Frequentemente nos deparamos com a necessidade de tomarmos decisões profissionais que podem ter um impacto decisivo no nosso sucesso futuro. Um simples “passo, obrigada!” ou a desvalorização das suas qualidades únicas podem deitar por terra uma oportunidade singular de mudança ou de progressão na carreira. Num artigo da Forbes, Kathy Caprino, especialista em carreira, reúne as algumas atitudes que podem pôr em causa o rumo da sua carreira.
Jogar pelo seguro
Apesar de as empresas apostarem cada vez mais em novas áreas e enveredarem por diferentes caminhos, muitos colaboradores com mais anos de experiência parecem resistir mais à evolução, preferindo “agarrar-se” à segurança e estabilidade (aparentes) que as suas carreiras lhes oferecem. Mas numa era de rápidas revoluções económicas e tecnológicas, em que indústrias inteiras podem desaparecer em pouco tempo, segurança e estabilidade são palavras que já não têm o mesmo significado de outrora. Na verdade, muitos profissionais acima dos 45 anos admitem não conseguir acompanhar o passo das inovações da tecnologia ou de novos processos de trabalho, pois sentem que é demasiado tarde para mudar, muito arriscado ou assustador.
Esta é uma ideia errada. A única “segurança” que está garantida é o crescimento pessoal e a forma como aplica os seus conhecimentos a ajudar os outros. Descubra qual a decisão mais assustadora que alguma vez quis tomar e não tenha medo de arriscar, tendo sempre em consideração se essa decisão lhe vai trazer sucesso e a vai manter fiel, não só a si mesma, mas também à marca que quer deixar no mundo.
Não tirar o máximo proveito do seu talento
Toda a gente possui qualidades únicas, tão naturais que são quase impercetíveis, ou porque nos passam ao lado, ou porque já nos habituámos a elas. O desafio passa por identificar essas mesmas qualidades e colocá-las em prática com diferentes abordagens, de forma a ajudar a empresa e os colaboradores a crescerem. Se não consegue identificar quais os talentos que possui, pode estar a perder oportunidades que de outra forma poderiam fazê-la avançar na carreira. Proponha-se refletir acerca das suas aptidões únicas e de que modo estas ajudaram empresas, equipas e colaboradores a crescer. Desta forma, consegue perceber de que forma pode tirar ainda mais proveito do seu talento e fazer a diferença no futuro.
Não acompanhar as mudanças e tendências do mercado
Um dos grandes erros que se comete no que toca à carreira é acreditar que a paixão por aquilo que se faz é tudo o que precisamos ter sucesso. Sim, é importante ser apaixonada pelo trabalho, mas a questão vai mais longe, especialmente quando ignoramos o facto de que o mundo está em constante mudança. Por vezes é preciso mudar de direção e honrar tudo aquilo que aprendeu, enquanto, simultaneamente, direciona as suas energias para objetivos onde as suas aptidões são mais necessárias.
Se o mercado sofreu transformações profundas e já não consegue trabalho ou o rendimento necessário operando na área que sempre a apaixonou, pode estar na hora de explorar uma abordagem diferente, usando o seu talento e vocação específica nessa área. Explore 5 direções distintas que lhe permitam mudar e pôr em prática todo o conhecimento que tem. Por vezes, essa tarefa implica testar-se em novas funções que vai perceber não se ajustarem a si ou não a realizarem totalmente, mas podem ser um caminho de descoberta para o que realmente gostaria de fazer a seguir — e esse é um processo necessário, que não se aplica apenas aos jovens profissionais. Não se esqueça de que dois objetivos têm que emergir dessa mudança: o que precisa e o que quer.
Não pensar em si como mais do que um emprego ou título
Pode parecer mentira nos dias de hoje, mas ainda existem muitos profissionais que não estão ligados à ”rede”, que não utilizam algumas das ferramentas disponíveis para construir um perfil (como o Linkedin) ou que não travam conhecimento com os seus colegas fora do local de trabalho. São pessoas que se veem apenas como um título ou uma função.
Se sente que é o seu caso, no futuro tente pensar em si como mais do que o papel que tem na empresa ou uma simples colaboradora. Comece por entrar em contacto com antigos colegas no Linkedin ou por construir a sua marca pessoal nessa plataforma. Dê recomendações e testemunhos, atualize o seu currículo, aproveite o cabeçalho do seu perfil para contar uma narrativa sobre quem é, qual a sua experiência, sobre o que a move e o que gostaria de fazer em seguida; contacte recrutadores e tente alcançar 10 novas pessoas por semana. Outra forma de se valorizar é aproveitar a parte destinada ao título profissional, no perfil do Linkedin, para falar não apenas do cargo em que está ou da profissão que tem, mas sobre o que tem feito no mercado de trabalho até aqui e o que se propõe a fazer.
Não se comprometer com a formação contínua para chegar mais longe
Decidir não crescer profissionalmente e desenvolver novas competências pode ser a pior decisão a tomar. Identificar lacunas e não atuar, ou rejeitar novos projetos por ter medo de falhar podem ser decisões fatais. Pense em três formas de começar a crescer profissionalmente, identifique as necessidades de formação em novas skills necessárias para lá chegar e aventure-se a aprender algo novo. Essa pode ser a chave para o sucesso, a felicidade e o crescimento pessoal.