Londres, por Ana Luisa Cruz

Licenciou-se em Educação de infância, mas depois de uma pós-graduação em Análise Financeira, Ana Luisa Cruz mudou radicalmente de vida e foi trabalhar para a City de Londres, no BNP Paribas.

Ana Luisa Cruz trabalha na City de Londres.

Preparava-se para uma carreira como educadora de infância, mas no final do segundo ano do curso Ana Luisa Cruz percebeu que aquela não era a sua vocação. Decidiu prosseguir a licenciatura, pelo menos, até encontrar um novo rumo. Acabou por ser um emprego em part-time, no departamento de recuperação de crédito do BPI, que ao proporcionar-lhe um primeiro contacto com os produtos financeiros e com a banca, lhe indicou o futuro. Mais tarde fez uma pós-graduação em Análise Financeira do ISEG e, em 2015, decidiu sair de Portugal. O namorado, engenheiro civil, trabalhava na Noruega há cerca de dois anos devido à crise na construção civil em Portugal, e o casal procurou um local na Europa em que ambos pudessem progredir profissionalmente. Como nessa altura, Ana Luisa Cruz já trabalhava para o mercado do Reino Unido, no BNP Paribas, Londres tornou-se a escolha óbvia. Mudaram-se em Janeiro de 2016.

Decorridos três anos, o balanço é positivo. Está satisfeita com a cidade, que a conquistou desde o primeiro momento por ser um verdadeiro melting pot, com pessoas de diferentes nacionalidades, estilos de vida, culturas e religiões, e pela sua vasta oferta cultural. E também esrtá satisfeita com o emprego. Trabalhar na City é para muitos demasiado stressante, mas Ana Luisa Cruz gosta da adrenalina causada pelo stress dos deadlines apertados, bem como do multitasking, da investigação e da resolução de problemas que implica a sua função de gestora de operações de capital no BNP Paribas.

Conheça as sugestões de Ana Luisa Cruz para as executivas que visitem Londres em trabalho.

O café ou casa de chá para um bom pequeno-almoço
Qualquer Pret a Manger, onde o café é ótimo e tem também várias opções de pequeno almoço. Na City, o Paul mesmo junto à catedral de St. Paul também é uma boa opção.

Se estiver n zona da City, escolha o Paul para o pequeno-almoço ou um lanche.

O restaurante para um almoço de negócios
O Mint Leaf tem boa comida indiana de fusão, é bastante elegante, tem uma boa atmosfera e decoração.

O Mint Leaf é uma boa opção para um almoço ou jantar de trabalho.

A livraria imperdível
A Daunt Books em Marylebone, com uma grande seleção de livros, várias categorias, e uma arquitetura fantástica.

A Daunt Books é perfeita para ficar a par das novidades.

 A sala de espetáculos obrigatória
O Barbican Centre, com o seu estilo contemporâneo, recebe variados eventos, concertos e exposições de artistas de todo o mundo. O Southbank Centre fica junto ao rio, e é perfeito para concertos, teatro e exibições, e também um local obrigatório tanto pelo icónico cenário envolvente, como pela diversidade de restaurantes e bares.

O Barbican Centre consegue acolher mais de 1150 espectadores.

Um museu ou uma exposição a não perder
O museu Vitoria and Albert, com ótimas exposições temporárias, e o British Museum, pela fantástica coleção de peças históricas, assim como pela arquitetura deslumbrante do próprio edifício.

Se tiver umas horas disponíveis na agenda, visite o British Museum.

As lojas de decoração a que não resiste
A Habitat e a Marks and Spencers podem ser mais caras mas é onde se encontram peças únicas e exclusivas. A Homesense também é ótima, sobretudo porque costuma ter peças de boa qualidade e únicas com descontos a 60%, uma vez que faz parte da cadeia TK Maxx.

A Habitat é uma das opções para decorar a casa se aceitar um lugar em Londres.

As lojas favoritas para comprar roupa
Banana Republic para roupa mais clássica com um toque contemporâneo, ótima para roupa de escritório. A & Other Stories, prima pelo design, elegância e qualidade, onde se encontram peças versáteis para usar tanto para trabalhar como para ocasiões mais informais. Quando o orçamento é mais reduzido, a Zara e a Primark em Marble Arch, que tem peças exclusivas nessas lojas, e que nunca desiludem.

Onde se perde por sapatos e carteiras
No Selfridges quando orçamento é maior. A Dune e Office são boas opções a preços mais acessíveis.

O centenário Selfridges é visita obrigatória em Londres.

Os beauty spots
A minha cabeleireira de eleição é a Vasilena, no Tony Zreik, em Finchley Road, South Hampstead. Para manicure e massagens, encontram-se a cada esquina lojas que oferecem estes serviços.

O mercado ou a mercearia para comprar bons produtos
No Portobello Road Market encontra-se tudo, desde mercearias a roupas vintage. De paragem obrigatória, a mercearia/café Lisboa Delicatessen, para uma bica e um pastel de nata, para quando se tem saudades de casa.

Aos sábados, o mercado de Portobello Road vale uma visita.

O que mais gosta na cidade
Na City gosto muito da arquitetura, o antigo misturado com o contemporâneo, e como nos podemos perder nas ruas estreitas e sinuosas. Aprecio a vasta oferta de cultura, desde os espetáculos, exposições a museus, muitos deles de acesso gratuito.
Adoro a multiculturalidade, a diversidade de raças e culturas que vivem ao lado umas das outras. Claro que existe discriminação, mas não é tão evidente como noutros sítios da Europa.
O sistema e oferta de transportes é espetacular, sendo completamente dispensável o uso de carro.

O que menos gosta em Londres
A poluição e as horas de ponta em que os transportes ficam sobrelotados.

Qual o segredo mais bem guardado de Londres
Os espaços verdes, tanto os parques naturais como os parques na cidade. Podemos passar um dia inteiro nos parques, fazer piqueniques, caminhadas, andar de bicicleta, ou nos famosos pubs. Ou simplesmente, fazer uma sesta a aproveitar o sol, se o tempo permitir.

Uma imagem muito comum em Hyde Park.

Que hábito ganhou nessa cidade que não tinha em Portugal
Andar de transportes públicos, de bicicleta e sobretudo andar a pé.

O que diria a uma executiva que foi convidada a trabalhar em Londres
Para aproveitar a oportunidade como um impulsionador profissional, mas também pessoal. É difícil mudar de país, de vida, e apesar de ser um país próximo do nosso, as diferenças culturais e de estilo de vida existem, o que por vezes dificulta a adaptação e integração. Diria para aproveitar a resiliência e iniciativa, características do nosso povo, como ferramenta de diferenciação. Para aproveitar Londres e a panóplia de atividades que esta proporciona assim como para visitar Inglaterra. Aproveitando a localização e a rede de transportes que a cidade oferece para conhecer mais do país que tem tanto para oferecer como a capital.

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