Patrícia Boura: “Os 25 anos da Fundação do Gil são um convite para continuarmos a inovar”

Entrevista com Patrícia Boura, presidente executiva da Fundação do Gil, a propósito dos 25 anos da instituição, que já impactou milhares de vidas através de iniciativas que promovem o bem-estar e a inclusão das crianças e jovens mais vulneráveis.

Patricia Boura é presidente executiva da Fundação do Gil.

Desde a sua criação em 1999, a Fundação do Gil tem sido uma referência na área da intervenção social e pediátrica, destacando-se por iniciativas inovadoras e transformadoras. A Casa de Acolhimento (Casa do Gil), os Cuidados Domiciliários Pediátricos (Levamos o Hospital a Casa de crianças com doença crónica e/ou em cuidados paliativos), a Clinica do Gil (projeto mais recente – espaço focado na Saúde  Mental e no Desenvolvimento Infanto-juvenil) e o projecto  Casa do Jardim , o negócio social que surgiu para se trabalhar a sustentabilidade da Fundação, são algumas delas.

Todos estes projetos têm beneficiado milhares de famílias em Portugal, promovendo um futuro mais inclusivo e esperançoso. Mas criá-los e mantê-los exige um esforço constante da equipa de Patrícia Boura, presidente executiva da Fundação do Gil desde janeiro de 2014, com quem conversámos a propósito deste aniversário.

 

Qual o balanço que faz de 25 anos da Fundação do Gil?

Os 25 anos da Fundação do Gil representam um marco muito importante, repleto de histórias de impacto positivo na vida de milhares de crianças e das suas famílias e, para nós, é um grande orgulho. Ao longo destes 25 anos, afirmámo-nos como uma entidade de referência na área da reintegração social e da saúde pediátrica, garantindo que as crianças em risco clínico, social ou emocional atingem o seu potencial como indivíduos, crescendo de forma equilibrada e digna junto das suas famílias.

Cada projeto, desde os Cuidados Domiciliários Pediátricos; a Casa do Gil, a Hospitalização Domiciliária Pediátrica e a  Clínica do Gil, são testemunhos do trabalho dedicado de uma equipa profissional, apaixonada e resiliente.

O balanço é, sem dúvida, muito positivo, mas é também um convite para continuarmos a inovar e a aumentar o nosso impacto.

 

Qual o maior desafio que enfrentou na sua liderança da Fundação do Gil?

O maior desafio tem sido, sem dúvida, garantir a sustentabilidade financeira da Fundação enquanto procuramos melhorar a qualidade e o impacto dos nossos projetos.

Trabalhar no setor social requer um trabalho permanente de procura de apoios e estabelecimento de parcerias, muitas vezes em contextos económicos adversos onde o financiamento é escasso, cada vez mais difícil de garantir e exige uma dedicação a tempo inteiro.

Em organizações de estrutura reduzida, como a nossa, onde não há departamentos de angariação de fundos, de comunicação, de recursos humanos, enfim, onde todos os recursos estão directamente alocados aos projetos, é um desafio enorme manter em equilíbrio a atenção a todas estas áreas que recai, naturalmente sobre o líder.

 

Qual o sonho maior que ainda não conseguiu concretizar?

Garantir a sustentabilidade da Fundação do Gil a longo prazo. E é um projeto que estamos a desenvolver neste momento e que pretendemos implementar no decorrer dos próximos anos. Um projeto muito ambicioso e inovador, mas absolutamente necessário. Depois desse estar garantido, podemos continuar a inovar e a fazer a diferença na vida das crianças mais vulneráveis no nosso país. Cuidar, Criar Crescer!

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