5 erros que impedem uma marca pessoal forte

A consultora de imagem Bárbara Mendonça deixa sugestões que farão com que se sinta mais feliz com a sua aparência.

Bárbara Mendonça é consultora de imagem e vice-presidente de Marketing e Comunicação do Chapter Português da Associação Internacional de Consultores de Imagem - AICI.

A nossa imagem e a forma como nos sentimos connosco perante os nossos parceiros, amigos, família, colegas de trabalho e restante sociedade está diretamente ligada à nossa auto-confiança. Numa fase em que regressamos aos contactos físicos com tantas incertezas, nem sempre é fácil mantermo-nos positivos e focados. E um dos princípios básicos para alimentarmos a nossa auto-estima é sem dúvida, cuidando de nós.

A imagem é uma ferramenta fundamental de comunicação que deve estar alinhada com a mensagem que pretendemos transmitir nos vários ambientes que frequentamos, desenvolvendo, assim, uma Marca Pessoal forte. Na era da informação e de todos os universos online que nos chegam de forma voluntária e involuntária, é cada vez mais confuso decidir de que forma nos queremos apresentar, qual o objetivo de comunicação, e o que é necessário comprar ou fazer para chegar à imagem que nos serve de inspiração. A verdade é que são mais os momentos de frustração por não nos conseguirmos rever nessa imagem de referência, do que os momentos em que nos sentimos bem com a forma como nos apresentamos. É comum comprarmos peças por impulso que nem sempre correspondem à nossa identidade ou que simplesmente não funcionam no nosso guarda-roupa.

São muitas as mulheres que ainda não se sentem felizes com a sua aparência. Deixo 5 razões (e soluções), que identifiquei nas minhas consultas, pelas quais considero que nem todas estão a tirar o maior partido da sua imagem:

1. Ausência de básicos essenciais
Em 8 anos de experiência continuo a constatar que 98% das mulheres não tem as peças básicas fundamentais para tornar o guarda-roupa versátil. Grande parte das compras são feitas por impulso, são escolhidas peças tendência, com estampados ou com cores fortes, que acabam por dificultar a coordenação com outras peças. Se não tiver os básicos certos para o seu tipo de corpo, para os ambientes que frequenta e que conjuguem bem com as peças que tem em casa, o mais provável é que sinta sempre que tem muita roupa, mas nada para vestir.

2. Reduzido auto-conhecimento do atual corpo
Todas nós passamos por várias fases e o nosso corpo acompanha essas mudanças com oscilações de peso. Na busca pelo corpo ideal é frequente esquecerem-se de aprender a vestir o corpo atual. Grande parte das mulheres continua a massacrar-se com aquelas peças com mais de 20 anos que aspira voltar a vestir e que em vez de a motivar só cria momentos de grande frustração. É importante parar com essa pressão. Mesmo que o objetivo de perda ou ganho de peso seja definido para realmente ser alcançado, no processo use as peças que a favorecem e que funcionam no seu corpo que tem hoje.

3. Desorganização do guarda-roupa Quando foi a última vez que analisou peça por peça o seu guarda-roupa e descartou tudo o que já não usa há anos, que já não lhe serve ou que simplesmente não faz parte do seu estilo de hoje?  Faça essa manutenção pelo menos a cada seis meses e só depois faça listas para compras.

4. Desinvestimento em si própria
Quando se trata de gastar dinheiro ou tempo com elas próprias, grande parte das mulheres são assombradas por um sentimento de culpa. Sentem que talvez devessem gastar esse tempo ou dinheiro com os filhos, com a casa, no supermercado, ou guardar para as próximas férias. Uma simples ida à manicure ou ao cabeleireiro nunca é prioridade, sendo adiado vezes sem conta. Primeiro os filhos, depois a casa, depois o trabalho, cozinhar, passar, limpar, tudo o resto, e depois nós. É fundamental perceber o valor por trás deste auto-cuidado e que a nossa aparência tem relação direta com forma como nos sentimos. Todas merecemos vivermos sempre na nossa melhor versão.

5. Resignação a preconceitos
Continuam a existir muitos preconceitos que a sociedade impõe às mulheres, os quais são muitas vezes tomados como certos pelas mesmas, que se resignam a assumir um certo perfil definido pela sua faixa etária, estrato social, condição familiar, emprego, etc., acabando por condicionar a forma como se vêem. Este contexto acaba por limitar e adiar a decisão de cuidarem de si mesmas e explorarem todo o seu potencial.

É urgente mudar este mindset! Seremos sempre melhores mães, colaboradoras mais determinadas e confiantes, esposas mais felizes e amigas mais fiéis, se estivermos de bem connosco. De hoje em diante no topo da lista de prioridades estaremos nós, para cuidarmos de tudo o resto ainda melhor.

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