como corre – as consequências de um erro aqui podem ser devastadoras.

Como os processos são mais demorados, os resultados e a mudança também o são. Assim sendo, torna-se extremamente importante estar atento ao risco de ficar demasiado confortável e ao perigo de deixar a frustração levar a melhor. Para mim, foi crucial ajustar KPIs pessoais e ser mais eficaz na antecipação de eventuais entraves ao sucesso. Em suma, o que aprendi foi que objetivos ambiciosos são importantes, mas por si só ficam sempre aquém. É crucial ter um plano de ação realista e não perder o foco apesar das adversidades.

Um dos motivos pelos quais adorei a minha experiência na ONU foi precisamente porque se respira diversidade e todos os dias vemos o impacto que isso tem no funcionamento das equipas e na qualidade das decisões que tomam.

5.Diversidade – não é um nice-to-have, é um must-have!

Sempre fui uma grande defensora da diversidade nas organizações, porque acredito genuinamente que o valor gerado por equipas com maior diversidade é superior ao de um grupo mais homogéneo. Um dos motivos pelos quais adorei a minha experiência na ONU foi precisamente porque se respira diversidade e todos os dias vemos o impacto que isso tem no funcionamento das equipas e na qualidade das decisões que tomam. Obviamente, como em qualquer outra organização, há sempre algo que pode ser melhorado; mas a ONU leva este tema muito a sério, tendo implementado diversas iniciativas para monitorizar e corrigir erros de forma ponderada e transparente. Acima de tudo, é um assunto tratado como um projeto contínuo e não como algo que se atinge uma vez e depois se esquece – e isso faz toda a diferença!

Quando falo de diversidade refiro-me a duas vertentes. Por um lado, a diversidade de género e nacionalidade – na ONU existem objetivos de quotas para ambos. Por outro lado, a diversidade de experiências. Para ter uma noção do nível de que estou a falar, na equipa que integrei havia uma pessoa que serviu no Afeganistão em plena guerra, outra que geriu uma das maiores fábricas de carros do Brasil, outra que esteve refém no Iraque quando tinha 20 anos, outra que geria a equipa de vendas de uma marca de papel higiénico, outra que era fotógrafo profissional. Enfim uma diversidade incrível; posso-lhe garantir que não havia uma pausa para café em que não ficasse fascinada a ouvir as histórias de vida dos meus colegas. O resultado de tanta diversidade é óbvio: as equipas tomam decisões importantes com maior empatia e traçam planos de emergência mais abrangentes. Conhece algum gestor de projeto não queira isso para a sua equipa?

Quem não está interessado em fazer networking tem muito a perder: perde a oportunidade de aprender algo novo, de conhecer quem o pode ajudar e quem pode ser ajudado por si, de saber de outras oportunidades e de fazer novos amigos e mentores.

6.Networking é importante. Mesmo!

Para os estagiários da ONU, o networking é algo em que quase se tropeça sem querer: dado o custo de vida em Nova Iorque, a maioria dos estagiários começa a participar nestes eventos principalmente pela comida gratuita e pela oportunidade de beber um copo de um bom vinho sem ter que pagar 20$. Depois, como o homem é um ser social, naturalmente se trava conversa com uma pessoa, depois outra e depois outra. De repente, apercebemo-nos de que estamos a falar com uma pessoa que acabou de concluir um projeto similar ao nosso e logo começa a partilhar conselhos e estratégias. No dia seguinte, partilhamos com a nossa equipa e isso torna-nos mais eficientes. Ou então damos por nós a falar com alguém que quer aprender mais sobre a ferramenta com que a nossa equipa trabalha todos os dias. No dia seguinte, já há um 1-1 marcado para partilhar conhecimentos. Na verdade, o mais comum era conhecermos alguém que trabalhava numa equipa que até então desconhecíamos e a conversa é uma excelente forma não só de conhecer melhor a organização, os projetos de outras equipas e as suas dificuldades, mas também de dar a conhecer o trabalho das nossas equipas e quiçá forjar eventuais parcerias. Há imensos eventos todas as semanas e isso proporciona um ambiente de networking incrível, onde as ligações acontecem de forma natural. Além disso, como é um ambiente super diverso, não há conversa que não seja interessante!

De forma geral, quem não está interessado em fazer networking tem muito a perder: perde a oportunidade de aprender algo novo, perde a oportunidade de conhecer quem o pode ajudar e quem pode ser ajudado por si, perde a oportunidade de saber de outras oportunidades, perde a oportunidade de fazer novos amigos e mentores. Em suma, a curiosidade e o interesse em conhecer mais para além da sua esfera é sempre benéfico e o networking não podia ser mais crucial.

A “UN Bubble” tem muitos aspetos positivos: permite forjar amizades para a vida com pessoas das mais diversas culturas e áreas, criar um network de pessoas com ambições idênticas, conhecer pessoas admiráveis – desde Prémios Nobel a Global Shapers -, ou assistir a eventos históricos.

7.A bolha da empresa fornece um ótimo chão mas também um teto

Como a ONU é tão grande, tem tanta coisa a acontecer e tem tanta gente tão interessante, há tendência para passar a maior parte do nosso tempo dentro daquilo que carinhosamente chamávamos “UN Bubble”. Isto é, conviver com pessoas que trabalham em causas parecidas, que vêem a vida de forma idêntica e que têm desejos e sonhos similares. A “UN Bubble” tem muitos aspetos positivos: permite forjar amizades para a vida com pessoas das mais diversas culturas e áreas, criar um network de pessoas com ambições idênticas, conhecer pessoas admiráveis – desde Prémios Nobel a Global Shapers -, ou assistir a eventos históricos. Contudo, a bolha também nos pode desconectar daquilo que é a realidade da cidade onde vivemos (neste caso, é só uma das cidades mais entusiasmantes e frenéticas do mundo!), ou pior ainda, da realidade das pessoas que o nosso trabalho pretende servir em primeiro lugar. A bolha não é perigosa – pelo contrário -, mas exige foco. No meu caso, por exemplo, queria muito conhecer melhor a realidade americana e a cidade de Nova Iorque. Contudo, findo o primeiro mês, mal tinha convivido com pessoas fora da ONU e portanto se queria aproveitar melhor a cidade onde estava tinha de ser mais proativa. O que percebi é que, como tudo na vida, é importante traçar objetivos e estar sempre atenta para ver se se está na direção certa e isso aplica-se tanto na vida profissional como na pessoal. Além disso, acho importante mantermo-nos ligados a pessoas que vêem o mundo de forma diferente, ou que simplesmente vivem realidades diferentes, pois desafiam as nossas crenças e obrigam-nos a ver novas perspectivas. Por exemplo, em Nova Iorque há muitos americanos que não gostam da ONU e não acreditam que tenha um impacto importante no mundo. Para mim, era importante falar com pessoas assim, ouvir e entender os seus argumentos para poder fazer o meu trabalho melhor.

Sair da zona de conforto nem sempre é fácil e o medo muitas vezes distorce-nos as percepções, mas é onde crescemos mais e mais depressa. Muitas vezes até descobrimos características que nem sabíamos ter.

8.A magia acontece fora da zona de conforto, porque aí o crescimento é exponencial!

Não queria acabar com um cliché, mas espero que me perdoe por ser um cliché com fundo de verdade. Quando olho para trás e penso que quase recusei esta oportunidade única por medo do risco e da incerteza, até me arrepio porque foram dos meses mais transformadores da minha vida. Antes de aceitar a proposta de estagiar na ONU, tinha um trabalho estável numa empresa em que muita gente gostaria de trabalhar, numa equipa que adorava e com boas condições. Articular o porquê de estar sequer a considerar largar tudo isso por um estágio não-remunerado numa das cidades mais caras do mundo, sabendo que a probabilidade do estágio se converter numa oportunidade a tempo inteiro era baixíssima, parecia algo completamente irracional. E ainda assim, algo em mim que me dizia que era a coisa certa. Mas eu sou economista: não sigo instintos, sigo folhas de Excel. Portanto criei o meu Excel e no fim a decisão resumiu-se a 3 perguntas fulcrais: “Vou-me arrepender se não aceitar este desafio?”, “Esta oportunidade irá expor-me a desafios diferentes e dar-me capacidades novas?”, “Se tudo correr da pior maneira, consigo lidar com isso?”. A resposta era sim às 3 perguntas e então, segundo o meu Excel, tinha que ir. Na semana seguinte, com os olhos mais húmidos do que gostaria, disse ao meu chefe que ia sair da empresa, que não sabia bem articular o porquê, mas que era o que sentia que tinha de fazer.

Isto para dizer que não foi uma decisão simples e certamente também não foi a mais confortável mas agora posso dizer sem qualquer dúvida que foi a decisão certa. Sair da zona de conforto nem sempre é fácil e o medo muitas vezes distorce-nos as percepções, mas é onde crescemos mais e mais depressa. Muitas vezes até descobrimos características que nem sabíamos ter. Na minha idade, isso ainda é mais verdade pois não tenho nenhuma responsabilidade que me prenda a nenhum sítio.

Tenho noção de que as escolhas que posso fazer também são fruto das minhas condições: tenho a sorte de estar numa área onde é fácil arranjar emprego, de ter tido acesso a uma educação ótima, de ter tido empregos que me deram uma almofada financeira para me lançar nesta aventura e por último, mas não menos importante, de ter uma família incrível que me apoia incondicionalmente. Nunca me esqueço da sorte e do privilégio que tenho e isso só me motiva ainda mais a querer tornar-me na minha melhor versão possível.

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