Thompson aposta no Capital Feminino

O INDEX das Mulheres que a agência de comunicação global J. Walter Thompson vai publicar revela dados interessantes sobre as mulheres a nível global e a empresa, que já se assumiu como a agência que melhor compreende o público feminino, quer continuar a olhar com toda a atenção para “o maior grupo de consumidores do mundo”.

As mulheres continuam a ser definidas pelas suas responsabilidades e não pelas conquistas.

Está na altura de celebrar o valor que as mulheres trazem ao mundo pelo facto de serem mulheres, diz a agência de comunicação global J. Walter Thompson num estudo mundial sobre as mulheres dos dias de hoje. A conhecida multinacional vai publicar um estudo global sobre o perfil das mulheres atuais, que espelha as suas atitudes em relação a temas como a carreira, ambição, religião, finanças, sexualidade, aparência, beleza, educação e saúde.

O INDEX das Mulheres é o resultado de três anos de pesquisas, e faz parte de uma iniciativa – a Female Tribes – que a agência lançou, também mundialmente, para conhecer melhor as vontades, as necessidades, os desejos e as atitudes femininas. Com ele, a Thompson quer passar uma mensagem clara: a do Capital Feminino, ou seja, o valor que as mulheres trazem ao mundo com as suas aspirações e conquistas.

Cerca de 60% das mulheres admitem que os role models que veem na televisão e nos filmes as inspiram a ser mais assertivas e ambiciosas.

Os resultados são animadores e uma grande percentagem de mulheres (76%) diz que nunca houve melhor altura para se ser mulher, que a feminilidade é uma força e não uma fraqueza (86%) e que muitas decisões financeiras são tomadas por elas próprias (73%).

A executiva Rachel Pashley, Global Planner da J. Walter Thompson, afirmou a propósito deste estudo que “culturalmente se continua a não refletir o verdadeiro estatuto e influência das mulheres na sociedade e o facto de elas serem líderes, presidentes, astronautas e inventoras … e não ‘apenas’ mães”.

As mulheres continuam a ser vistas pela lente redutora da responsabilidade parental quando há tantos outros sucessos a celebrar também. Através do INDEX Mulheres a Thompson descobriu que “os modelos a seguir na comunicação influenciam não só as decisões de carreira como muitas outras decisões de vida: por influência das mensagens de comunicação 1 em cada 4 mulheres no Brasil deixou de viver relações abusivas, por exemplo”. Cerca de 58% das mulheres admite que os role models que vê na televisão e nos filmes as inspiram a ser mais assertivas e ambiciosas.

As tribos femininas

A Thompson prometeu ser a agência que melhor compreende as mulheres e quer oferecer o “melhor serviço criativo e pioneiro para ajudar a servir melhor o maior grupo de consumidores do mundo”. E quer mudar o diálogo cultural. Neste estudo ficaram definidas “20 Tribos Femininas”. Alguns exemplos de definição de Tribos, revela Rachel Pashley:

Alfas Asiáticas – as mulheres asiáticas modernas estão a deixar para trás o estereótipo da dócil dona de casa para se tornarem verdadeiras potências económicas. É na Ásia que existe o maior rácio no mundo de mulheres para homens em lugares de Presidente Executivo e dois terços das empreendedoras multimilionárias são chinesas, informa a Thompson. 50% das mulheres na China aspiram ser “agressivas” e “maternais” e 63% diz que usa a sua feminilidade como forma de obter poder e influência.

Ativistas Adolescentes – Por um lado são responsáveis e maduras, pelo que seria de esperar algum conformismo, mas por outro têm a vontade forte de mudar o mundo à sua volta. Armadas de idealismo e muita ligação às redes sociais estão a fazer ouvir as suas vozes, esclarece a o estudo.

Ícones Culturais – Hollywood previu que 2016 seria a era das heroínas femininas, com mais atenção dedicada às atrizes femininas, argumentos liderados por e para mulheres e mais realizadoras e diretoras na indústria cinematográfica, comenta Rachel Pashley.

 

O INDEX MULHERES EM NÚMEROS

O estudo abrange nove países – EUA, China, Austrália, Brasil, Reino Unido, Arábia Saudita, Índia, Rússia e África do Sul – e contou com respostas de mais de 4 300 mulheres. Veja algumas conclusões:

. 56% acreditam que são mais ambiciosas que o cônjuge ou parceiro

. 86% concordam que a feminilidade é uma força e não uma fraqueza

. 49% sentem que a sua atratividade e feminilidade pode ser usada para obter poder ou influência

. 28% acham que ser atraente é muito importante

. 43% sentem que a sua opinião é menos valorizada por ser mulher

. 79% concordam que os filhos contribuiram para as fazer trabalhar de uma forma mais produtiva e orientada.

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