Gentileza

Será que temos consciência do impacto que temos na vida dos outros? De como a gentileza pode fazer a diferença?

Uma das frases mais correntes que circulam sobre liderança é aquela que diz que “não nos despedimos de empregos, mas de chefes”.

O que é verdade. Já deixei de trabalhar com empresas, principalmente, por causa das pessoas que as lideravam. Se não apenas e unicamente por elas.

Mas se formos a pensar bem, o contrário também acontece e, provavelmente, é mais comum: mantemo-nos em sítios, cursos, empregos, casas, cafés, ginásios, porque gostamos das pessoas, dos colegas, dos vizinhos, das chefias. Gostamos daquilo que vulgarmente é chamado de “ambiente”.

Se valorizamos, quase de uma forma inconsciente, a boa relação que os outros mantêm connosco, talvez fosse importante que tivéssemos mais consciência de como impactamos os outros.

Tenho tido o privilégio de trabalhar com uma pessoa que é, acima de tudo, muito elegante no trato. Não deixando de dizer o que pensa, nunca o vi ofender ninguém. Tenta com a sua delicadeza explicar o seu ponto de vista. Muito experiente, tenho em mim que grande parte do sucesso do negócio onde está se deve a ele e ao facto de ser como é. Até porque: comportamento gera comportamento. E, à sua volta, essa gentileza é mimetizada. Na verdade, queremos todos ser um pouco como ele. Eu quero.

Talvez pudéssemos todos fazer um pouco mais por nós. Ou seja, que sejamos nós a razão porque as pessoas querem ficar num determinado local.

Sermos o comportamento que gostávamos de ver copiado.

É um bom propósito de vida, não é?

 

Inês Brandão é fundadora e Global Business Manager da Frenpolymer. Leia mais artigos de Inês Brandão.

Publicado a 27 Abril 2023

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