Quem o garante é Tânia Trevisan, a CEO (Chief Event Officer) da TEN Trevisan Event Network, que é especialista em criar e produzir eventos de referência no Brasil, em Espanha e Itália. Em Portugal onde é embaixadora da Região de Cascais e Costa do Estoril, vai realizar dia 18 de junho a segunda edição do Integral Woman Portugal, um evento de benchmarking e ações de networking “para aliar conhecimento e equilíbrio interno que promovam o desenvolvimento integral da mulher empreendedora”. Com este evento, Tania quer encorajar as mulheres, partilhar com elas boas práticas de mercado, muni-las de informações e, sobretudo, aumentar-lhes a autoestima. “Percebemos que o momento global vem exigindo cada dia mais participação das mulheres nos diferentes segmentos e em múltiplas funções”, explica. Por isso, vai dedicar a manhã do próximo sábado às empreendedoras e empresárias com temas profissionais, pessoais e culturais, para as “ajudar a crescer como pessoas íntegras e felizes”.
Tania também cumpriu um sonho quando lançou a TEN Trevisan Event Network, uma consultora internacional na área de eventos e comunicação empresarial. Um sonho que realizou após 30 anos de experiência na área dos eventos corporativos e no desenvolvimento de competências-chave em event management.
Atualmente é empresária, mentora e dá palestras sobre temas ligados não só à produção de eventos como ao empreendedorismo feminino. É o que vai acontecer no Hotel Cascais Miragem onde se realizará o Integral Woman Portugal, dirigido às mulheres e às empreendedoras que desejem expandir contactos e conhecimentos. E vai mostrar o que é uma “Empresária Integral”.
“Sou uma empreendedora desde a minha infância.”
Quais são os grandes objetivos deste encontro?
Estes encontros querem proporcionar às participantes informação sobre conteúdos de abrangência profissional, pessoal e cultural, apresentados por palestrantes especializados em diversas áreas, facilitar o acesso a uma rede de networking internacional, partilha de experiências, inspirar e motivar as mulheres que desejam crescer como pessoas integras e felizes.
Como começou a dar importância ao tema do empreendedorismo no feminino?
Sou uma empreendedora desde a minha infância, tendo trabalhado durante pouco tempo para uma organização. A minha inquietude em realizar ações diferenciadas levou-me a criar a minha própria empresa, que começou por ser uma produtora de vídeo, passou a uma agência de publicidade e por fim de eventos, sendo completada pela publicação de uma revista técnica e segmentada para o mercado de eventos, que me abriu fronteiras para ministrar cursos de eventos e realizá-los na Europa, principalmente.
E neste contexto, ao verificar que pequenas agências de eventos eram lideradas, principalmente, por mulheres, motivei-me a analisar quais as carências que mais sentiam para o seu desenvolvimento profissional, ao mesmo tempo que fui tomando conhecimento dos movimentos de empreendedorismo que estavam em crescimento, principalmente por dois fatores – a crise económica, trazendo o desemprego e impulsionando a que todas olhassem para seus talentos e competências, abraçando o desafio de empreender; e a realização profissional vs a gestão do próprio tempo.
“As mulheres pesquisam imenso sobre a forma como iniciar os seus próprios negócios.”
Juntando este cenário e o meu idealismo, levou-me a reunir mulheres empresárias e empreendedoras em encontros e viagens que mostraram o quanto podemos nos ajudar neste caminho.
As mulheres são muito empreendedoras?
Acredito que as mulheres pesquisam imenso sobre a forma como iniciar os seus próprios negócios, muitas vezes, impulsionadas pelo desejo de poderem flexibilizar o seu tempo entre o trabalho e a família. Este facto leva-as a potencializar competências que já são, habitualmente, características femininas, como a capacidade de trabalhar em equipa, sensibilidade, resiliência, criatividade, facilidade em comunicar e ainda a capacidade indiscutível de fazer várias coisas ao mesmo tempo.
O que lhes falta para o serem mais?
Penso que necessitam de ganhar autoconfiança, reforço de autoestima e sentirem que estão no caminho da evolução e equilíbrio. São estes aspectos que, nos nossos encontros, fomentamos com as atividades propostas e também sugeridas pelo grupo Integral Woman.
Que vantagens tem uma mulher empreendedora que um homem não tem?
No meu ponto de vista homens e mulheres empreendedores são pessoas que sonham, acreditam e realizam, que fazem o que gostam, seguem seu coração para alcançarem os seus objetivos, são pró-ativos, geram empregos e receitas. Mas o maior diferenciador é a forma como desenvolvem os seus negócios. A mulher tem muitas armas e em geral grande resiliência para seguir o caminho que determinou, até concretizar seu sonho de empreender.
“As competências principais das mulheres estão ligadas ao desenvolvimento humano e não tanto às ciências exatas.”
O que é uma ‘empresária Integral’?
Uma empresária integral é uma Mulher Completa na sua essência, que se identifica com os valores da partilha de conhecimentos, respeito para consigo e o outro, ética nas suas ações e ser uma líder inspiradora, com atitudes positivas.
A questão das competências digitais é um dos temas em agenda no encontro de sábado. É um “calcanhar de aquiles” para as mulheres?
É sabido que as competências principais das mulheres estão ligadas ao desenvolvimento humano e não tanto as ciências exatas. Certamente temos exemplos de mulheres que se destacam nesta área de TI, como é o caso da jovem e grande empreendedora brasileira, com cerca de 23 anos, que já trabalhou na Google e hoje desenvolve um fantástico trabalho junto de 500 jovens ‘desenvolvedoras’ de TI [Bel Pesce]. Mas a geração de empreendedoras que não tem tanta familiaridade com este tipo de ferramentas, compreendem esta necessidade e desejam capacitar-se dela. É aqui que entra a missão de Integral Woman, contribuindo para o desenvolvimentos destas mulheres.
Esta já é a segunda edição do “Integral Woman Portugal”?
Sim, este será o II Encontro em Portugal e vem com um cariz de êxito e reconhecimento entre as participantes, parceiros e patrocinadores que estão já a associar-se a esta comunidade, identificando o potencial de sinergias e aumento de leads para os seus negócios.
Que balanço faz e o que gostava de conseguir alcançar no final deste próximo encontro?
A minha expectativa, bem como da equipa maravilhosa que apoia este projeto em Portugal, é que consigamos atrair mais participantes, para que também elas sintam a experiência de pertencer a um grupo diferenciado, com propósitos e valores de uma ’Mulher Integral’.
Além disto, expandir esta iniciativa para mais cidades em Portugal com a presença da Embaixadora Integral Woman, gerando novas oportunidades de negócios, uma onda do bem, em prol de uma sociedade mais justa, equilibrada, feliz e um mundo melhor.