Fundadora do Canva soma e segue!

A ler na Executiva

 

A Grande Conferência Liderança Feminina, o maior e mais importante evento anual que reúne gestoras portuguesas, promovido pela Executiva, vai realizar-se a 14 de outubro, entre as 9h e as 13h, na Universidade Católica Portuguesa. Depois de um ano muito exigente, que mudou a vida de todos nós, em 2021 o tema da conferência é “Women driving change”. Saiba mais na Executiva.

 

Clementina Almeida

Espreite a agenda de… Clementina Almeida. A psicóloga clínica especialista em bebés e fundadora da ForBabiesBrain by Clementina, diz-nos como organiza os seus dias. A ler na sua Executiva

 

A ler na Web

O nosso top

Fundadora do Canva soma e segue

Quem nunca recorreu ao Canva que atire a primeira pedra! O site criado em 2012 por Melanie Perkins para ajudar todos a postarem imagens mais bonitas nas redes sociais e, especialmente, a enviarem CV com ar mais apelativo é já uma das mais valiosas startups depois de ter angariado mais 200 milhões de dólares, o que fez a sua avaliação subir para 40 mil milhões de dólares. Como muitos outros, tem uma base grátis que evolui para um plano de assinaturas, à medida que o cliente se torna mais exigente, e as receitas dessas assinaturas devem ascender a mil milhões de dólares no final deste ano, provando que Melanie está no caminho certo.
A biblioteca do Canva tem hoje mais de 800 mil modelos e 100 milhões de fotos, ilustrações e fontes. Mais de 7 mil milhões de designs foram criados no Canva até o momento, diz a empresa, com 120 novos designs a cada segundo. O Canva, que se tornou uma das ferramentas de software mais populares e de crescimento mais rápido no mundo, é de tal forma apetecível que Melanie diz que recebeu 180 mil pedidos de emprego no último ano.

 

A primeira CEO do Afeganistão

Conheça Roya Mahboob, uma das mulheres mais proeminentes do Afeganistão e eleita uma das 100 mulheres mais influentes do mundo pela revista Time em 2013.  A sua história de sucesso começou quando tinha 16 anos e ouviu dizer que havia uma caixa mágica com a qual as pessoas podiam conversar com qualquer pessoa no mundo ou aprender coisas diferentes. Para verificar se era verdade, ligou-se à Internet num cibercafé da sua cidade natal, Herat. A partir daquele momento, percebeu que o espaço digital apagava as fronteiras entre as pessoas e as culturas. Ser cidadã digital abriu-lhe possibilidades infinitas e ela quis partilhar essas oportunidades com as meninas e jovens do seu país.
Aprendeu inglês, estudou Ciência da Computação e como projeto de conclusão de curso fundou a Citadel Software Company, juntamente com dois colegas. Para a empresa de desenvolvimento de software contratou mulheres jovens (mais da metade da equipa) como programadoras e blogueres. Desta forma, Roya Mahboob tornou-se na primeira mulher a ocupar o cargo de CEO de uma empresa de tecnologia no Afeganistão, conduzia o seu próprio carro e oferecia os seus serviços de tecnologia a estrangeiros, como a NATO.

Depressa este desafio aos papéis tradicionais de género estabelecidos no seu país lhe trouxe sérios problemas. Após constantes assédios, discriminação e ameaças proferidas por extremistas, a empresária teve se exilar em Nova Iorque, em 2014. Nos Estados Unidos, fundou o Digital Citizen Fund, uma organização não governamental que tem como objectivo dar ferramentas digitais e financeiras a meninas afegãs entre os 12 e os 18 anos.
Hoje, a empresária de 33 anos continua a alimentar o sonho de viver na sua terra um dia. Esse sonho ficou mais longe de ser possível com a conquista do poder pelos talibãs. Mas ela não perde a esperança: “Atualmente, ainda temos esperança no futuro do Afeganistão e na geração mais jovem. Na verdade, Biden tomou uma decisão errada e não deveria ver apenas de uma forma dolorosa, mas agir de forma decisiva e salvar o país”, escreveu na sua conta do Twitter em 9 de agosto.

 

Paula Panarra continua a fazer crescer a Microsoft

Esta semana Paula Panarra, diretora-geral da Microsoft Portugal, anunciou que a operação no nosso país continua a crescer. Atualmente conta com 1400 colaboradores, — tendo recrutado 440 desde o início da pandemia — e tem mais 200 vagas para preencher nas mais variadas áreas tecnológicas. Com os colaboradores a regressarem ao escritório, ainda que lentamente, e com o modelo de 50% de força de trabalho em remoto como standard para o futuro, a executiva está à procura de uma nova localização para acomodar o crescimento da empresa. Paula Panarra tem mais razões para se orgulhar: através do programa “Global Skills Initiative” a empresa ajudou, desde junho de 2020, 271 mil portugueses a adquirir competências digitais, e acaba de lançar o programa “Disability at Microsoft”, que pretende capacitar o tecido empresarial e a economia para uma maior integração de pessoas com deficiência no trabalho, com o objetivo de chegar a 2% da força de trabalho de pessoas com deficiência em Portugal até 2023.

 

Filhas deserdadas da Bodegas Pesquera em luta na justiça

Alejandro Fernández, fundador da vinícola Bodegas Pesquera e o homem que revolucionou os vinhos Ribera del Duero, morreu em 22 de maio, aos 88 anos sem se ter reconciliado com a sua ex-mulher, Esperanza Rivera, de 86 anos, e três das suas quatro filhas: Olga, Mari Cruz e Lucía. Desde 2015 e de forma mais intensa a partir de 2017, as desavenças entre essas três filhas e a irmã Eva, juntamente com a separação dos pais após décadas de casamento, levaram a um conflito familiar que acabou com o testamento, em que deserdou as três filhas que, afirmava, o afastaram da empresa que fundara, e constituiu Eva como sua herdeira única e universal.
A versão do empresário (ao El País, em abril de 2019) era que as  três filhas o tinham retirado de todos os órgãos sociais das empresas que ele tinha criado e que, por isso, reclamava a sua participação nos tribunais, que consistia em 49,72 % da empresa Bodega Tinto Pesquera.
O chamado Falcon Crest de Ribera del Duero é um conflito de longa data e, para já, o destino dos 150 milhões em que se avalia o património familiar — que para além da sociedade vinícola inclui imobiliário, olival, investimentos em gado e energia fotovoltaica, entre outros — continuará a ser resolvido nos tribunais, pois as filhas deserdadas vão lutar judicialmente para declarar nulo o testamento do pai. Segundo uma fonte que falou ao semanário espanhol El País, no fundo deste conflito existe uma “atitude machista de Alejandro Fernández para com a sua esposa e filhas”. Segundo este relato, o empresário era “um homem do seu tempo, do interior de Castela, que pensava que tudo era seu”, apesar de a mulher, com quem era casado sob o regime de bens de comunhão de adquiridos, ter sido desde o início responsável pela gestão empresarial.

 

A primeira recessão feminina

É esta a designação que começa a implantar-se para descrever o impacto que a pandemia provocada pela Covid-19 teve sobre as mulheres. Encontrámos esta designação numa interessante entrevista com Stephanie Linnartz, presidente da Marriott, a maior cadeia de hotéis do mundo. Com um olhar positivo sobre o negócio das viagens e do turismo, apesar da recuperação ser ainda pequena, o impacto que a pandemia teve, e vai continuar a ter, sobre as mulheres, as minorias e a juventude são grandes preocupações para esta executiva. Nesta entrevista, confirma que esta foi uma situação sem precedentes em 94 anos de história da empresa que dirige. A título de exemplo refere que a receita por quarto nos seus hotéis caiu 90% em 2020, quando após o 11 de setembro 2001 tinha diminuído 15% e na crise de 2008 a queda fora de 25%.

 

Contraceptivos gratuitos em França

Devido ao declínio no uso de contraceptivos por mulheres jovens, que o governo francês considera ser devido ao seu custo, o executivo daquele país decidiu oferecer contraceptivos gratuitos para mulheres até os 25 anos, lemos na Reuters. O governo agora suportará os custos de todos os tipos de contraceptivos para jovens adultos. A nova medida custará ao Estado francês 21 milhões de euros por ano, afirmou o ministro da Saúde Olivier Veran.

 

10 factos preocupantes sobre igualdade de género, segundo a McKinsey

Em 2015, os 193 países membros das Nações Unidas definiram a meta ambiciosa de alcançar a igualdade de género e empoderar mulheres e meninas em todo o mundo até 2030, recorda a McKinsey num artigo recente. Porém, cinco anos depois, as disparidades de género continuam em todo o mundo, e as primeiras evidências sugerem que a pandemia provocada pela Covid-19 fez regredir os avanços já conseguidos.

Para despertar os mais distraídos para esta dura realidade, a consultora indica 10 coisas que todos devemos saber sobre igualdade de género:
1) Resolver a desigualdade de género poderia aumentar o PIB global em 26% até 2025.
2) Este processo tem sido quase marginal desde 2015 e grandes disparidades persistem.
3) O pipeline de mulheres para a liderança começa a falhar logo na primeira oportunidade de promoção .
4) Nas últimas duas décadas, embora as mulheres em economias avançadas tenham obtido grandes ganhos como trabalhadoras, consumidoras e poupadoras, também enfrentaram mais custos e insegurança no trabalho.
5) As mulheres continuam a trabalhar em dois turnos: um na empresa e o outro em casa.
6) A automação/digitalização vai colocar desafios acrescidos às mulheres.
7) A crise provocada pela pandemia afetou mais os setores que empregam mais mulheres.
8) Podemos superar algumas questões da igualdade de género, mas não todas.
9) Empresas com maior diversidade de género e de etnias superam as suas pares
10) Todos os stakeholders têm de trabalhar juntos para manter e acelerar o progresso na igualdade de género.

 

Da mairie ao palácio presencial 

Anne Hidalgo, a maire de Paris, vai concorrer à presidência nas eleições do ano que vem, engrossando a lista de adversários do atual presidente, o centrista Emmanuel Macron, e sendo já a grande favorita para ser indicada pelo Partido Socialista, noticia a France 24. Filha de imigrantes espanhóis que fugiram da ditadura de Francisco Franco é a primeira maire de Paris (desde 2014) e poderá ser a primeira presidente de França.

 

Eva Longoria sabe que ainda há muito por fazer na igualdade

Eva Longoria, conhecida pelo seu papel na série “Donas de Casa Desesperadas”, transformou a fama conquistada nos ecrãs de televisão numa carreira multifacetada. Ela fundou uma produtora, criou uma fundação, desenhou uma linha de roupas eescreveu um livro de receitas. Além disso, a atriz e empresária definiu a contratação inclusiva e a participação cívica como prioridade. ”Essa é a razão pela qual eu fui para trás das câmeras e lancei a minha produtora: para contratar constantemente pessoas de cor e mulheres, em vez de inconscientemente as ignorar.” Ela é fundadora de um comité de ação política e dos Poderistas, uma plataforma de media para latinos. E, até recentemente,  fazia parte do conselho da Time’s Up, a organização anti-assédio formada na sequência do movimento #MeToo.

Sendo co-fundadora do comité de ação política Latino Victory Fund e tendo discursado em três Convenções Nacionais Democratas, afirma que não quer entrar na política: “Acho que a posição mais poderosa no  nosso processo democrático é a mensagem de que você tem que ser um político para ser político. E esse não é o caso. O maior trabalho que podemos fazer é como cidadãos.”
O seu mais recente projecto é uma empresa de tequila, a Casa del Sol. “Fui abordada por tantas marcas de tequila nos últimos 20 anos”, afirmou a mexicana ao The New York Times. O que a atraiu desta vez foi que “tudo gira em torno do sabor distinto e do método artesanal e sustentável”.

 

O gap salarial é (ainda) maior no topo

Segundo uma pesquisa citada no Financial Times, no último ano as administradoras das empresas do índice FTSE 100 do Reino Unido receberam, em média, 1,7 milhões de euros enquanto os seus colegas levavam para casa quase 3 milhões. Entre os administradores não executivos a diferença é mais pequena, sendo de “apenas” 165 mil euros para quase 200 mil euros.
Claire Carter, diretora do New Street Consulting Group, que conduziu esta pesquisa, alerta que não basta olhar para a evolução do número de mulheres em boards das empresas do índice FTSE 350 — que passou de 21,9% em 2015 para 34,2% no início deste ano —, pois o pay gap mostra que há muito mais a fazer. Outra especialista citada pelo Financial Times argumenta que o facto de as mulheres continuarem longe dos cargos de liderança das empresas contribuiu para que a diferença salarial entre géneros se mantenha. Mas “se ambos fazem o mesmo trabalho é difícil de entender porque são compensados de forma diferente”.

 

Fazer crescer uma  empresa dizendo vários “não”

“Foi com o ‘não’ que crescemos”, diz Venus Quates, que fundou e lidera uma bem sucedida empresa de Buffalo, nos Estados Unidos. A LaunchTech foi criada em 2016 para apoiar as empresa na transformação digital, mas só em 2018, o negócios descolou. O segredo do sucesso foi ter sido mais seletiva em relação aos clientes que pretendia alcançar — apenas empresas com mais de 10 mil empregados e de quatro setores principais — e assim ter recusado potenciais clientes que não se enquadravam neste padrão. “As comportas abriram-se quando decidi que iríamos atrás do ‘peixe graúdo’”. A LaunchTech integra a lista das 100 empresas privadas com crescimento mais rápido nos Estados Unidos, segundo a Inc..
Venus Quates patrocina os estudos em STEM (acrónimo inglês de ciência, tecnologia, engenharia e matemática) de 10 meninas negras porque quer ser a pessoa de que precisava quando começou o seu negócio e as pessoas não acreditavam que fosse capaz. “Nunca subestime as pessoas de quem não faz ideia sobre o seu potencial”, aconselha.

 

Tratar mal as mulheres prejudica toda a sociedade

A capa do The Economist foi direta ao ponto: as sociedades que tratam mal as mulheres são mais pobres e mais instáveis. Ou seja, discriminar as mulheres tem reflexos em todos na sociedade e não apenas sobre as suas vítimas diretas — curiosamente ou talvez não, os homens são também vítimas da opressão exercida sobre as mulheres.

 

Um mapa interativo de mulheres que merecem um lugar                                    na história da música

>>  Dois jovens irmãos que eram considerados prodígios deslumbraram a sociedade europeia do século XVII. Wolfgang Amadeus Mozart passou a ser celebrado como um dos maiores compositores do mundo, de todos os tempos. A sua irmã, Maria Anna, rapidamente caiu no esquecimento, pois foi forçada a interromper sua carreira quando atingiu a maioridade.

Uma nova ferramenta está a virar os holofotes para as compositoras que devido a normas sociais,  sexismo e estigmatização se tornaram invisíveis por muito tempo. “Nunca lhes demos o lugar que merecem na história. Elas não aparecem nos livros de história musical, as suas obras não são tocadas em espectáculos e as suas músicas não são gravadas”, afirma ao The GuardianSakira Ventura, professora de música de Valência, criadora de um mapa interativo que apresenta mais de 500 compositoras de todo o mundo.

Depois de mais de um ano e centenas de horas de trabalho, o site interactivo documenta 530 compositores incluindo uma breve descrição de cada uma e um link para ouvir as suas obras. O resultado é um catálogo de artistas que vai desde Kassia, abadessa bizantina nascida em 810 e cujos hinos ainda são cantados na Igreja Ortodoxa, até Alma Deutscher, a adolescente britânica que compôs sua primeira sonata para piano aos seis anos.

 

Resgatar as mulheres da Divina Comédia

>  As mulheres que aparecem na Divina Comédia estão finalmente a receber a atenção que merecem, 700 anos depois da publicação da obra de Dante Alighieri. Esta obra clássica da literatura segue a viagem de um peregrino pelos três reinos da vida após a morte cristã — inferno, purgatório e paraíso. Entre as 600 personagens que aparecem na obra, muitas das quais são baseadas em pessoas reais que Dante conheceu ou ouviu falar durante a sua vida, as mulheres são as que têm menos probabilidade de aparecer no registo histórico. Os autores medievais ou as ignoravam completamente ou escreviam relatos tendenciosos da vida, motivos e aspirações das mulheres. Assim, muitas vezes, a Divina Comédia é a única fonte acessível de informação sobre essas mulheres, embora o tratamento que Dante lhes deu não seja isento de misoginia. Estudiosos como Victoria Kirkham, Marianne Shapiro e Teodolinda Barolini mostraram que Dante gostava de transformar as mulheres em metáforas, de donzelas piedosas a vilãs capazes de derrubar dinastias.
Com os alunos do Wellesley College, Laura Ingallinella conta em artigo na Conversation como está a resgatar e a repor a verdade histórica, com todos os seus matizes, por detrás das personagens da obra-prima de Dante e a torná-las disponíveis para todos na Wikipedia. E começou com as personagens femininas.
Graças a este trabalho, além de Ghisolabella e Beatrice d’Este, existem agora mais de uma dúzia de biografias dessas mulheres na Wikipedia: Alagia Fieschi, Cianghella della Tosa, Constança da Sicília, Cunizza da Romano, Gaia da Camino, Giovanna da Montefeltro, Gualdrada Berti, Joanna de Gallura, Matelda, Nella Donati, Pia de ‘Tolomei, Piccarda Donati e Sapia Salvani juntam-se a Beatrice Portinari e Francesca da Rimini, as duas únicas mulheres históricas da Divina Comédia que já tinham entradas aceitáveis ​​na Wikipedia.
Em 2014, apenas 15,5% das biografias da Wikipedia em inglês eram sobre mulheres. Em 2021, subiu para 18,1%, mas isso foi depois de mais de seis anos de esforços sustentados com o objetivo de reforçar a representação das mulheres na Wikipedia.

 

 

Work hard, play hard!

DOCUMENTÁRIO

A monja cozinheira

Apelidada de “filósofa chef” pelo The New York Times, Jeong Kwan dedica a sua vida a meditar e a preparar comida no templo budista Chunjinam, o seu retiro espiritual em Baegyangsa, na Coreia do Sul. Esta mulher é uma monja zen, a cujo templo peregrinam gastrónomos sul-coreanos e chefs de todo o mundo, atraídos pela sua filosofia, baseada no princípio budista do desapego (como libertação do desejo), o que significa que a comida nunca é para ser desejada, só é apreciado quando é consumida. Um capítulo da 3.ª temporada da série do Netflix “Chef’s Table” deu-lhe fama mundial, que aproveita para divulgar a sua mensagem: “A comida deve ser o mais natural e sustentável possível, sem energia de sobra.” Os seus pratos são um dos grandes expoentes da culinária vegana global, por isso despertam grande interesse entre chefs renomados, que a procuram para aprender os seus segredos.
Ela considera-se apenas como monja e não como chef, embora acredite que a cozinha pode salvar o meio ambiente. ”Para isso, é importante uma vida de respeito e não violência, na qual a pessoa mude de dentro para fora. Quando você cuida de si e se alimenta bem, torna o mundo mais sustentável. A comida que ingere reflete-se na energia que exala e até no seu rosto”, esclarece a sul-coreana ao El Mundo, durante a sua visita a Espanha. Jeong Kwan diz que a comida no templo é uma ponte que une a energia física e espiritual. Não faz parte da vida, mas sim da meditação. É por isso que existem ingredientes proibidos, como alguns vegetais, alho francês ou alho. “Para a meditação precisamos de muita paz interior e é por isso que evitamos pratos fortes e gordurosos, que geram maus sentimentos. Temos que deixar de lado os pensamentos durante a prática, é por isso que a nossa dieta deve ser um elemento de consciência e iluminação para nos focar no caminho desde o vazio.”
Para ela, meditar e cozinhar são atividades semelhantes, que acontecem num momento: aqui e agora.E deixa uma dica para comer e dormir melhor: medite, mesmo que por alguns segundos e em qualquer lugar. “Para que possamos realmente olhar.” Veja aqui.

 

ESCAPADINHA

Refúgio para toda a família

Adoramos quando a imprensa estrangeira descobre as jóias de Portugal. O jornal espanhol El Mundo sugere o novo Évora Farm Hotel & Spa como o destino perfeito para uma “escapadinha em família, entre villas de design, horta orgânica e porcos vietnamitas”. 
O novo hotel combina uma arquitectura vanguardista e sustentável com uma gastronomia enraizada na terra (a cozinha está a cargo do chef Tiago Santos) e inúmeras actividades para crianças e adultos como a criação de animais, plantação e recolhimento no jardim, aulas de ioga ou spa. Com a sua arquitetura minimalista contemporânea, as peças de arte pontilhando os cantos e as villas com piscina privada, é um design hotel. Mas é também uma herdade (Herdade do Perdiganito) num complexo de 11 hectares na planície alentejana, nos arredores de Évora. O conceito de misturar vida rural com sustentabilidade e luxo tem a chancela da Discovery Hotels Management.
É perfeito para toda a família, pela quantidade de atividades que oferece tanto para crianças como para adultos. Agora que regressámos ao trabalho, apetece mesmo fazer aqui uma pausa. Reserve aqui.

 

LIVROS

Uma viagem no espaço e no tempo

Foi leitura de verão, à beira de uma piscina. E se não apanhámos o avião para um destino exótico, pela pena de Sónia Serrano somos levadas a terras longínquas de outras eras. È impossível não surpreender com a coragem destas viajantes, que arriscaram a sua vida.

Este livro conta a história de várias mulheres que ao longo dos séculos desafiaram convenções por viajarem sozinhas. A autora traça dois percursos: o geográfico e temporal, por um lado, escrevendo sobre os lugares por onde estas mulheres se aventuraram e o tempo histórico em que viveram; e, por outro, o da evolução da condição feminina num domínio que, durante séculos, foi protagonizado por homens – a viagem. Sabia que muitas viajavam a cavalo sentadas à amazona, sem as pernas abertas, com enorme risco de se desequilibrarem e cairem desfiladeiro abaixo? Muitas mais curiosidades da vida prática imposta pela condição de ser mulher aprendemos neste livro.

De Egéria que, no século IV da nossa era, partiu da Península Ibérica para a Terra Santa, ou as mulheres que andaram na aventura das grandes navegações portuguesas, passando pelas vitorianas, que palmilharam os confins do vasto império britânico, até ao século XXI, onde encontramos algumas das mais extraordinárias viajantes, tem aqui um painel de mulheres extraordinárias que todos devia conhecer. Compre aqui.

 

Mulheres de Almada

Mulheres de Almada, da autoria de M. Margarida Pereira-Müller e Florbela Barão da Silva, editado sob a chancela da Emporium Editora com o apoio da Câmara Municipal de Almada, percorre as biografias de 49 mulheres que têm marcado a vida deste concelho, do século XV aos nossos dias: da rainha de Portugal Leonor de Avis às operárias na cortiça e lavadeiras, da desportista Almerinda Correia à judoca Telma Monteiro, da cientista Elvira Fortunato à parteira-enfermeira Graziela Maria Afonso, da cantora Nela Ribeiro a Marta Miranda, da artista plástica Catarina Pé-Curto a investigadora de estudos sobre feminismo Manuela Tavares, entre outras. Compre aqui.

Publicado a 25 Setembro 2021

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