Inês de Castro Gonçalves recebe Prémio Dona Antónia Revelação 2022

A investigadora biomédica Inês de Castro Gonçalves recebeu o Prémio Dona Antónia Revelação 2022 pelo seu contributo para a inovação na Ciência, nomeadamente com o desenvolvimento de biomateriais e dispositivos médicos para aplicações antimicrobianas e cardiovasculares.

Inês de Castro Gonçalves é investigadora biomédica.

Inês de Castro Gonçalves licenciou-se em Microbiologia na Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica do Porto (2003). Depois disso, doutorou-se em Engenharia Biomédica na FEUP – Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (2009), com uma tese sobre o desenvolvimento de biomateriais para contacto com o sangue, com o objetivo de prevenir a formação de trombos associados à utilização de implantes cardiovasculares.

Teve, desde aí, um percurso fulgurante na área de investigação científica, sendo investigadora do INEB – Instituto de Engenharia Biomédica desde 2012, onde desenvolveu uma nova área de investigação usando materiais biocompatíveis e antimicrobianos à base de grafeno para diferentes aplicações biomédicas. Atualmente, Inês de Castro Gonçalves é investigadora principal e líder do Grupo de Biomateriais Avançados de Grafeno do i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde e, dentro deste, no INEB. É também membro da direção da Sociedade Ibérica de Biomecânica e Biomateriais e cofundadora da startup GOTech Antimicrobial.

O principal interesse de investigação e inovação de Inês de Castro Gonçalves é o desenvolvimento de biomateriais e dispositivos médicos para aplicações antimicrobianas e cardiovasculares. Destacam-se os cateteres e dispositivos de desinfeção revestidos com grafeno antimicrobiano, bem como os polímeros e matrizes descelularizadas reforçadas com grafeno para próteses vasculares.

Inês de Castro Gonçalves participa regularmente em várias ações de disseminação de Ciência, tendo coordenado durante mais de 10 anos a iniciativa “Porto de Crianças”, realizada pelo INEB em parceria com a Câmara Municipal do Porto, com o objetivo de proporcionar a crianças da escola primária um primeiro contacto com a Ciência.

Tem liderado vários projetos de transferência de tecnologia financiados por diferentes entidades internacionais, os quais conduziram à submissão de cinco patentes, uma das quais foi já concedida. Foi distinguida, também, com alguns dos mais prestigiados prémios atribuídos no país a promissoras cientistas até aos 35 anos. Foi a representante portuguesa do Young Scientist Forum, da European Society for Biomaterials (2018 – 2021) e a autora de mais de 40 publicações científicas em revistas internacionais de alto impacto. Coordenou vários projetos nacionais e internacionais, organizou mais de 25 conferências científicas internacionais e a sua investigação foi apresentada em mais de 120 eventos internacionais. Lidera uma equipa extensa de post-docs, assistentes de investigação e alunos de doutoramento e de mestrado, tendo supervisionado mais de 25 teses de mestrado e doutoramento.

 

Prémios Dona Antónia Adelaide Ferreira

Atribuídos desde 1988, os Prémios Dona Antónia Adelaide Ferreira têm como objetivo distinguir e prestigiar mulheres portuguesas com um percurso de vida excecional, que se destacam pelas suas qualidades humanas, espírito empreendedor, capacidade de liderança e responsabilidade social, abertura à inovação e constante procura pelo seu próprio desenvolvimento.

O júri, autónomo e presidido por Artur Santos Silva, entrega anualmente o Prémio Consagração de Carreira, que homenageia um percurso de vida consolidado e merecedor de inequívoco reconhecimento público, e o Prémio Revelação, que procura enaltecer uma carreira de relevância em fase de afirmação e desenvolvimento.

“Todas as formas de homenagem possíveis serão sempre poucas, sejam os Prémios Dona Antónia para reconhecer mulheres únicas pelo seu humanismo e competências profissionais, o vinho Antónia Adelaide Ferreira DOC Douro Tinto com a nova colheita de 2019 lançada precisamente a 4 de julho, ou o nome da futura ponte sobre o rio Douro, cujo voto popular escolheu chamar-lhe Ponte da Ferreirinha”, diz Raquel Seabra, administradora executiva da Sogrape.

Parceiros Premium
Parceiros