Soledade Carvalho Duarte tem 31 anos de experiência a ajudar as empresas a recrutar os melhores executivos para funções de liderança. Chegou à Invesco Transearch, em 1986, pouco depois de concluir a licenciatura em Gestão de Recursos Humanos e Psicologia do Trabalho. O executive search era então ainda pouco conhecido em Portugal. Conquista-a de imediato a “paixão pela busca de executivos” e, em 1992, assumiu o desafio de liderar o escritório da empresa em Lisboa, enquanto managing partner, tornando-se na única mulher a liderar uma representação desta multinacional, na Europa. Nos 55 países em que a empresa estava representada, só tinha uma colega a fazer o mesmo, nas Filipinas. Num meio tradicionalmente dominado por “homens de cabelos grisalhos”, como a própria descreve, o empenho e gosto pelo trabalho que desenvolvia foram cruciais para desbravar caminhos e impor-se profissionalmente, apesar da juventude. Saber mobilizar projetos de modo a satisfazer ou superar as expetativas das partes é a sua grande missão profissional.
Na 2ª Grande Conferência de Liderança Feminina irá moderar a mesa redonda “Lições de Liderança de CEO”.
Que atitudes proactivas devem ter as mulheres no sentido de promoverem a sua progressão profissional?
As mulheres de uma forma geral estão a adotar já uma serie de atitudes que as tornam mais visíveis no mercado e acentuam a sua progressão profissional. Prova disso são os números, tímidos é certo, mas crescentes de presença de mulheres em boards e direções de 1.ªlinha. Ainda há caminho a fazer, e, repetindo o que venho a dizer há largos anos, o primeiro a fazer é… as mulheres quererem de facto assumir esses lugares. Há um conjunto de resistências a romper, desde logo a herança cultural e condicionamentos familiares. Depois não pode falhar a vontade, a determinação e o sentido de serviço, atributos indispensáveis a uma liderança.
Que caraterísticas pessoais diferenciadas procuram hoje as grandes empresas nos líderes que recrutam?
Depende muito de organização para organização e do estádio de desenvolvimento em que se encontram, mas há um tronco comum que é mais ou menos transversal. Os lideres têm de ter uma visão clara para onde querem levar a organização, tem de ser inspiradores para levarem consigo as equipas e tem de saber assegurar a implementação. Tem de ter a noção de serviço, um líder que não tem claro que tem de servir a organização, não vai longe. Depois, têm de ser otimistas, positivos, resilientes, robustos, enérgicos e… boas pessoas.
PROGRAMA
9h00 Receção
9h30 Boas vindas Isabel Canha, diretora da Executiva
9h45 Mesa redonda: Liderança 4.0 – o mindset do novo líder
Reflexão sobre as mudanças tecnológicas e o mundo do trabalho, e os desafios do líder do futuro.
Marta Alarcão Troni, administradora Liberty Seguros, Carla Baltazar, senior manager Accenture, Sara do Ó, CEO Grupo Your, Rui Paiva, CEO WeDo Technologies, Isabel Viegas, docente Católica Lisbon, Teresa Cardoso de Menezes, diretora-geral Informa D&B (moderadora)
10h45 Dueto de líderes
Dois CEO à conversa, sem filtro e sem moderador, sobre liderança feminina.
Isabel Vaz, CEO Luz Saúde, e Filipe de Botton, chairman Logoplaste
11h30 Coffee break
11h50 Mesa redonda: Lições de liderança de CEO
Partilha de experiências, em que se revelam as dificuldades e a forma como foram ultrapassadas, e se transmitem conselhos para construir uma carreira de sucesso.
Carlos Rodrigues, presidente BiG, Susana Carvalho, CEO J. Walter Thompson, Ana Paula Rafael, CEO Dielmar, Soledade Carvalho Duarte, managing partner Invesco Transearch (moderadora)
Garanta o seu lugar na 2.ª Grande Conferência Liderança Feminina, que vai regressar ao Auditório Cardeal de Medeiros, da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, no dia 23 de novembro, entre as 9h e as 13h.