Pela primeira vez na sua história, os Museus do Vaticano vão contar com uma mulher a coordenar os seus destinos. A nomeação foi feita esta semana pelo Papa Francisco. A nova diretora, que assumirá funções em Janeiro de 2017, era uma escolha natural, na medida em que já vinha desempenhando o cargo de vice-diretora desde Junho deste ano, desenvolvendo um trabalho de proximidade com o anterior diretor, Antonio Paoluci. Mas ainda assim o anúncio da sua nomeação não deixou de causar surpresa, pois é a primeira vez que uma mulher ocupará este cargo.
Natural de Roma, Barbara Jatta, 54 anos, licenciou-se em Letras pela Universidade La Sapienza, posteriormente realizou uma especialização em Arquivismo, na Escola Vaticana de Paleografia, Diplomática e Arquivística. Seguiu-se uma pós-graduação em História de Arte, na Universidade de Roma. Em 1994, foi admitida na Universidade de Nápoles para a docência da cadeira “História de Arte Gráfica”. O seu percurso profissional no Vaticano começa dois anos depois, quando ingressa na Biblioteca Apostólica do Vaticano como responsável pelo Gabinete de Impressões, chegando em 2010 ao cargo de curadora do Departamento de Impressões Gráficas da Biblioteca.
O seu novo desafio colocá-la-á no comando de um complexo sistema de museus, com origem no séc. XVI, que compreende um vasto acervo das mais variadas áreas, desde a pintura e a escultura até à tapeçaria, ourivesaria e etnografia. O Museu do Vaticano é atualmente o terceiro museu mais visitado do mundo – com seis milhões de visitantes por ano -, ficando somente atrás do parisiense Louvre e do nova-iorquino Metropolitan.