Quem pouco dorme, pouco produz

A falta de sono não tem apenas impacto na sua saúde, mas também na economia do seu país. Segundo um estudo que realizado em cinco países da OCDE, este problema gera um prejuízo de quase 640 mil milhões de euros.

Noites mal dormidas arrasam a produtividade.

Um estudo sobre a influência da privação de horas de sono abaixo do mínimo recomendado, publicado pela Rand Europe, demonstra que a duração do seu descanso noturno não é apenas uma questão de saúde, mas tem também consequências imediatas na economia. O estudo “Why Sleep Matters” da ONG Rand Europe demonstra que só em cinco países da OCDE este problema provoca prejuízos de quase 640 mil milhões de euros.

Partindo da análise estatística da média de horas dormidas no Canadá, Estados Unidos, Japão, Alemanha e Reino Unido, o estudo decidiu explorar a perspetiva económica de um flagelo que já é considerado uma questão de saúde pública em muitos países ocidentais. De entre os quais os Estados Unidos, onde mais de um terço dos adultos não dorme as horas mínimas recomendadas. A estatística demonstra que quem dorme menos de seis horas por dia tem mais 13% de risco de mortalidade do que quem dorme pelo menos sete.

Naturalmente, a falta de sono torna-nos menos produtivos no trabalho, mas será que o impacto é relevante? Nos Estados Unidos, a economia perde cerca de 411 mil milhões de dólares por ano, quase 3% do PIB norte-americano, sendo o país mais afetado pela falta de descanso. Esta perda económica é refletida por cerca 1,2 milhões de dias de trabalho que se perdem só nos Estados Unidos. Na Europa, a equipa da Rand Europe analisou os dados do Reino Unido e da Alemanha concluindo que nestes países as perdas contabilizam entre 50 e 60 mil milhões de dólares respetivamente, e 209 mil dias de trabalho perdidos. No total, são 639,4 mil milhões de euros que se perdem anualmente nas economias dos países analisados.

Vários fatores têm contribuído para o aumento da falta de horas de sono nos países desenvolvidos, como o estilo de vida da “sociedade 24h/7”, onde o stress, o recurso constante a smartphones e tablets, mas também a obesidade e o consumo de álcool, jogam um papel determinante.

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