Fortune: As executivas mais poderosas em 2016

Pelo segundo ano consecutivo, Mary Barra, CEO e chairman da General Motors, torna a encabeçar a lista anual das executivas mais poderosas do mundo, segundo a revista Fortune. Depois de, em 2014, uma escalada de 27 posições a ter catapultado para o segundo lugar do ranking, ao tornar-se a primeira mulher a conduzir os destinos de um gigante da indústria automóvel, em 2016, a norte-americana de 54 anos volta a ser eleita a executiva mais poderosa, um título que vem coroar as melhorias significativas registadas nas receitas de 152,4 mil milhões dólares da GM. Apesar dessa assinável conquista, acompanhada por um lucro recorde de 9,7 mil milhões de dólares, em 2015, ainda não se ter refletido na subida das ações da marca, Mary Barra recebeu um voto de confiança em janeiro deste ano, passando a acumular o cargo de CEO com o de chairman da companhia.

Quem também repete o lugar na lista da Fortune, face a 2015, é Indra Nooyi, CEO e chairman da PepsiCo. No ano em que comemora uma década ao comando da multinacional do setor alimentar, a liderança da americana de origem indiana mostra a vitalidade de sempre. Nos últimos 12 meses, o valor de mercado da PepsiCo cresceu mesmo 18%, apesar das quebras de 5% e 13%, respetivamente, nas vendas e nos lucros do grupo, ditadas, em grande parte, pelo cenário de volatilidade internacional. Afinal, a aposta de Nooyi em produtos mais saudáveis e os cortes de três mil milhões de dólares em despesas nos últimos três anos parecem estar a agradar aos investidores.

Num ranking onde se incluem 51 mulheres que estão no topo de empresas avaliadas em mais de um bilião de dólares, a terceira posição é ocupada por Marillyn Hewson, chairman e presidente da Lockheed Martin. Rosto feminino por detrás da líder de mercado em tecnologia de defesa militar, o desempenho de Hewson contribuiu decisivamente para acrescentar quase 10 mil milhões de dólares ao valor de mercado da empresa, só no último ano. Dando cartas noutra indústria tradicionalmente considerada como um feudo masculino, a CEO, chairman e presidente da IBM, Ginni Rometty, mantém também o quarto lugar, evidenciando-se por tentar contrariar um ano que não tem sido fácil para o colosso da tecnologia.

As outsiders

Sheryl Sandberg, COO do Facebook, é a única entre as 10 executivas mais poderosas a não assumir o cargo de CEO.

Abigail Johnson, CEO e presidente da Fidelity Investments, surge a meio do top das 10 mais poderosas. Aos 54 anos, é ela a responsável por assegurar que a segunda maior gestora de fundos dos Estados Unidos, com 2,1 biliões de dólares em ativos, acompanha as mais recentes mudanças no setor financeiro. No sexto lugar figura, por sua vez, a primeira outsider. Sheryl Sandberg, diretora de operações (COO) do Facebook, é a única entre as 10 executivas mais poderosas a não assumir o cargo de CEO. Com 47 anos, a número 2 da rede social com mais utilizadores em todo mundo é também a mais nova da lista, mas isso está longe de a travar: somando 17,9 mil milhões de dólares em vendas, os resultados do Facebook continuam imparáveis.

De áreas tão distintas como a tecnologia, a defesa e o setor alimentar provêm ainda as sétima, oitava e nona colocadas no ranking da Fortune: Meg Whitmann, CEO e presidente da HP, Phebe Novakovic, CEO e chairman da General Dynamics e Irene Rosenfeld, CEO e chairman da Mondelez Internacional. A Safra Catz, Co-CEO da Oracle, cabe encerrar o top ten das mais poderosas. Na lista que conta com um total de 22 CEO (menos cinco do que em 2015), o destaque final vai para a cantora Beyoncé, na 51.ª posição. Um reconhecimento merecido no ano em que, além de se ter tornado a primeira artista feminina a ter 12 músicas no top Billboard das 100 mais ouvidas, Beyoncé lançou a marca de roupa Ivy Park e juntou uma editora musical ao portefólio da sua empresa Parkwood Entertainment.