“Querido pai, um dia eu também serei assediada”. É assim que começa a campanha lançada por uma organização norueguesa (CARE Norway) a favor dos direitos das mulheres que chama a atenção de pequenos atos diários que se refletem em futuras formas de violência sexual contra as mulheres.
A campanha “Dear Daddy” mostra uma adolescente a relatar ao pai realidades e traumas que as mulheres sofrem no dia a dia para mostrar como “pequenos atos” cometidos por rapazes, como algumas brincadeiras machistas e abusivas com as colegas da escola, são formas de violência sexual e que acabam por conduzir mais tarde a situações muito mais graves. É uma curta-metragem que reflete o impacto da violência dos homens contra as mulheres e os perigos que as meninas e mulheres correm na sociedade de hoje.
“Querido pai, quero agradecer-te por tratares tão bem de mim mesmo não tendo eu ainda nascido. Mas preciso de te pedir um favor. Um alerta. É sobre os rapazes”, começa por pedir a protagonista deste vídeo, que cita momentos como o assédio sofrido na escola por causa de uma saia mais curta ou o desprezo sentido por um colega porque ela não fez o que ele queria ou ainda o dia em que foi chamada de prostituta pelo marido no meio de uma luta verbal que acabou em agressão física.
“Querido pai, eu vou nascer rapariga, portanto faça tudo o que puder para que isso não seja o maior perigo de todos. Não deixe os meus irmãos chamarem putas às raparigas porque um dia algum rapazinho pode acreditar nisso”.
E agora pedimos nós: dê cinco minutos do seu tempo para assistir a este vídeo