Prémios Dona Antónia distinguem Maria João Avillez

Na sua 34.ª edição os Prémios Dona Antónia Adelaide Ferreira distinguiram Maria João Avillez, como Prémio Consagração.

Maria João Avillez é a vencedora do Prémio Consagração Dona Antónia.

Maria João Avillez, uma referência do jornalismo político nacional é a vencedora do Prémio Consagração dos Prémios Dona Antónia Adelaide Ferreira, que têm como objetivo, desde a sua génese, em 1988, distinguir e prestigiar mulheres portuguesas com um percurso de vida excecional, que se destacam pelas suas qualidades humanas, espírito empreendedor, capacidade de liderança e sensibilidade social, abertura à inovação e constante procura pelo seu próprio desenvolvimento.

O júri, presidido por Artur Santos Silva, entrega anualmente o Prémio Consagração de Carreira, que homenageia um percurso de vida consolidado e merecedor de inequívoco reconhecimento público, e um Prémio Revelação — este ano ganho por Maria do Carmo Teixeira Bastos —, que procura enaltecer uma carreira de relevância em fase de afirmação e desenvolvimento.

Todas as vencedoras são protagonistas de uma história única e diferente, seguindo o exemplo da vida e obra de Dona Antónia e identificando-se com os valores pessoais e profissionais personificados pela mesma. Personagem ímpar na história do Douro, empreendedora e de forte caráter humanista, Dona Antónia inspirou, de forma determinante, o desenvolvimento da grande casa de Vinho do Porto, Porto Ferreira, e de toda a viticultura duriense, contribuindo para o desenvolvimento económico, social e cultural do nosso país.

“É com grande responsabilidade e sentido de missão que a Sogrape promove, ano após ano, este prémio enquadrado no seu plano de responsabilidade social. Ao distinguir mulheres notáveis que pelas suas características humanas e competências profissionais têm deixado uma marca positiva nas nossas comunidades e no nosso país, a Sogrape está não só a reconhecer, com toda a justiça, o empenho e a obra por elas realizada mas também, e acima de tudo, a promover role models que podem inspirar mais jovens mulheres a empreender e a contribuir para um mundo melhor”, refere Raquel Seabra, administradora executiva da Sogrape.

 

Prémio Consagração: Maria João Avillez

Maria João Avillez dedicou a sua carreira ao jornalismo, sendo reconhecida como a “cronista da política portuguesa”, uma vez que é a mulher que escreveu os livros mais icónicos dos últimos 50 anos na área da política, com especial foco entre os protagonistas políticos do pós-25 de abril. Sempre se destacou pelo seu poder de observação e gosto por contar histórias e do jornalismo “cara a cara”, dotada de uma curiosidade sem fim.

Com apenas 17 anos iniciou-se na área da comunicação social como locutora do Programa Juvenil da Radiotelevisão Portuguesa, acompanhada de João Lobo Antunes, Júlio Isidro e Lídia Franco. Começou a desenhar a sua carreira passando pela Rádio Renascença, TSF, RTP, Público, Diário de Notícias e Expresso, onde assinou centenas de programas semanais de rádio e televisão, e se fez notar no semanário de Francisco Pinto Balsemão e Marcelo Rebelo de Sousa. Em 1981 venceu o Prémio EFE, entre 350 candidaturas, para a Melhor Reportagem do Ano, com a peça “Sá Carneiro – o Último Retrato”. Já na SIC Notícias, onde trabalhou desde a sua fundação, conduziu o programa Conversa Afiada, entre 2001 e 2003, onde recebeu personalidades ímpares da sociedade portuguesa, desde políticos, jornalistas, escritores ou artistas plásticos, tendo depois abraçado o projeto Outras Conversas, dedicado a entrevistas políticas. Mais recentemente foi comentadora de assuntos políticos na TVI24 e cronista na revista Sábado, no Rádio Clube Português e no Observador, desde 2014. Foi precisamente neste ano que foi ainda condecorada como Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.

Entre os livros que escreveu e se mantêm imortalizados, destacam-se Entre Palavras, em 1984, quatro livros dedicados a Mário Soares, entre os quais uma biografia autorizada – Soares – o Presidente, em 1996, e ainda Conversas com Álvaro Cunhal, em 2004. Esta é a segunda vez que os Prémios Dona Antónia destacam uma das personalidades mais marcantes da comunicação social, após o reconhecimento de Teresa de Sousa em 2014, na 26ª edição.

 

Sobre Dona Antónia Adelaide Ferreira

Dois séculos depois do nascimento de Dona Antónia Adelaide Ferreira (1811-1896), que os seus conterrâneos apelidaram carinhosamente de “Ferreirinha”, evocar esta figura ímpar da história do Douro Vinhateiro é prestar uma justa homenagem a uma mulher que se tornou um símbolo não só do empreendedorismo e da viticultura duriense, mas também um exemplo maior do altruísmo e da generosidade para com os mais necessitados.

Dona Antónia faleceu a 26 de março de 1896 quando estava prestes a completar 85 anos de uma vida intensa ao serviço da causa do Douro Vinhateiro e dos seus habitantes, principalmente os mais pobres e desfavorecidos, tendo sido sem dúvida uma das personalidades mais marcantes da história de uma das primeiras e mais importantes regiões demarcadas da viticultura em todo o Mundo.

Esta mulher franzina, mas também vibrante e corajosa, tornou-se um símbolo raro de empreendedorismo e é hoje recordada como um exemplo de tenacidade no combate ao drama e à miséria que se abateram sobre a região do Douro em consequência da praga da filoxera, destruidora de grandes vinhedos e dos sonhos de muitos agricultores arruinados. Um cenário de desolação a que a Ferreirinha soube responder com firmeza na luta contra a doença das videiras, através da investigação dos processos mais evoluídos de produção do vinho, de novas grandes plantações de vinha e de aquisições avultadas de terras e de vinhos a proprietários temerosos e descapitalizados.

Herdeira de uma família abastada do Douro com uma importante atividade no cultivo da vinha e na produção de Vinho do Porto, Dona Antónia viu-se na contingência, aos 33 anos de idade, após ter enviuvado, de assumir a liderança dos negócios familiares e de desenvolver aquela que viria a ser a casa FERREIRA – missão que cumpriu com raro brilhantismo, revelando uma extraordinária vocação empresarial.

Mas Dona Antónia não se limitou a gerir a fortuna recebida por herança. Antes investiu, de forma apaixonada e intensa, na Região do Douro que tanto amou, sem esperar pela proteção ou apoio do Estado. Da Ferreirinha se dizia que era generosa com os pobres e mais fracos, mas altiva com os mais ricos e poderosos; e que estava com a mesma naturalidade em casa dos trabalhadores mais modestos ou no Palácio Real. Todos estes atributos, a que se juntaram os seus vinhos finos, de qualidade premiada nas mais prestigiadas exposições internacionais, contribuíram para que esta mulher ímpar tenha adquirido uma aura mítica no mundo dos negócios, na Região do Douro, estendendo-se o seu reconhecimento a nível nacional.

 

PREMIADAS DAS EDIÇÕES ANTERIORES

1ª edição – Prémio 1988 

Maria do Rosário Nunes de Carvalho Teixeira 

 

2ª edição – Prémio 1989 

Maria Cândida Oliveira Sousa Morais

 

3ª edição – Prémio 1990 

Catarina Hall (Prémio estímulo / MBA)

 

4ª edição – Prémio 1991 

Maria do Carmo Portela de Herédia Vieira da Fonseca 

 

5ª edição – Prémio 1992 

Elisa Ferreira

 

6ª edição – Prémio 1993 

Ana Maria Guedes Antunes de Oliveira (Prémio estímulo / MBA) 

 

7ª edição – Prémio 1994 

Rosalina Machado 

 

8ª edição – Prémio 1995 

Isabel Maria Lucena Vasconcelos Mota

 

9ª edição – Prémio 1996 

Maria Teresa da Silva Lopes (Prémio estímulo / MBA) 

 

10ª edição – Prémio 1997 

Vera Nobre da Costa 

 

11ª edição – Prémio 1998 

Estela de Magalhães Barbot 

 

12ª edição – Prémio 1999 

Graça Maria Cavaco de Morais (Prémio estímulo / MBA) 

 

13ª edição – Prémio 2000 

Maria de Jesus Barroso Soares 

 

14ª edição – Prémio 2001 

Graça Viterbo 

 

15ª edição – Prémio 2002 

Ana Teresa Tavares (Prémio estímulo / MBA) 

 

16ª edição – Prémio 2003 

Inês Costa Garcia / Maria João Teixeira Queiroz 

 

17ª edição – Prémio 2004 

Mafalda Mendes de Almeida 

 

18ª edição – Prémio 2005 

Catarina Sismeiro / Joana Resende (Prémio estímulo / MBA) 

 

19ª edição – Prémio 2006 

Maria da Purificação Tavares 

 

20ª edição – Prémio 2007 

Isabel Jonet 

 

21ª edição – Prémio 2008 

Joana Santos Silva 

 

22ª edição – Prémio 2009 

Joana Carneiro 

 

23ª edição – Prémio 2010 

Leonor Beleza

 

24ª edição – Prémio 2011 

Raquel Seabra

 

25ª edição – Prémios 2012 

Maria do Carmo Fonseca 

 

26ª edição – Prémios 2013 

Prémio Consagração de Carreira: Luísa Bastos Almeida 

Prémio Revelação: Marta Brandão 

 

27ª edição – Prémios 2014 

Prémio Consagração de Carreira: Teresa de Sousa 

Prémio Revelação: Ana Ventura Miranda 

 

28ª edição – Prémios 2015 

Prémio Consagração de Carreira: Teodora Cardoso 

Prémio Revelação: Raquel Oliveira 

 

29ª edição – Prémios de 2016 

Prémio de Consagração de Carreira: Maria Amélia Ferreira 

Prémio Revelação: Leonor Teles 

 

30ª edição – Prémios de 2017 

Prémio Consagração de Carreira: Ana Pinho 

Prémio Revelação: Nádia Piazza 

 

31ª edição – Prémios de 2018 

Prémio Consagração de Carreira: Isabel Furtado 

Prémio Revelação: Cristina Fonseca

 

32ª edição – Prémios de 2019 

Prémio Consagração de Carreira: Maria Manuel Mota 

Prémio Revelação: Sara do Ó

 

33ª edição – Prémios de 2020 

Prémio Consagração de Carreira: Catarina Furtado 

Prémio Revelação: Alexandra Machado

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