2ª Conferência de Liderança Feminina: Filipe de Botton

Chairman da Logoplaste — a terceira maior produtora europeia de embalagens de plástico rígido e uma das 10 maiores empresas do mundo neste setor — Filipe de Botton é licenciado em Gestão e Administração de Empresas pela Universidade Católica.

Começou a carreira no setor da banca: entre 1981 e 1992 foi representante, em Portugal, de vários bancos internacionais como Crédit Du Nord, Banque Bruxelles Lambert, entre outros. Acionista fundador da Interfinança (entretanto vendida ao grupo Millennium BCP), ao qual esteve ligado entre 1985 e 1990, e do Fonsecas & Burnay – Sociedade gestora de património, hoje parte do grupo BPI, foi ainda administrador da REN, de onde saiu em 2014. É ainda acionista e administrador de empresas no setor da hotelaria e resorts (com unidades em Portugal e no Brasil) e está presente no setor de produção de vinho, com a marca Logowines.

Presidente do Conselho da Diáspora Portuguesa, foi agraciado com a Ordem de Mérito (Grande Oficial), em 2006, e a Grã-Cruz da Ordem de Mérito Industrial, em 2014, recebendo também vários prémios empresariais, nomeadamente Empresário do Ano (2004) do Congresso Internacional de Empreendedorismo e Venture Capital, “Personalidade de Marketing Industrial 2004” e ainda o Prémio de Carreira da Universidade Católica, em 2011.

Na 2ª Grande Conferência de Liderança Feminina, Filipe de Botton integrará o painel “Dueto de Líderes”, onde estará à conversa com Isabel Vaz, CEO da Luz Saúde.

Quais os principais desafios que as novas lideranças enfrentam?
Diria que o maior desafio que hoje temos de enfrentar tem a ver com a velocidade que nos impõem para tomar decisões e a quantidade de informação que toda a cadeia de valor hoje possui sobre a maioria dos temas.

É ponto assente que qualquer e-mail recebido por quadros dirigentes será lido a qualquer hora do dia ou qualquer dia da semana (independentemente de ser fim de semana, férias ou feriado) e assume-se que será respondido sempre em menos de 24 horas. É uma situação que cria pressão, que têm de se saber gerir.

Por outro lado, temos de ser extremamente cuidadosos no conteúdo da resposta: seja a nível interno ou externo de uma organização, existe uma tal disponibilidade de informação – verídica/fundamentada ou não – que temos de ter o maior cuidado na forma e conteúdo da mesma.

Quais as competências que serão mais valorizadas no líder do futuro?
Penso que não falamos de futuro, mas de atualidade, quanto as estas competências. Saber ouvir e comunicar, ter capacidade de se relacionar com os seus colegas – pares ou subordinados — de potenciar as qualidades de cada um e criar oportunidades com os pontos fracos, de motivar, de gerir conflitos e expetativas. Ser totalmente comprometido com a organização, liderar pelo exemplo, ser franco, honesto e sempre disponível para todos, independentemente do grau hierárquico. Assumir que os valores pessoais são os mesmos que os profissionais.