Maria José Amich: “Aplaudo a ambição das mulheres de quererem chegar a CEO e apostarem num MBA”

Depois de uma carreira de três décadas no mundo empresarial, há cinco anos que Maria José Amich é diretora executiva do The Lisbon MBA Católica | Nova, o único MBA em Portugal distinguido como um dos melhores do mundo. Garante que o sucesso do programa é o resultado do esforço contínuo para fazer mais e melhor.

Maria José Amich é diretora executiva do The Lisbon MBA Católica | Nova.

Aos 21 anos, depois de terminar a licenciatura em Economia, na Universidade de Genève, Maria José Amich começou a sua carreira em Copenhaga como consultora de gestão. Passou pela banca, como analista financeira, em Madrid, antes de entrar no setor de FMCG, onde trabalhou cerca de uma década, em funções de direção de marketing e comercial. Admite que poderia ter brilhado numa carreira internacional, convites que recusou, por três vezes, para dar prioridade à família, e que garante ter sido a decisão de que mais se orgulha. Ao longo do percurso, ocupou cargos de liderança no setor dos media e do fashion retail, tendo ainda dirigido uma consultora espanhola especializada em branding. Desde que assumiu, há cinco anos, a direção do The Lisbon MBA Católica | Nova, a sua missão tem sido aproximar o MBA ao mundo empresarial e expandir o seu foco no empreendedorismo e na inovação, através de parcerias com aceleradoras e com o Web Summit, entre outros. Assim, como alargar o seu foco global, com a renovação da colaboração com o MIT Sloan, nos Estados Unidos, e com outros MBAs que permitem aos alunos fazer cadeiras e desenvolver projetos na Suiça, Espanha, Africa do Sul, Brasil, e Estados Unidos. E, mais recentemente, em Singapura, durante uma imersão de formação intensa de uma semana.  Estes avanços têm servido para enriquecer o firme propósito do The Lisbon MBA de “formar líderes globais capazes de criar impacto positivo no negócio e na sociedade.”

 

Nasceu em Barcelona e mudou-se para Portugal, há três décadas. Sente muitas diferenças entre os dois países, principalmente no que toca a gestão e a liderança?

Houve uma grande e rápida evolução em termos de liderança, que é transversal aos dois países. As empresas aperceberam-se, num mundo de alta volatilidade e mudança, da necessidade de ter o foco na inovação e na agilidade na tomada de decisões. Desta forma, cada vez mais empresas passam de uma liderança diretiva e hierárquica, para uma liderança distribuída, colaborativa, de redes com equipas que têm autonomia e capacidade de se auto-liderar e de tomar decisões. Para que isto funcione tem de haver confiança nas equipas e nos seus líderes, e é óbvio que para inovar tem de se arriscar e aceitar o erro. O fracasso tem de ser incluído na gestão como uma ferramenta fundamental para se poder aprender e avançar, numa ótica de fail fast, learn faster.

Estamos também a passar cada vez mais, e felizmente, de uma liderança focada unicamente nos lucros, para uma liderança focada no benefício alargado de todos os seus stakeholders, o que parece-me estar a acontecer nas empresas, de forma indiferenciada, nos dois países.

No entanto, é na forma como as pessoas comunicam que vejo diferenças, e foi onde tive a maior surpresa quando vim para Portugal. Os espanhóis são muito mais informais e diretos, são capazes de dizer ‘sim’ e ‘não’, sem receio da confrontação. Em Portugal, continua a existir um maior formalismo, um cuidado nas palavras. Custa dizer ‘não’, e isso, muitas vezes, é uma barreira para se avançar. Já me aconteceu, em várias ocasiões, sair de uma reunião, sem saber se aquilo foi um ‘sim’ ou um ‘não’ à proposta realizada. Por outro lado, os portugueses têm a fama de ser gentis, o que é bom. Às vezes, nesta velocidade de fazer as coisas, perdemos a gentileza e a educação. Espero que seja um valor que se mantenha, mas sem esse formalismo que impede a espontaneidade, a agilidade e a capacidade de adaptação e de seguir em frente.

 

Os meus pais, que só tiveram filhas, disseram-nos que a herança que nos deixavam era a nossa educação, o que nos permitiria a nossa realização pessoal, mas também a nossa independência. Este valor da independência económica fez parte do meu crescimento.

 

Quais as principais etapas do seu percurso profissional de quase três décadas no mundo corporativo, à frente de projetos e negócios em contextos nacionais e internacionais?

Comecei a trabalhar muito cedo. Aos 21 anos, terminei a licenciatura em Economia, na Universidade de Genève, e recebi uma proposta para ir trabalhar para a Dinamarca, num projeto de consultoria, para uma empresa de engenharia dinamarquesa. Regressei a Espanha depois desta enriquecedora experiência para fazer o MBA no IESE, com a sorte de poder fazê-lo na minha cidade natal, Barcelona. O MBA foi um ‘abrir de olhos’ e de portas. Eram tempos bons economicamente, e acabei com sete propostas de emprego, mas sem saber para onde endereçar a minha carreira. Naquela altura, não existiam os serviços de carreiras, de coaching ou mentoria, que agora todos os MBA de prestígio têm. Como tinha feito o meu estágio como analista financeira, acabei por aceitar o convite de um banco, em Madrid, para continuar a carreira nesta área. Embora tenha aprendido imenso, descobri que não era o que me fazia feliz, e acabei por sair e aceitar uma proposta para trabalhar no setor de FMCG, que considero ser a minha primeira etapa profissional, onde estive cerca de uma década. Comecei por trabalhar numa empresa espanhola com presença internacional, a Puig, onde trabalhei as marcas de mass market e de luxo. Já em Portugal, estive na Gillette, que hoje é a P&G. Depois ingressei na Kellogg´s, onde tive três propostas de desafio internacional, que acabei sempre por recusar, a última da quais para abrir os escritórios na Polónia. Tinha 33 anos, e teria sido algo muito desafiante profissionalmente, mas a minha filha era muito pequena e o meu marido não podia acompanhar-me. Priorizei a minha família e fiquei em Portugal.

Abracei, depois, um novo desafio no setor dos media, que marca o início da minha segunda etapa, em que percebo que a minha vida está cá, e por isso, tenho de seguir o meu rumo em Portugal. Fui dirigir a Sojornal.com e depois a Gesco, uma spin-off do Grupo Impresa, onde trabalhei durante uns anos. Saí quando recebi uma proposta do então diretor da escola de negócios AESE, para ajudar a definir o programa de MBA, uma vez que acabavam de inaugurar o seu edifício.

Entretanto, surge o projeto de fashion retail, a minha terceira etapa. Nessa altura, já tinha dois filhos, e caminhava para ter o terceiro, e este novo desafio permitia-me trabalhar em part-time, como diretora de comunicação e advisor do board do Grupo Regojo. Depois deste percurso de cinco anos, fiz uma pequena incursão noutra empresa de media, no semanário Sol.

A quarta etapa surgiu quando fui desafiada pela consultora espanhola de branding, Summa, para trazer o negócio para Portugal e foram cinco anos de trabalho extremamente interessantes. Era um projeto empreendedor dentro de uma corporação. Nessa altura, já tinha feito dois projetos de empreendedorismo, enquanto trabalhava em part-time. Um projeto de moda, de affordable luxury and resort wear, e o outro foi a Women Win Win, uma associação sem fins lucrativos para apoiar a iniciativa empresarial das mulheres.

A minha etapa mais recente foi quando entrei no The Lisbon MBA Católica | Nova, há cinco anos.

 

Retomando o momento em que fundou a Women Win Win, que razões a levaram a criar esta associação, que pretende inspirar as mulheres a verem o empreendedorismo como uma opção para dar continuidade à sua carreira profissional?

Houve duas muito importantes. Uma tem a ver com a educação que tive. Os meus pais, que só tiveram filhas, disseram-nos que a herança que nos deixavam era a nossa educação, o que nos permitiria a nossa realização pessoal, mas também a nossa independência. Este valor da independência económica fez parte do meu crescimento.

A outra razão, surge quando se dá a crise financeira em Portugal, e tocava-me profundamente ver mulheres de grande talento perderem os seus empregos e sem poderem dar seguimento às suas carreiras, em Portugal. Sendo que muitos amigos meus naquela altura acabaram por ir trabalhar para Angola ou Brasil, elas ficavam em Portugal, com os filhos e com o cuidado dos pais, sem dar seguimento a uma possível carreira internacional. Mas pensei: porque é que estas mulheres não utilizam o seu talento e experiência profissional para criar o seu próprio negócio?

Estávamos em 2007/2008, e na altura não se falava de empreendedorismo. Fui ver o que se fazia noutros países, onde havia plataformas e redes de mulheres empreendedoras em comunidades, a entreajudarem-se, para vingarem nos negócios. Comecei a trabalhar a ideia, e com o apoio de duas excelentes consultoras, demorei dois ou três anos a lançar a iniciativa como uma associação sem fins lucrativos. Womenwinwin.com foi a primeira comunidade online de mulheres empreendedoras em Portugal.

Lançamos a plataforma online, que permitia expandir os contatos de uma forma simples e divulgar o negócio. Criamos o prémio ‘Mulher Empreendedora do mês’, com a partilha de casos de sucesso. Fizemos um sem número de eventos de formação e de networking, e criámos o programa de business mentoring para mulheres, que foi pioneiro. Participamos num projeto pan-europeu WA4E- Women Angels for Europe´s Entrepreneurs que contou com o apoio da Comissão Europeia e cujo objetivo era perceber as barreiras das mulheres em escolher tornarem-se business angels. E chegou a pandemia que nos obrigou a parar. Estamos agora a pensar relançar a associação, com uma vertente mais internacional e com foco no crescimento e expansão do negócio.

 

Qual foi até hoje o maior desafio profissional de que mais se orgulha?

Orgulho-me da minha decisão de não ter aceitado o desafio de ir para a Polónia. Foi muito difícil para mim porque o convite era único e teria sido a ponta-de-lança de uma carreira internacional numa das melhores multinacionais de FMCG, mas escolhi dar prioridade à família. Apesar de achar que poderia ter tido uma projeção profissional francamente prometedora, escolhi conciliar uma vida profissional interessante com uma vida pessoal equilibrada e contribuir para alargar e dar estabilidade a família. Hoje  orgulho-me de ver os meus filhos realizados, a tirarem partido da educação e dos valores que lhes incumbimos.

 

O que me ajudou a encontrar o meu lugar e a crescer é a ambição e a curiosidade constante de aprender todos os dias.

 

O que é que trouxe das suas experiências anteriores para o cargo que ocupa na direção executiva no The Lisbon MBA Católica | Nova?

Acho que ter estado na gestão de empresas em diferentes setores, áreas funcionais e culturas organizacionais distintas, tem-me dado uma visão do mundo dos negócios e da liderança alargada, o que me ajuda a poder apoiar os nossos alunos e trabalhar com diferentes stakeholders.

A capacidade de adaptação, de inovar, mas também de criar redes, de desenvolver parcerias, para obter maiores e melhores resultados, tem sido fundamental na minha carreira, e o The Lisbon MBA é o resultado de uma parceria única. Uma aliança entre duas escolas de negócio líderes em Portugal, e na Europa, em colaboração com uma escola líder nos Estados Unidos, MIT Sloan. Para conseguir consensos tem-me ajudado bastante ter tido uma carreira profissional diversificada, e uma alargada rede de contatos.

Por outro lado, a minha atitude perante a vida, de ambicionar ir mais além, de alargar fronteiras tem sido, penso eu, importante. Aproximar o mundo empresarial ao mundo académico é um dos grandes propósitos e, para isso, temos feito bastantes parcerias, durante este meu mandato. Para exemplificar, com a Unilever, desenvolvemos um módulo para apoiar os alunos do International MBA a definir e desenvolver o ‘seu propósito’. Com a Marinha Portuguesa, temos implementado módulos de liderança na Escola de Fuzileiros – Marinha de Portugal. Com a McKinsey, colaboramos em sessões de team building. Com a Beta-i, e mais tarde, com a StartUp Lisboa, desenvolvemos um programa de aceleração para os alunos que querem criar a sua própria start-up. Lançamos o The Lisbon MBA Talks with CEO, onde temos regularmente líderes de empresas a virem dar palestras aos nossos alunos. E, no próximo ano iremos lançar o programa de mentoria com CEO para os nossos alunos do Executive MBA.

Também a minha aspiração de tornar este MBA mais internacional tem dado os seus frutos. Alargámos parcerias para o programa de Exchange, com escolas como Esade, St. Gallen e a Fundação Dom Cabral, para alavancar a experiência académica internacional dos nossos alunos, em Espanha, Suiça, Brasil e Singapura. Mas também em projetos de consultadoria internacional, com parcerias com escolas de negócio como a Insper, em São Paulo, com a qual trabalhamos vários projetos para a empresa Galp. E, mais recentemente, com a Scheller College of Business, da Georgia Tech University, com a qual implementamos um projeto para a Sumol Compal.

Finalmente, também temos aumentado as parcerias para dinamizar a oportunidade de action learning dos nossos alunos em projetos de consultadoria na área ESG, trabalhando com empresas e instituições como Hovione, Nos, CM de Cascais, e a Universidade Nova, entre outros.

 

Quais as características que considera que a trouxeram até ao cargo que ocupa?

O que me ajudou a encontrar o meu lugar e a crescer é a ambição e a curiosidade constante de aprender todos os dias. A ambição de fazer mais, de fazer melhor, de rodear-me de bons profissionais, de criar orgulho naquilo que fazemos. É esta vontade de desafiar o status quo, de arregaçar as mangas e dizer que é possível fazer muito mais e ter a ambição para fazer acontecer.

Mas também a curiosidade de querer alargar fronteiras e horizontes, e de ter um propósito. É muito importante que as pessoas sintam que aquilo que estamos a fazer tem uma missão por trás, que vai mais além do que os resultados económicos. O propósito de fazer com que este MBA consiga atingir mais pessoas, atrair mais talento, nacional e internacional, e continuar a ser reconhecido por ser um dos melhores do mundo.

 

Juntamos três escolas de grande renome mundial. Damos muita ênfase ao recrutamento de talento internacional para que exista diversidade na sala de aulas, em todas as suas áreas, de nacionalidades, de background académico e profissional, de género, e de idade. Somos um MBA do mundo para o mundo.

 

O The Lisbon MBA Católica | Nova destaca-se entre os melhores do mundo, ocupa nos recentes rankings do Financial Times, o top 50 mundial e o top 25 europeu. O que o diferencia de outras formações executivas, em Portugal?

Juntamos três escolas de grande renome mundial, 40% dos nossos professores são de procedência internacional e 100% tem uma componente curricular internacional, seja académica ou profissional. Damos muita ênfase ao recrutamento de talento internacional para que exista diversidade na sala de aulas, em todas as suas áreas, de nacionalidades, de background académico e profissional, de género, e de idade. Somos um MBA do mundo para o mundo.

Temos uma visão global da educação e parcerias internacionais, como a nossa colaboração de longa data com o MIT Sloan School, o 6.º melhor MBA do mundo, com quem celebramos este ano o 15º aniversário da nossa parceria. Como já mencionei, abrimos possibilidades para os nossos alunos poderem fazer cursos e projetos de consultadoria com outros MBA internacionais parceiros. Temos um foco numa formação holística, que combina a aquisição de competências técnicas de gestão com o desenvolvimento comportamental de liderança.

Entendemos que o MBA é uma jornada de transformação, na qual o aluno tem tempo, num ambiente de confiança, de definir e desenvolver o seu estilo de liderança, num mundo complexo, de alta volatilidade e ambiguidade. Seja através de uma formação em temas ligados a competências de liderança – como comunicação efetiva, capacidade relacional, escuta atenta, aprender a dar feedback, delegar, incentivar, influenciar, negociar, entre outros. Ou na participação em sessões de group, peer coaching, e mentoring, fazendo uma trajetória que lhe permite aprender a se auto-liderar e liderar os outros com impacto.

Adicionalmente, o The Lisbon MBA é orientado para o action learning, ou seja, aprender fazendo. Por isso, proporcionamos oportunidades aos alunos para aplicarem os seus conhecimentos no seu dia a dia. Seja nas empresas onde estão a trabalhar. Seja em sala de aula através de discussão de casos reais e/ou da participação na discussão de lideres corporativos convidados. Seja em projetos de consultadoria, de negócio, simulações e/ou incubadoras de aceleração de empreendedorismo.

Os alunos que fazem o nosso MBA querem progredir nas suas carreiras com propósito, e por isso a ligação com o mundo empresarial e a projeção internacional, são fundamentais. É todo este conjunto de elementos que nos define e que nos inspira.

 

De que forma está a AI a impactar os programas de MBA e que mudanças são expectáveis a curto prazo? 

Sabemos que GenAI (Generative Artificial Intelligence), e LMM (Large Multi Modal), que combina LLM (Large Language Models) de texto,  images, audio, video, e potencialmente outros formatos, vão mudar a forma como vivemos, aprendemos e nos relacionamos. Também o foco das empresas em ESG (Environment, Social & Governance) é crítico para progredir em sustentabilidade, diversidade e inclusão. Assim, o nosso curriculo é revisto anualmente, integrando estas novas tecnologias e tendências, tanto nas disciplinas core, como na oferta de cursos electivos especializados em AI, Big Data, Governance ou outros. Para que os nossos alunos, não só saibam utilizar e integrar estas tecnologias para melhorar os modelos e processos de negócio nas suas empresas, mas também conheçam os riscos e saibam utilizá-las com integridade e ética.

Para exemplificar, um plano de negócios que antes era feito numa semana, com a GenAI é feito apenas com um clique. Por isso, o curso de empreendedorismo no nosso parceiro MIT Sloan, permite que os alunos se dediquem a afinar a sua proposta de valor, validar os seus pressupostos, expandir a sua pesquisa de mercado, implementar um protótipo e testar e melhorar as suas competências de pitch. Esta ferramenta vai dar muito mais espaço para desenvolver competências de pensamento crítico, estratégico e criativo, que são chave para acelerar a inovação, a adaptação e a execução da mesma nas empresas.

 

Agrada-me muito ver que há cada vez mais mulheres a apostarem na sua formação e na sua carreira profissional, a aspirarem aos lugares mais altos da liderança nas empresas.

 

A diversidade de género é um dos tópicos das escolas de negócio. Qual a representatividade feminina no The Lisbon MBA Católica | Nova e que estratégias adotaram para aumentar o número de mulheres?

Temos dois programas, o International MBA em full-time para profissionais com uma média de 8 anos de experiência profissional (mínimo 3 anos), e o Executive MBA  em part-time, para profissionais com uma média de 12 anos de experiência profissional (mínimo 5 anos) e temos aumentado cada vez mais a presença de mulheres. Pela primeira vez, este ano, o International MBA, tem mais mulheres do que homens, cerca de 55%, e o Executive MBA 35% são mulheres.

Agrada-me muito ver que há cada vez mais mulheres a apostarem na sua formação e na sua carreira profissional, a aspirarem aos lugares mais altos da liderança nas empresas. Aplaudo esta ambição das mulheres de dizerem, ‘eu quero chegar a CEO’, ou ‘quero ter uma carreira internacional, e preciso de fazer um MBA’.

 

Porque é que há menos mulheres no Executive MBA?

Continuamos a ter uma sociedade onde o maior peso de responsabilidade familiar recai sobre a mulher, e o programa Executive MBA tem uma média etária de 38 anos, etapa em que a mulher se depara com muitas exigências, profissionais e familiares. Investir num MBA vai exigir um esforço adicional de atenção e foco, e muitas vezes não se consegue conciliar com aquilo que já se tem. Por vezes, essa limitação é uma autolimitação e, por isso, utilizamos histórias de role models. Convidamos alumni mulheres que fizeram o The Lisbon MBA, com situações idênticas de responsabilidades familiares e empresariais, para contarem a sua experiência e como conseguiram ultrapassar obstáculos, e como o MBA representou uma forte alavanca de progresso nas suas carreiras.

 

Que estratégias adotaram para aumentar o número de mulheres?

Temos uma bolsa, Women in Business, baseada no mérito, que é especificamente para as mulheres. É aplicada nos dois programas, e promovemo-la através de vários canais, o que tem proporcionado um excelente contributo para que mais mulheres decidam fazer o MBA no The Lisbon MBA Católica | Nova.

 

Há métricas que comprovem de que forma é que estes MBA melhoraram a carreira das mulheres?

As métricas que temos, são generalistas, e centram-se na empregabilidade e salários médios dos nossos alunos. Segundo o ranking do Financial Times, quem faz o The Lisbon MBA Católica|Nova, vê o seu salário crescer, em média, 81%, no caso do International MBA e, 66% no Executive MBA, três anos após concluir o MBA, atingindo em média um salário bruto anual de 120.575 USD (aproximadamente 115.000€) para o International MBA e 204.430 USD (cerca de  195.000€) para o Executive MBA.

 

Apesar de haver outros programas de formação executiva, o MBA continua a ser o rei do high education, muito valorizado pelas empresas.

 

Como tem evoluído o mercado de MBA nos últimos anos?

É um mercado muito exigente e competitivo, há muita concorrência, não só com outros programas de MBA, mas também com outros cursos de formação executiva. No entanto sou da opinião que a concorrência é positiva, se é vista como um impulsionador da inovação, que obriga constantemente a aperfeiçoar, reinventar e auto-exigir patamares de excelência.

Apesar de haver outros programas de formação executiva, o MBA continua a ser o rei do high education, muito valorizado pelas empresas que continuam a recrutar MBAs e a enviar os seus colaboradores high-fliers a fazer o programa.

 

Prevê mudanças para que o MBA se torne mais atrativo para as novas gerações?

Os programas de MBA já estão a mudar para atrair as novas gerações de talento. Temos uma geração Z que quer personalização e flexibilidade, seja no programa curricular, seja na forma como se relaciona com o MBA, desde as admissões à graduação. Uma geração digital que quer que o programa integre as tecnologias a seu favor. Embora seja uma geração apreciadora das aulas presenciais que potenciam o networking,  ao qual dão muito valor, quer também ter acesso aos conteúdos online, e ter flexibilidade de poder escolher entre o online e o presencial.

Por outro lado, quer que os programas de MBA sejam o exemplo, façam o walk the talk relativamente ao propósito e à sustentabilidade, reforçando a componente ESG. E, através dos serviços de carreiras, apoiando os alunos a prepararem-se para prosseguir uma carreira com propósito. Por outro lado, é uma geração que percebe que o ensino é para a vida, life long learning , por isso a escolha de um MBA também passa pelo valor da comunidade de alumni, quão vasta e dinâmica esta é. Neste sentido, o The Lisbon MBA é um MBA que privilegia o aluno, oferecendo 4 comunidades de alumni uma vez graduado no nosso MBA. Por um lado,  a comunidade de alumni do The Lisbon MBA. Por outro, a comunidade de alumni das escolas, Nova SBE e CATÓLICA LISBON. E, finalmente, a comunidade de Affiliate Alumni do MIT Sloan School of Management. Isto é um valor único para potencializar o networking, a partilha de experiências e a progressão na carreira.

 

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