Freelancers e empreendedores digitais são o principal target da nova tendência no mercado de trabalho, que implica levar o trabalho para outro lugar do mundo (sim, do mundo!) e trabalhar em coworking. Um estilo de vida para quem escolheu a autonomia e a liberdade! Aqui ninguém fica desligado do trabalho, mas também não perde a melhor onda ou deixa de conhecer a cidade mais apelativa do momento. E não estamos a falar de férias, se bem que em alguns locais seja difícil de acreditar que ali se trabalha. Mas é mais apropriado falar-se de “férias com coworkers”, que combinam trabalho e ócio, muitas vezes em lugares exóticos, como nas ilhas de Fiji, Austrália, Nova Zelândia, Bali, Serra Leoa. “Em 2025, esta tendência vai converter-se na norma, porque os millenials representarão 75% da força de trabalho global”, disse Ben Keene à S Moda, a partir de Bali, onde instalou uma comunidade a que chamou Tribewanted.
Cada vez mais a localização para trabalhar é o menos importante e viajar pode transformar-se numa forma de vida.
O coworkation mistura o melhor de dois mundos, as férias e o trabalho, e defende uma nova visão do mundo laboral. “Os interessados são freelancers, empreendedores que não têm tempo para férias e equipas de startups”, disse à mesma revista Peter Fabor, criador do Surf Office. Cada vez mais a localização para trabalhar é o menos importante e viajar pode transformar-se numa forma de vida. Pelo Hubud,criado em Bali por um produtor televisivo e um ex-diretor de projetos da ONU, já passaram duas mil pessoas de 60 países. Também o dinamarquês Michael Bodekaer encontrou um “paraíso laboral” na Indonésia ao fundar o Livit com a premissa de que os empreendedores estão a mudar o mundo e que para eles misturar liberdade e aventura, enquanto desenvolvem os próprios negócios, é muito mais atrativo do que umas férias normais.
É um luxo trabalhar no Hubud, em Bali
Mas o coworkation não anda só por países exóticos com jovens aventureiros. O Coworking Holidays, por exemplo, dirige-se a executivos, diretores, team building, com ofertas de uma alternativa laboral em Girona, entre o mar e a montanha, com golfe e gastronomia espanhola à mistura. E em Lisboa, em agosto, também vai abrir um espaço destes com o Surf Office, uma comunidade que não tem tanto a ver com o surf (apesar de ter começado em Santa Cruz, na Califórnia, e na Gran Canaria, Espanha) mas sim com um conjunto de pessoas que quer quebrar a rotina e apreciar outro estilo de vida.
