Joana Paredes vence Prémio Faz Ciência

Joana Paredes, vencedora do Prémio Faz Ciência, quer descobrir o mecanismo responsável pelas metástases nos ossos que afetam muitas mulheres com cancro da mama.

Maria do Céu Machado, António Araújo e Joana Paredes.

Identificar o mecanismo através do qual o cancro da mama triplo negativo metastiza para os ossos, uma situação que ocorre em 40% dos casos deste tipo de tumor e que é responsável por causar dor, fraturas, compressão da medula espinal, traduzindo-se numa má qualidade de vida e num mau prognóstico, é o objetivo deste trabalho vencedor da 5.ª edição do Prémio Faz Ciência, um estudo liderado por Joana Paredes, investigadora do i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, da Universidade do Porto, em conjunto com o Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil, e o Centro Nacional de Investigaciones Oncológicas Carlos III, de Madrid.

Joana Paredes é investigadora e líder do grupo Cancer Metastasis no i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto e Professora da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Atualmente, é Presidente da Associação Portuguesa de Investigação em Cancro (ASPIC), associação afiliada da EACR (European Association for Cancer Research).

Licenciou-se em Biologia pela Universidade de Coimbra em 1999 e concluiu o Doutoramento pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto em 2004, tendo desenvolvido o seu projeto no Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP) e no Laboratório de Cancerologia Experimental da Universidade de Gent, na Bélgica. Após o doutoramento, Joana Paredes trabalhou no Instituto de Ciências da Vida e da Saúde da Universidade do Minho. Posteriormente foi contratada pelo IPATIMUP como Investigadora Auxiliar, ao abrigo do programa Ciência, e depois como Investigadora Principal, no concurso Investigador FCT. Em 2021, constituiu-se como líder do seu próprio grupo de investigação, já no âmbito do consórcio i3S.

O projeto ‘The impact of Triple Negative Breast Cancer secreted extracellular vesicles in bone premetastatic reprogramming’ com o qual ganhou este prémio, foi o escolhido pelo júri, de entre 41 trabalhos a concurso, o maior número de candidaturas de sempre, para receber uma bolsa no valor de 35 mil euros.

Para Maria do Céu Machado, presidente da Fundação FAZ, este prémio “é o reconhecimento da investigação clínica de excelência, do valor para melhores resultados em clínica e um estímulo e oportunidade para os investigadores”.

O Prémio Faz Ciência, promovido pela Fundação AstraZeneca, visa distinguir os melhores projetos de investigação translacional (que englobem pesquisa empírica e trabalho de campo) em oncologia, a nível nacional.

 

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