Imagem profissional: os mitos mais comuns

A sua imagem profissional deve corresponder à mensagem que quer transmitir aos outros. No livro Imagem Profissional, Guia de Estilo, Rita Carvalho enumera os mitos mais comuns que induzem em erro muitas mulheres.

A elegância depende, sobretudo, da postura e atitude.

Se acha que para ter uma boa imagem tem de gastar muito tempo e dinheiro, de se parecer com uma celebridade ou que este é um assunto fútil, que não tem qualquer impacto na sua vida profissional, então leia este tema. Afinal, que mensagem transmite a sua imagem?

  1. Ter boa imagem resume-se a ter uma boa aparência

Este é um dos mitos mais frequentes. Muitas pessoas consideram que quando falamos em imagem profissional nos referimos apenas à aparência. Esquecem-se de que a imagem é constituída pela forma como nos apresentamos, o que inclui também a higiene pessoal (odor, hálito, cabelo e unhas); impressão que transmitimos (valores, competências e experiência); postura e comportamento (como age e reage, o que inclui ter boas maneiras e educação) e como comunicamos (tom, conteúdo e forma de expressão).

  1. O currículo e a experiência é que importam, a imagem pessoal é secundária

Sem dúvida que tem de ter competências, experiência e conhecimento profissional para ter aquele emprego ou promoção que tanto deseja. Contudo, o mercado de trabalho é muito competitivo e quando existem dois candidatos com um perfil semelhante, a imagem pode ser o fator diferenciador e decisivo. Sobretudo, se o candidato estiver a concorrer para uma função de atendimento ao público ou que implique a relação direta com clientes, parceiros ou media, representando a empresa no exterior.

  1. Para ter uma boa imagem tenho de gastar muito dinheiro

Hoje em dia, há tanta oferta no mercado com uma boa relação qualidade-preço, que não necessita de gastar uma fortuna para ter uma boa aparência. O importante é investir em peças básicas, de qualidade, de corte clássico e em cores neutras para aumentar a variedade de combinações e prolongar a sua utilização no tempo. Um bom fato, casaco ou vestido pode durar anos e ser usado em vários contextos. Pelo contrário, as peças tendência passam de moda e os estampados podem tornar-se cansativos, pelo que não invista muito nestas opções.

A elegância e a classe não dependem das marcas que usa, mas da sua postura e atitude.

O importante é ter noção do que tem no seu roupeiro, de modo a não comprar por impulso, assim como identificar o que lhe faz falta. Deve adquirir artigos que possa conjugar com o que já tem, de modo a evitar peças soltas que nunca saem do armário. Invista em alguns básicos e clássicos, com um corte impecável e que vão durar anos; e aprenda a fazer novas combinações, recorrendo aos acessórios. Ou seja, deve aprender a rentabilizar o seu guarda-roupa.

  1. É importante ter peças de marca para causar uma boa impressão

Esta é uma das maiores ilusões. Muitas pessoas compram peças de marcas prestigiadas por considerarem que estas lhe conferem um maior estatuto. Mas nem sempre exibir boas marcas é a melhor solução. Pode também passar uma imagem de pretensiosismo ou de ostentação, o que nem sempre é bem interpretado no ambiente de trabalho. Já para nem falar de quem compra artigos de contrafação, por achar que os outros vão pensar que o seu relógio ou mala é de uma marca de luxo. O mais provável é passar uma impressão negativa, pois além de se estar a enganar a si própria quer mostrar aquilo que não é. Seja discreta e realista, a elegância e a classe não dependem das marcas que usa, mas da sua postura e atitude.

  1. Não tenho tempo para me arranjar de manhã

É um facto que o tempo de manhã é limitado e, para quem tem muitas tarefas, qualquer minuto é precioso. Mas existem formas de poupar tempo. Por exemplo, selecione as peças que vai vestir no dia anterior e verifique se estas estão limpas e engomadas.

Uma maquilhagem, ainda que rápida, fará a diferença no seu look.

Se usa maquilhagem, saiba que também existem soluções rápidas. Por exemplo, misture a base com o hidratante e depois aplique um corrector nas olheiras e termine com um pó compacto. Ou, se tiver a pele oleosa, comece pelo anti-olheiras e depois aplique uma base compacta em pó. Finalize com o blush e a máscara de pestanas. Vai ver que estes cinco minutos fazem toda a diferença.

  1. Confundir boa imagem com beleza e idade

A imagem não depende da beleza, nem da idade. Pode ter uma boa imagem, independentemente do seu peso e das características físicas. O importante é saber valorizar o seu corpo e rosto e aprender a disfarçar as imperfeições ou zonas mais críticas. Os profissionais mais experientes tendem a passar uma imagem de maior confiança, segurança e credibilidade, pelo que a idade pode ser uma mais-valia profissional.

Invista num visual equilibrado, mas use alguma criatividade na conjugação dos vários acessórios.

Aprenda a tirar partido do que tem. Não se esqueça que a maior parte das revistas recorre ao Photoshop na edição de imagem e que, para ter aquela aparência, foi necessária uma equipa de profissionais. O ideal de beleza é uma ilusão e depende da cultura de cada país. Tenha em conta o seu tipo de corpo e rosto e não tente imitar o que vê nos outros, se tal não a favorecer.

  1. Os acessórios devem combinar sempre

A moda de combinar tudo já está ultrapassada. Não tem de conjugar os sapatos com a mala e o cinto, a maquilhagem com a cor da roupa ou usar o mesmo conjunto de bijuteria. Aliás, o seu visual será mais interessante se tirar partido da variedade de acessórios e souber conjugá-los, tendo em conta a sua proporção, o corpo e o coordenado. Ou seja, procure um visual equilibrado, de modo a evitar os excessos e não parecer uma árvore de Natal, mas use alguma criatividade na hora de coordenar as peças.

Por exemplo, se usar um colar de grande dimensão opte por usar brincos ou pulseiras mais discretos. Escolha os tons de maquilhagem, de acordo com a sua cor de olhos e de pele, em vez da camisola. Prefira uns sapatos num tom mais neutro com uma mala de uma cor mais viva. E não se esqueça da máxima: menos é mais!

  1. Quem tem peso a mais deve usar roupa mais larga

A ideia é destacar os pontos fortes do seu corpo e disfarçar as zonas mais problemáticas, mas sem parecer uma tenda. Ou seja, as roupas largas tendem a aumentar o volume do corpo e a fazê-lo parecer um retângulo. Use peças em tons neutros e, de preferência, mais escuros, looks monocromáticos (de uma só cor) e sem brilho, nas partes do corpo que pretende disfarçar, e estampados ou detalhes nas zonas para as quais pretende chamar a atenção. Os decotes em U ou V, os colares verticais, as riscas finas ou médias verticais, as mangas a ¾ ou as saias e vestidos (para quem tem umas pernas bonitas) podem ser uma boa opção para este tipo de corpo.

IMAGEM PROFISSIONAL – GUIA DE ESTILO

imagem_profissionalO livro de Rita Carvalho assume-se como um guia prático de estilo profissional para quem está a iniciar a carreira, pretende saber o que usar numa entrevista de emprego ou quer melhorar a sua imagem profissional. Destinado a mulheres e homens, dos 20 aos 66 anos, ao longo das suas mais de 300 páginas encontra orientações úteis e simples de seguir no dia a dia.

Rita Carvalho é consultora de comunicação e imagem e autora do blogue In Styleland, dedicado ao estilo, moda, beleza e lifestyle. É licenciada em Relações Públicas e Publicidade e tem uma pós-graduação em Comunicação e Gestão das Organizações e o curso de Imagem Pessoal e Profissional.

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