Licenciada em Marketing e Publicidade, pelo IADE, e pós-graduada em Direito de Menores, pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, Vera Raposo de Magalhães apostou desde sempre na sua formação contínua, por considerar que “sem conhecimento, não conseguimos fazer nada” e “sem informação não conseguimos decidir com confiança.”

Com um percurso profissional muito diversificado, que começou numa IPSS, passou pelo design industrial, depois pela gestão de pessoas em ambiente de produção, na Confeitaria Nacional, Vera Raposo de Magalhães abraçou o seu maior desafio quando assumiu, há cerca de um ano, a direção de Marketing da Informa D&B, onde ingressou há mais de uma década. Os desafios e o crescimento profissional, afirma, “têm aparecido naturalmente: sou uma pessoa de sorte.”

Foi precisamente quando deu este novo passo na carreira que fez o programa One Step Ahead – Líderes no Feminino, uma parceria entre a AESE Business School e a Executiva, e não tem dúvidas de que o impacto que teve na sua vida foi imediato. Assume que além de lhe ter garantido as ferramentas essenciais que a ajudam a nível profissional e pessoal, permitiu-lhe fazer um programa de mentoring, que “foi uma mais-valia enorme” na fase da carreira em que se encontrava.

Quais as principais etapas do seu percurso profissional e que mais-valias retira de cada uma dessas experiências? 

O meu percurso profissional foi muito diversificado. Trabalhei numa IPSS na criação de um lar de acolhimento para crianças e jovens em risco, o que me motivou a tirar a pós-graduação em Direito. Daí saltei para o design industrial, onde ganhei o gosto pela forma e desenvolvi o sentido estético. Interessei-me pela cerâmica e fiz uma série de cursos: do design para a produção. Na Confeitaria Nacional, onde fui diretora de Operações, percebi o desafio da gestão de pessoas em ambiente de produção. E, por fim, a Informa D&B, que se atravessou no meu caminho, em 2013, onde comecei como gestora de produto, fui diretora de produtos e serviços e atualmente sou diretora de Marketing. Olhando para trás, a experiência adquirida em áreas tão diferentes, somada à formação que fui fazendo, deram-me as ferramentas de que precisava para aceitar os novos desafios. Mas, apesar deste percurso, tenho a noção de que estamos sempre a aprender e sempre em construção.

Consegue identificar algum erro que lhe tenha trazido uma aprendizagem importante na carreira? 

O erro faz parte do caminho e a consciência disso é essencial para não termos medo de errar, para evitar as inseguranças que nos limitam e condicionam, para acreditarmos em nós, no caminho que pensámos e nas decisões que tomamos. É uma aprendizagem.

Qual o projeto de que mais se orgulha na sua carreira? 

É estar onde estou agora. Sentir que este é o maior desafio. É um grande orgulho ser diretora de Marketing de uma empresa como a Informa D&B. Identifico-me muito com a empresa, com a sua missão e valores. É uma empresa que se preocupa com as pessoas e que as tem como o maior ativo.

“O facto de [o OSA] me ter possibilitado fazer um programa de mentoring, foi uma mais-valia enorme na fase profissional em que me encontrava. Levou-me a perceber que somos capazes, porque outros também o foram.”

Porque decidiu fazer o programa One Step Ahead – Líderes no Feminino?  

O OSA surgiu exatamente quando assumi as novas funções e fez todo o sentido fazer este programa. A formação é essencial em todas as áreas e deve ser contínua em todos os percursos profissionais. Saber liderar e gerir equipas é uma aprendizagem e devemos procurar sempre formação que nos vá ajudando a chegar mais longe com as nossas pessoas.

Qual o impacto do programa One Step Ahead na sua vida e na sua carreira? 

O programa teve logo impacto na minha vida, pois de uma forma muito transversal deu-me uma série de ferramentas que são essenciais na minha vida profissional e, até depois, na vida pessoal. Para além dessas ferramentas, o facto de me ter possibilitado fazer um programa de mentoring foi uma mais-valia enorme na fase profissional em que me encontrava. Levou-me a perceber que os nossos medos e inseguranças são semelhantes aos de outros e, portanto, são partilhados. Mas também a perceber que somos capazes, porque outros também o foram.

Que objetivos tem para o seu futuro profissional?

Não penso muito nisso. Os desafios e o meu crescimento profissional têm aparecido naturalmente: sou uma pessoa de sorte. Acredito que, se fizermos bem o caminho, aparecerá naturalmente. Felizmente, tem sido assim até agora. Estou focada no presente, no caminho que sei que ainda tenho de fazer e na responsabilidade que tenho perante a minha empresa e as pessoas com quem trabalho. Especialmente, estou focada nas pessoas desta equipa pelas quais tenho um enorme orgulho e que são incríveis aliados no atingimento das metas a que nos propusemos.

Que conselho deixaria a uma jovem executiva que queira fazer carreira na sua área? 

Primeiro, diria que cuidasse das relações das pessoas com quem trabalhamos. Ter tempo para as pessoas. Depois, que nunca deixasse de fazer formação contínua, pois temos sempre coisas novas a apender, coisas a melhorar e outras que podemos alterar. Sem conhecimento, não conseguimos fazer nada. Sem informação, não conseguimos decidir com confiança. A tomada de decisão dos nossos clientes com confiança sustentada pela nossa informação é uma preocupação da Informa D&B, mas aplica-se também à nossa vida; para decidirmos, precisamos de conhecer e de estar informados.  Por último, o mais importante é levarmos a sério os desafios que nos aparecem no caminho. Estes desafios são verdadeiras oportunidades, são o que nos move e nos faz querer chegar mais longe.

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