Mariana Figueira da Silva, video-coach

Engenheira de formação, tornou-se vídeo-coach, trabalhando com líderes para os ajudar a produzir vídeos empresariais de alto impacto.

Mariana Figueira da Silva é video-coach.

Mariana Figueira da Silva é video-coach: ajuda a fazer “vídeos empresariais de alto impacto humanizado”. Começou por criar a Mondeguitta produções, a primeira marca da empresa produtora de vídeos empresariais que tem um canal de TV online associado, a Mondeguitta TV. Detém ainda a marca ComoGravarVideos.eu que disponibiliza o curso online “Como gravar vídeos de forma autónoma & Conquistar novos CLIENT€S”. Nesta entrevista explica como foi o seu percurso profissional até chegar a esta área e desvenda alguns segredos da sua profissão.

 

Qual foi o seu percurso desde que terminou a faculdade?

Em 2014, com 21 anos, estava licenciada em Engenharia Civil. Deixei Coimbra por uma temporada e fui até Lisboa onde frequentei a AESE Business School.

Durante alguns meses explorei a área da engenharia pela qual queria começar. Aproximei-me do setor premium, de empresas representantes de materiais prestigiados nas áreas da construção e design de interiores. Ia com a vontade de me posicionar junto de quem trabalha com detalhe, com rigor e também de quem defende a filosofia de um serviço diferenciador.

Entre reuniões, surgiu-me um convite em Coimbra para entrar numa empresa de construção em que teria contacto direto com obra, que em contraste com o que procurava, me direcionava para a Engenharia Civil no seu estado mais puro. Esta visão também me agradou bastante! E avancei.

Quais as razões que a levaram a saltar da Engenharia Civil para a comunicação empresarial?

Gostei muito da minha experiência como engenheira civil, mas houve uma pausa, um momento em que surgiu uma oportunidade também muito interessante, avisaram-me que eu teria de sair da empresa porque os engenheiros mais velhos estavam a regressar do estrangeiro. Na primeira semana em que estava desempregada senti a grande vontade de começar um negócio próprio, mas não sabia por onde começar, até que dei um passo.

Criei uma marca, a Mondeguita (a atual Mondeguitta produções), e comecei a gravar entrevistas com empresários de diferentes áreas de atividade para começar a aprender com eles. “Naturalmente” este trabalho de aprendizagem tornou-se um serviço em que os empresários solicitavam as minhas entrevistas para se apresentarem, para apresentarem as suas empresas e partilharem as histórias do seu percurso. Era um formato inovador de comunicação empresarial.

Como se preparou para essa transição?

Para me profissionalizar, para acrescentar ainda mais valor aos meus clientes, à minha marca, regressei a Lisboa onde frequentei a pós-graduação de Comunicação e Marketing de Conteúdos da Universidade Católica. Recebi também certificação em três áreas: Realização de Televisão, Apresentação de Programas de Entretenimento e Jornalismo Radiofónico. Em paralelo com estas formações oficiais, mantive um contacto frequente e ativo com o meio televisivo. E, claro, continuaram as gravações de entrevistas com perfis de profissionais muito diversos.

Em que consiste ser video-coach?

Esta nova profissão que causa muita curiosidade, video-coach, está diretamente ligada ao que faço desde há cinco anos. Tal como o próprio nome indica, é o treino de profissionais, independentemente do cargo ou área de atividade, para comunicarem perante uma câmera de forma eficaz em termos de discurso e de postura. Por exemplo: Sente dificuldade em saber por onde começar para gravar um vídeo? Não sabe que equipamento utilizar? Não gosta de ouvir a sua voz? Fica bloqueado à frente de uma câmera? Perde-se no raciocínio? Não sabe como fazer relativamente à edição? Acredita na importância dos vídeos, mas não tem tempo?

Em simultâneo pretende atingir estes objetivos: vender mais, criar relações comerciais sólidas, abordar clientes através dos vídeos, aumentar a sua notoriedade no LinkedIn, divulgar a sua empresa ou marca pessoal, e tudo isto de uma forma elegante, ágil e genuína? O trabalho de video-coaching vai ajudar. Como video-coach ajudo a potenciar o equilíbrio pessoal e profissional através da gravação de vídeos profissionais e humanizados.

Como caracteriza a metodologia que usa?

Desenhei uma metodologia pioneira de video-coaching, #methodMFS, que está estrategicamente estruturada para profissionais que têm agendas complexas, mas que pretendem surpreender e vender mais através dos vídeos. A metodologia defende o uso de vídeos para negócios e a desconstrução da rigidez que alguns empresários levam consigo. O foco é o treino para a gravação de vídeos com alma e a publicação frequente dos mesmos. Sei que existem muitas áreas de atividade que implicam terminologia complexa, mas é até mesmo nesses casos, que devemos tirar partido do poder dos vídeos humanizados.

Os resultados alcançados espelham-se da seguinte forma:
– A pessoa começa a gravar vídeos e a publicar com frequência de uma forma tão natural como conduzir;
– Os seus potenciais clientes sentem que já conhecem o prestador de serviços pelo facto de o verem e ouvirem com tanta frequência;
– O profissional começa a ser pioneiro no seu setor com a gravação de vídeos e passa a ser uma referência;
– Permite também criar uma diferenciação no momento de abordar alguém, chamando imediatamente a atenção;
– Proporciona a que sejam os próprios potenciais clientes a entrarem em contacto;
– Garante que a nossa mensagem está constantemente a circular por diferentes pessoas sem termos de estar a ligar em momentos desadequados;
– É uma forma elegante de anunciarmos em grande escala o facto de estarmos disponíveis para ajudar, quando precisarem ou se conhecerem alguém que precise.

Pode ver alguns exemplos em ComoGravarVideos.eu.

 

Que principais mudanças regista desde que começou a trabalhar nesta área?

O primeiro aspecto que me surge é a mudança de mentalidades. Sinto que temos uma sociedade muito conservadora e que fugir ao óbvio é muitas vezes um salto complexo. Eu acredito que todos temos dons, mas que muitas pessoas têm os seus bem escondidos. Existe tanto potencial e ao mesmo tempo uma inércia tão grande. É uma pena. Mas também é sinal de que ainda há muito espaço para a evolução.

A pandemia pela qual passámos trouxe muitos momentos de grande dureza. Felizmente também outros de quebra de paradigmas e de libertação de potencial.

Digo sempre que o que custa mais é o primeiro passo, a partir daí “basta” seguir com coerência, garra e entusiasmo. Tem sido uma enorme satisfação assistir a esses primeiros passos e ter influência nesse salto.

Como video-coach é um privilégio conhecer pessoas que trabalham tão bem, que até se encontram num nível confortável e de destaque em termos financeiros, mas que pretendem alcançar outros patamares, e apresentarem um serviço cada vez mais detalhado e diferenciado. Realço também outros profissionais que apesar dos cargos que já ocupam, ao trabalharem com a sua video-coach têm a humildade de destacar que sentem o nosso trabalho como uma experiência enriquecedora, agradável, de ultrapassar barreiras, de auto-descobrimento e a partir daqui começam a posicionar-se noutro nível interno/pessoal e também dentro da empresa que representam ou junto do mercado em que atuam.

Qual a parte mais desafiante do seu trabalho? 
Ainda existem muitas pessoas que pensam que a capacidade de falar perante uma câmera é exclusiva de apresentadores de TV ou que é apenas para quem tem um jeito natural ou uma aparência de modelo. Existe também o bloqueio de ficarem com receio do que os outros vão pensar. E ainda o facto de não conseguirem visualizar como é que um vídeo pode vender efetivamente e gerar tantas outras oportunidades interessantes que abrem portas. São exemplos dos desafios do meu trabalho, ajudar na desmistificação destas crenças. Para além de ter de responder várias vezes à pergunta o que significa ser video-coach Mas são pontos que obviamente fazem parte por ser um mundo novo.

Quais os principais erros cometidos quando se filma um vídeo profissional? 

Enumero três detalhes que se forem ajustados farão a diferença:
1. Eliminar a rigidez no discurso — criar empatia é importantíssimo;
2. Deixar a personagem que foi criada — devemos apostar na autenticidade para existir coerência entre o que somos nos vídeos e pessoalmente;
3. Eliminar as mensagens confusas — um discurso apelativo e fluído estimula à ação.

Parceiros Premium
Parceiros