Emília Alves: “O principal desafio é o mindset dos líderes”

Emília Alves, business coach na ActionCOACH, sobre o grande desafio que executivos e empresários estão a enfrentar.

Emília Alves é business coach na ActionCOACH.

Após terminar o curso de Línguas e Literaturas Modernas, o estágio na farmaceûtica Merck Sharp & Dohme despertou o gosto de Emília Alves pela comunicação institucional e multicultural, que vai desenvolver em duas empresas familiares, Celpur e Pestox,  e depois na hotelaria, onde fica quase uma década: Hotel Le Méridien Lisboa e depois como assessora do managing director do Master Franchise da Holiday Inn International.

Cria a sua primeira empresa em 1991, a BVD, em 1995 a ForYou – Consultoria de Comunicação, e em 2010 a KrPeople e a Nono Sentido, lançando o primeiro azeite gourmet com algas.

O ano de 2007 marca a sua entrada no coaching. Em 2012, aprofunda a formação através de uma pós-graduação e certificação em Liderança Estratégica por Valores e Coaching, na Universidade Carlos III, em Madrid, homologada pela International Coaching Federation, de que é membro e coach certificada, e em 2017 com a certificação em Business Coaching pela ActionCOACH Global. Actualmente é partner  da Private Only – Consultoria e Investimentos Imobiliários.

“Numa época de mudança acelerada e altamente disruptiva, como a que atravessamos, o teletrabalho para mim não é um desafio, pois consigo manter-me focada, disciplinada e a conseguir ganhar tempo, na medida em que não tenho deslocações, sendo ainda mais produtiva. Além disso, os meus clientes adaptaram-se muito rapidamente a sessõesonline,  o que até agora só faziam esporadicamente quando viajavam. O grande desafio é indubitavelmente uma questão de mindset,  em particular de alguns perfis mais conservadores e mais pessimistas ou demasiado optimistas e, neste momento, temos que equacionar o Paradoxo de Stockdale; fazer o reality check:  esperar o melhor face à informação diariamente actualizada, mas prepararmo-nos para os piores cenários que possam surgir.

Uma crise exige uma resposta rápida e o pânico é o pior inimigo. Os empresários, se querem manter as suas empresas, têm que se recriar, reinventar e reconectarem-se com os seus stakeholders, sob pena de definharem e desapareceram. O pânico e a espera para ver o que acontece, não são soluções!

O modelo de negócio tem que ser repensado e adaptado, e para isso é preciso lidar em primeiro lugar com os colaboradores, fazer planos de contingência e de seguida pô-los em acção, comunicando de uma maneira aberta, honesta e transparente e é aqui que eu sinto que um business coach e também um executive coach são uma ajuda muito grande naquilo que designei como reality check.  A visão externa do negócio, o colocar em perspectiva, permite-me  ajudar a por em marcha tudo o que é preciso fazer e que foi delineado nos planos de contingência, que vão deste colocar equipas em trabalho, formá-las e lidera-las à distância, até à readaptação do negócio, como, por exemplo, restaurantes que fecharam e que estão no modelo take away. Outros negócios terão que se reinventar, preparando-se para um relançamento, que não se sabe quando vai surgir….  E aqui surge o grande desafio: ajudar o empresário a lidar com as suas crenças e os seus hábitos, na busca de soluções rápidas, que possam mitigar riscos e perdas e sobreviver a uma recessão que infelizmente é inevitável.

O principal desafio é, sem dúvida, o mindset de executivos e empresários e a sua capacidade de lidar com o risco, alterar os  seus hábitos e as suas crenças.”

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