7 mitos sobre cartões de crédito

Amigos ou vilões? Depende da utilização que lhes dá. Se os usar de forma correta, ainda pode ganhar dinheiro com eles.

Tenha atenção quando escolhe um cartão de crédito porque eles não são todos iguais

O ideal é não os ter

Não é bem assim. “Os cartões de crédito podem ser ótimos aliados na gestão dos nossos fluxos financeiros”, diz Susana Albuquerque, secretária-geral da ASFAC – Associação de Instituições de Crédito Especializado. Além disso, são uma rede para imprevistos, e muitos “dão acesso a pacotes de seguros diferenciadores e a descontos em alguns serviços”, acrescenta Mariceu Silveira, diretora de Meios de Pagamento da CGD. Saber tirar partido destes benefícios é uma forma de rentabilizar melhor o seu cartão.

Quanto menos usar, melhor

Se souber usar estes cartões pode antecipar consumo e beneficiar de um crédito grátis de 30 dias, sem juros. O segredo está em pagar integralmente o que gasta no final de cada mês. Outra das regras de ouro é “fazer um extrato de utilização do cartão que lhe permita acompanhar os montantes gastos ao longo do mês”, é o conselho de Susana Albuquerque para evitar surpresas desagradáveis.

Idealmente não deveríamos ter mais de dois cartões de crédito, diz Susana Albuquerque, da ASFAC.

Ter vários cartões é bom

Em princípio, não é um bom negócio e pode dar ideia de que não é uma boa gestora do seu dinheiro, e que por isso necessita de ter várias opções de financiamento a que recorrer. “Idealmente não deveríamos ter mais de dois cartões de crédito, um pessoal e outro da empresa, de forma a evitar custos financeiros desnecessários – como a anuidade, por exemplo -, e poder controlar com mais facilidade a sua utilização”, acrescenta a secretária-geral da ASFAC.

O pagamento tem de ser sempre fracionado

Pode optar por fazer a liquidação do montante em dívida no final de cada mês, ficando assim isenta do pagamento de qualquer juro, e mesmo que tenha contratado o pagamento fracionado, tem a possibilidade de alterar essa situação a qualquer momento. Em algumas situações pode ser “uma forma de libertar o limite de crédito para uma outra compra que necessite de efetuar”, esclarece a diretora de Meios de Pagamento da CGD.

É aconselhável ter um limite de crédito baixo

É uma segurança saber que em nenhuma situação, por mais tentadora que seja, excederá o montante que definiu como razoável, mas por outro lado, pode transmitir a imagem de que o seu banco não lhe atribuiu um montante superior devido a comportamentos menos responsáveis no passado. Pague as suas contas a tempo e horas e depois fale com o seu gestor de conta para lhe aumentar o crédito disponível. Não paga mais por isso.

Este meio de pagamento pode ajudar a fazer face a situações pontuais, realça Mariceu Silveira, da CGD.

Não vale a pena pagar tudo de uma vez

Para muitos a grande vantagem destes cartões é poder pagar as compras em ‘suaves prestações’. Mas atenção pois as taxas de juro são muito altas. “Antes de os usar como crédito com juros deverá comparar outras ofertas de crédito existentes para  compra dos bens ou serviços que pretende adquirir”, recomenda Susana Albuquerque, uma vez que há linhas de crédito com taxas de juro mais favoráveis. Mariceu Silveira realça no entanto, que este meio de pagamento pode realmente ajudar a fazer face a situações pontuais. Diluir o impacto do pagamento do IMI ou de uma formação executiva no orçamento do mês é uma possibilidade interessante.

O valor da anuidade é muito elevado

Mesmo que tenha essa ideia, na hora de contratar um novo cartão informe-se junto do seu banco em que condições o seu valor poderá ser devolvido. Em alguns bancos, como na CGD, por exemplo, há alguns cartões de crédito sem anuidade, mas mesmo aqueles que implicam o seu pagamento, preveem que ela possa ser devolvida se o cartão for utilizado dentro de determinado prazo ou logo que atinja um montante médio de faturação fixado pelo banco, adianta Mariceu Silveira.

Pense três vezes antes de usar

Os cartões de crédito são uma tentação, em que facilmente nos deixamos levar. Por isso Susana Albuquerque aconselha a que antes de o usar pense se a compra que vai fazer é realmente essencial, pois o cartão favorece a compra por impulso e pode levá-la a comprar coisas de que realmente não precisa, podendo em vez disso investir noutras que são necessárias. Uma técnica eficaz é a da compra-consciente. Se no momento da compra for capaz de imaginar três outras coisas que compraria com esse dinheiro e ainda assim preferir a compra que está prestes a fazer, então essa é de facto uma compra consciente, que lhe trará maior satisfação e bem-estar.

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