Segundo Blair Decembrele, que colabora com o LinkedIn como especialista de carreira, citada pelo site My Domaine, os perfis mais visitados naquela rede social seguem uma fórmula que faz com que se destaquem e captem a atenção de potenciais empregadores. Se o seu ainda não tem estas características, inspire-se nelas para fazer as mudanças necessárias.
As soft skills estão em destaque
Mais do que o cargo ou profissão que está no cabeçalho da sua página, a maioria dos recrutadores procuram um conjunto de competências pessoais. Hoje as soft skills assumem um papel ainda mais importante do que as competências técnicas, quando o assunto é contratação. Liderança, bom poder de comunicação e capacidade de gestão de tempo continuam a ser algumas das mais valorizadas pelos recrutadores, diz Blair.
Se não tem a certeza de que palavras pode usar, pesquise as soft skills mais frequentemente mencionadas nos anúncios para as vagas de emprego que lhe interessam, bem como as mais destacadas por outros profissionais da sua área nas suas páginas de LinkedIn. Pense quais são aquelas que melhor combinam com as suas características pessoais e experiência de trabalho.
Têm uma boa foto de perfil
Pense na sua foto de LinkedIn como um aperto de mão virtual, aconselha a especialista, porque as primeiras impressões contam muito aqui também. “As pessoas com foto de perfil têm, em média, até 21 vezes mais visitas na sua página e até 36 vezes mais mensagens”.
Quanto a regras para uma boa foto: Use um fundo simples, sem muita informação; certifique-se que o seu rosto ocupa cerca de 60% do espaço da foto… e, como diz a velha máxima, vista-se de acordo com o cargo que quer ocupar.
Valorizam os interesses extra trabalho
Os seus trabalhos de voluntariado e outros interesses além da carreira podem dizer mais de si do que esperaria e fazer a diferença entre si e outro candidato com um historial de carreira semelhante. “41% dos recrutadores dizem que a experiência de trabalho voluntário é tão válida como a experiência profissional, quando avaliam candidatos”, afirma Blair. Se pertenceu à associação de estudantes da sua faculdade, é praticante regular de algum desporto, faz ou fez trabalho voluntário, mencione-o. Acha que alguém que corre maratonas, por exemplo, é avaliado da mesma forma do que outro candidato que não enumera nenhuma atividade extra profissional no currículo? Isso revela empenho, resiliência, uma boa gestão de tempo, perseverança, competitividade e foco nos resultados. Avalie o que as suas experiências podem dizer sobre si.
Têm boas recomendações de outros profissionais
“As recomendações servem como um certificado de aprovação das suas conexões e dão credibilidade à sua marca profissional”, diz Blair. Peça-as apenas a pessoas com quem trabalhou de forma mais próxima, quer tenha sido na sua empresa ou parceiros de negócios de outras organizações, que possam falar das suas conquistas e concretizações profissionais, das suas aptidões e objetivos de carreira. Embora possa ser um pouco embaraçoso pedir recomendações, é uma estratégia que pode compensar. E se estiver à vontade com isso, pode até endereçar uma mensagem à pessoa em causa, explicando o que pretende e quais as competências ou factos que gostaria que fossem destacados, aconselha a especialista.
Contam uma história apelativa
Os resumos e perfis mais impactantes têm em comum o facto de transcenderem os factos e números, para fazerem uma narrativa breve e apelativa de quem é enquanto profissional, mas também enquanto pessoa. O resumo inicial, junto ao cabeçalho, é o local certo para fazer o seu pitch mais personalizado, mostrar um pouco da sua personalidade, das suas metas profissionais e, assim, dar um panorama mais vivo da sua marca pessoal. Blair recomenda que este resumo tenha 40 ou mais palavras, de modo a “aumentar as probabilidades de o seu perfil aparecer nos resultados de busca dos empregadores.”