Proprietária e gerente do restaurante Tágide, Suzana Barros de Brito, 40 anos, é licenciada pela Escola Superior de Artes Decorativas, com uma especialização em peritagem de Arte, passou pela Sotheby´s em Londres e foi responsável pelo património artístico do antigo BCP. Há 10 anos, mudou de vida quando o marido, Manuel de Brito – filho do ex-presidente do Sport Lisboa e Benfica e colecionador de arte Jorge de Brito -, a desafiou a reabrir o emblemático Restaurante Tágide. Hoje, Suzana Barros de Brito gere o restaurante que tem uma arquitetura que remonta à época pombalina, uma das melhores vistas sobre Lisboa e que já teve uma estrela Michelin.
7h00
Acordo naturalmente antes das 7h. Adoro as manhãs e quando a casa está em silêncio costumo planear o meu dia, meditar e organizar as ideias. Tomo o pequeno-almoço em família – nos dias em que vou ao ginásio tento que seja mais nutritivo para ter bastante resistência -, e dou apoio aos meus três filhos, uma vez que o meu marido os leva para o colégio às 8h.
8h20
Esta é a hora de sair de casa nos dias em que vou ao ginásio. Tanto faço aulas de Icycle, como condicionamento ou, pontualmente, máquinas com um Personal Trainer. Como fiz natação de competição sempre gostei de desporto e com alta intensidade.
10h15
Estou pronta para apanhar a auto-estrada, uma vez que moro no Estoril e trabalho no Chiado. Tento organizar a minha vida para esta hora para evitar o trânsito. Quando preciso de estar cedo em Lisboa cedo, tenho de sair à 7h15.
10h45
Chego ao restaurante e tenho tanta sorte que arranjo sempre lugar para o meu carro miniatura (Fiat 500). Sou muito prática por isso sempre gostei de carros pequenos. Se preciso de trazer um volume maior tenho a opção de abrir a capota!
Os meus dias nunca são iguais. Alem de supervisionar um pouco de tudo, estou muito ligada aos recursos humanos, comunicação, marketing e estratégia.
12h30
Costumo almoçar com a equipa no refeitório, no entanto, tento ter almoços, ou no restaurante ou no Wine bar, para promover o restaurante e aproveitar para ver de perto a equipa a trabalhar.
14h00
Durante a tarde marco algumas reuniões com fornecedores, parceiros ou com a equipa. À sexta-feira é dia de reunir com o Chef Gonçalo Costa para fazer pontos de situação da semana que passou e preparar a semana seguinte. É também o momento para analisar as cartas que vão entrar, calendarizar ações para o mês, analisar números e definir estratégias.
17h30
Até há pouco tempo, às terças-feiras saía para as aulas de cerâmica com a Elsa Figueiredo no Estoril (professora também no ARCO). Foi assim que acabei por criar e produzir um conjunto de pratos em grés, com a temática dos fosseis do fundo do mar, para uma entrada de Vieiras com Caviar, que consta da carta do restaurante.
Sou muito criativa e dinâmica e tento ter outras atividades para além do restaurante. Estou muito atenta a exposições, artistas e jovens artistas, esta é uma temática que adoro.
Às terças é também o dia da minha meditação em grupo. Comecei pelo Quiron (ao lado do restaurante) e agora estou em Cascais. O Carlos Campos é uma referência para mim nesta área.
19h30
Normalmente, é a hora a que saio do restaurante. Pontualmente, trabalho à noite, o que acho muito importante pois estou próxima dos clientes e gosto de os receber pessoalmente.
20h30
Hora de jantar quando estou em casa. É uma boa oportunidade para acompanhar os filhos e partilhar os nossos dias. Adoro esta partilha. Todos têm muitas opiniões e por vezes os jantares tornam-se verdadeiros debates.
Também gosto de jantar fora, até para ver outros restaurantes. Pelo menos, uma vez por semana, janto fora com o meu marido ou jantamos com amigos. Sou cada vez mais exigente. É difícil quando se tem um restaurante como o Tágide!
23h00
Gosto de me deitar cedo. Como sou tão enérgica de madrugada gosto do silêncio da noite e de ler. Vejo pouca televisão. Prefiro uma boa conversa com o meu marido a seguir ao jantar, e termino o dia com a minha música de embalar (Rui Massena) e o meu livro.