Cristina Saiago tem uma carreira de quase 30 anos feita na cosmética, tendo participado no lançamento em Portugal de algumas das marcas mais icónicas. Licenciada em Economia, o seu primeiro emprego foi no setor financeiro, mas rapidamente mudou para o Grupo Estée Lauder e nunca mais abandonou a área dos cuidados de rosto, cosmética e perfumaria. Nos 11 anos que trabalhou para a marca norte-americana lançou o Crème de La Mer, com um mega aquário de peixes na Loja das Meias das Amoreiras, a MAC, que entrou no mercado português com a abertura de uma loja em pleno Chiado, e as marcas Tommy Hilfiger e Donna Karan, que rapidamente conquistaram também os portugueses. Seguiu-se a YSL, que dirigiu em Portugal durante cinco anos com as marcas YSL, Boucheron, Van Cleef & Arpels, Roger & Gallet e Stella McCartney. Desde o final de 2008 é diretora-geral do Grupo Clarins, marca líder em skincare na distribuição selectiva em Portugal e na Europa.
“Como disse Zig Zigler “You don’t build a business, you build people and people build businesses”. As pessoas são o maior activo duma companhia. Por isso mesmo, são sempre a nossa prioridade. Quando tempos difíceis chegam, uma equipa motivada, inspirada e feliz consegue reagrupar-se de forma a envidar esforços conjuntos para defender e proteger a companhia.É chegado o momento de mostrar resiliência e capacidade de transformar dificuldades em oportunidades. A confiança e o respeito que as pessoas têm entre si são fulcrais para a equipa se manter calma e coesa.
Desenhar planos alternativos, com pouca visibilidade e certezas no futuro, requer pensar rápido e ter a agilidade necessária para nos adaptarmos às mudanças, imprevisíveis, que surgem. Só uma equipa coerente e focada consegue fazê-lo com oportunidade e eficácia.
A maior dificuldade vem de fora. Dos consumidores, que estão assustados, com a pandemia que nos assolou; e os retalhistas que se sentem perdidos, por terem fechado as lojas. Esse é o nosso maior desafio.
O contacto directo com o consumidor é a nossa forma preferencial de comunicar, e estamos já a usar os instrumentos disponíveis para o fazer. Através de IG, FB, Site, telefone, conseguimos estabelecer diálogo adaptado às circunstâncias. Em tempo de incerteza, a compra por impulso cede lugar à compra mais ponderada. A fiabilidade do produto é o porto seguro do cliente. Esse é o exato lugar que temos ocupado. E sabemos ser credores desse reconhecimento
A sustentabilidade dos agentes económicos é, em suma, a maior preocupação, pois somos inter-dependentes, e é preciso que se mantenham as peças de dominó todas em jogo e em pé.”
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