O que é feito de Sheryl Sandberg?

 

A não perder na Executiva

Cristina Saiago: “Hoje, os consumidores são embaixadores e influencers”

Chegou à Clarins em plena crise de 2008. Desde então, Cristina Saiago conseguiu colocar a marca francesa de cosmética de luxo em n.º 1 na distribuição seletiva em Portugal e orgulha-se de liderar a única operação do Grupo que tem crescido todos os anos, apesar das crises. Leia a sua entrevista aqui.

 

A ler na Web

 

O que é feito de Sheryl Sandberg?

Durante mais de uma década, a diretora de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, foi a mulher mais poderosa de Silicon Valley — e talvez de todos os negócios. A executiva começou em 1991 a trabalhar para Larry Summers, economista-chefe do Banco Mundial. Depois de tirar o MBA, em 1995, na Harvard Business School, torna-se chefe de gabinete de Larry Summers, então vice-secretário do Tesouro e secretário do Tesouro no governo do presidente americano Bill Clinton. Em 2001 ingressou no Google, onde se tornaria vice-presidente de vendas globais e operações online, e onde ficaria até 2008, quando transitou para o Facekook como COO.
Foi autora da famosa TED Talk:, “Por que temos tão poucas mulheres líderes?”, em 2010, e do livro-manifesto Lean In , de 2013, que permanece na lista dos mais vendidos do The New York Times por mais de um ano e vendeu mais de 4 milhões de cópias, deu origem a uma organização sem fins lucrativos com o mesmo nome, que já inspirou mais de 50 mil mulheres a ingressarem nos seus próprios círculos Lean In para discutir os problemas que enfrentam no trabalho.
Com as crises que envolveram o Facebook, desde violações de privacidade a direitos humanos e interferência eleitoral, o papel de Sandberg na esfera pública pode ter mudado: ela, que era o rosto mais visível do Facebook nos media e um ícone feminista, tem estado afastada nos últimos dois anos. Os holofotes podem incidir sobre ela com menos frequência.mas quando Adam Grant pede a seus alunos da Wharton que citem um líder que admirem, o nome de Sheryl Sandberg aparece sempre. “Normalmente, nenhuma outra mulher é mencionada”, diz o professor e psicólogo organizacional que foi coautor do livro Opção B, com Sheryl Sandberg, publicado em 2017, sobre como lidar com a morte de seu marido.

 

Famous or infamous

As vendas online de merchandising de Elizabeth Holmes, ex-CEO da Theranos, estão a disparar: canecas, t-shirts, máscaras, toalhas de praia e cortinas de banheira. Num TikTok, uma jovem posa frente espelho usando uma t-shirt rosa que proclama: “Elizabeth Holmes é a minha #GirlBoss”. Outro TikToker mostra uma caneca com as palavras Holmes de um lado e Theranos do outro. Uma análise das lojas online soma mais de 50 produtos de Elizabeth Holmes e da Theranos na Etsy, Poshmark, eBay e Redbubble. Um dos itens mais exclusivos é uma bata de laboratório da Theranos, supostamente autêntica, cotada a 17 mil dólares.
Elizabeth Holmes ambicionava ser uma empreendedora de nível mundial e já foi a menina querida de Silicon Valley, mas uma investigação do The Wall Street Journal expôs as suas duvidosas práticas de análise de sangue. Neste momento enfrenta uma dúzia de acusações de fraude eletrónica. O julgamento judicial começa a 31 de agosto — Elizabeth está grávida e deve dar à luz em Julho. Se for condenada, a empreendedora, que se afirma inocente, poderá apanhar até 20 anos de prisão.
Antes da queda de Theranos, a sua imagem estava em todo o lado, chegando a ser capa da Forbes. Não admira, pois era a bilionária empreendedora mais jovem. Agora vários empreendedores estão a fazer dinheiro e os internautas estão a mostrar as suas compras no Tik Tok, Twitter e Instagram. Como escreveu o colunista da MSNBC, James Surowiecki, “altos e baixos, uma coisa sobre Elizabeth Holmes permaneceu consistente: as pessoas são fascinadas por ela”

 

Parlamento alemão aprova quotas de género

De acordo com a proposta aprovada pelo Parlamento, as empresas públicas na Alemanha com quatro ou mais administradores são obrigadas a ter uma mulher no conselho, e as empresas controladas pelo governo com Conselhos de três ou mais membros também são obrigados a ter uma mulher. A medida deve receber a aprovação final da Câmara Alta da Alemanha durante este verão e as empresas que não cumprirem a nova lei enfrentarão multas.
“Mulheres altamente qualificadas ainda esbarram em tectos de vidro com muita frequência”, afirmou a ministra da Justiça e Assuntos Familiares, Christine Lambrecht. “Este é um marco para as mulheres na Alemanha e, ao mesmo tempo, oferece uma grande oportunidade para a sociedade e para as empresas.”
Segundo o governo alemão, 66 empresas do setor privado, 21 das quais ainda sem mulheres nos seus Conselhos de Administração, serão afetadas pelas novas regras. Antecipado-se à aprovação da nova legislação, seis empresas alemãs, incluindo a Adidas e a Bayer, indicaram mulheres para seus Conselhos de Administração, de acordo com um estudo recente da FidAR, uma iniciativa que defende mais mulheres em conselhos consultivos. Mais da metade das grandes empresas listadas do país, afirma o relatório, ainda não têm mulheres nos seus Conselhos. De acordo com um estudo de 2020 da AllBright Foundation, as mulheres ocupam apenas 12,8% dos assentos nos Conselhos de Administração das 30 maiores empresas do índice DAX de primeira linha da Alemanha.

 

Stella McCartney também esteve no G7

Conhecida como uma forte defensora do ambiente, que escolhe criteriosamente os materiais que usa nas suas criações para poupar a natureza e os animais, Stella McCartney esteve na reunião do G7 para pedir mais regras para a indústria da moda. Na reunião com John Kerry, o enviado especial dos Estados Unidos para as questões climáticas, a filha do músico de Paul e Linda McCartney, foi peremptória. Assumiu que a indústria da moda é uma das mais poluidoras do mundo, que não há legislação que a “incentive” a mudar, mas que conseguir mudanças dentro da indústria por si só pode ter um impacto no planeta muito maior do que se pensa. “O meu objetivo é promover mudanças, estimular investimentos e criar uma diferença duradoura através de incentivos que apoiem a próxima geração”, disse à Vogue.

 

Adolescente que filmou George Floyd recebe menção no Pulitzer

A adolescente que filmou a agressão que levou à morte de George Floyd recebeu uma menção do júri do Pulitzer, o prestigiado prémio que distingue os melhores trabalhos jornalísticos. No dia 25 de maio de 2020, Darnella Frazier, 18 anos, passeava com um primo, quando viu “um homem aterrorizado a implorar pela vida” e isso levou-a a filmar o crime com o seu telemóvel. “Por registar corajosamente o assassinato de George Floyd, um video que gerou protestos contra a brutalidade policial em todo o mundo, destacando o papel crucial dos cidadãos em ajudar os jornalistas na busca pela verdade e pela justiça”, foi desta forma que o júri justificou a sua decisão. Recorde-se que o vídeo serviu de prova em tribunal para condenar o polícia Derek Chauvin.

 

As últimas da indústria da moda

Ama-se ou odeia-se. Foram considerados pela Time, em 2010, como uma das 50 piores invenções, e continuam a provocar reações completamente díspares: uns amam loucamente os seus Crocs, enquanto outros os acham horríveis. No passado já tinham feito uma tentativa de se apresentar em versão stillettos e voltou a acontecer. No desfile da Balenciaga para a primavera 2022 foi apresentada a versão “Balenciaga Crocs 2.0” mas o preço não foi revelado. A versão plataforma lançada em 2017 custava 850 dólares e esgotou antes de chegar às lojas…

 

Louis Vuitton e Balenciaga vestem personagens em videojogos. Até há pouco tempo nem na ficção as marcas de moda de luxo usariam videojogos para apresentarem as suas novas coleções, mas hoje isso já é uma realidade. Louis Vuitton, Prada e Balenciaga escolheram o mundo virtual do gaming para atingir uma audiência a que dificilmente chegariam de outra forma. A Louis Vuitton lançou uma coleção cápsula em “League of Legends”. Balenciaga criou o jogo “Afterworld: The Age of Tomorrow”, com um cenário futurista (2031) para mostrar a coleção outono/inverno 2021. E a Net-a-Porter aliou-se ao “Animal Crossing: New Horizons” para que os avatares tenham à disposição looks inspirados na nova coleção de Isabel Marant. Se acha isto revolucionário, então leia o artigo completo no Hipertextual. Boa viagem ao admirável mundo novo!

 

 

Há vida depois de um grande fracasso

Julie Wainwright viveu o dia mais duro da sua vida a 8 de novembro de 2000, quando o marido lhe disse, ao acordar, que queria o divórcio e, horas mais tarde, se dirigiu à empresa de que era CEO, a Pet.com, para a encerrar e despedir todos os funcionários. Foi motivo de chacota durante muito tempo pelo facto de a sua dot.com ter falido menos de um ano depois de entrar na Bolsa, mas hoje garante que este fracasso lhe deu a liberdade para viver um segundo ato sem medos. Em 2011, lançou a TheRealReal, que vende artigos de luxo em segunda mão e a empresa é hoje um unicórnio, ou seja, está avaliada em mil milhões de dólares, provando também que os unicórnios não são exclusivo de jovens aficionados pela tecnologia —  Julie Wainwright tem 64 anos e é uma das mulheres que integra a lista da Forbes 50 over 50 2021.

 

A Inteligência Artificial não é nem inteligente nem artificial

É esta ideia que defende Kate Crawford no seu recente livro Atlas of AI. A autora leciona sobre tecnologia, ciência e comunicação na University of Southern California e é investigadora sénior na Microsoft, empresa que se alimenta avidamente de inteligência artificial, por isso sabe bem do que fala. Em entrevista ao The Guardian explicou que a inteligência artificial “é feita de recursos naturais e há pessoas a fazer as tarefas para que o sistema pareça autónomo”, ou seja, a IA não é algo abstrato e imaterial, como tantas vezes se pensa, antes tem impactos profundos que quis expor neste seu livro, como, por exemplo, os custos físicos e psicológicos dos trabalhadores que são geridos por sistemas baseados em algoritmos.

 

O que aprendemos com Naomi Osaka

A jovem tenista tomou uma atitude corajosa ao recusar comparecer numa conferência de imprensa antes de uma partida, alegando que estes momentos eram péssimos para a sua saúde mental. Falar em público é assustador para muitas pessoas e como se vê até mesmo para aquelas que consideramos figuras públicas. A Forbes escreveu sobre 7 coisas que Naomi Osaka nos ensinou sobre saúde mental e sucesso na carreira:
1.Faça da sua saúde mental uma prioridade e proteja-a diariamente, mesmo que a sua empresa não se preocupe com isso.
2.Mantenha o controlo da carreira e não tome decisões que comprometam a sua saúde mental.
3.Estabeleça limites e não ceda quando lhe pedem que os ponha em risco.
4.Esqueça a vergonha. Não é fraca nem egoísta quando recusa submeter-se a um pedido que não é razoável.
5.Mantenha uma forte rede de apoio — família, amigos e colegas. Serena Williams e Michael Phelps saíram em defesa de Osaka.
6.Tenha uma atitude profissional. A tenista emitiu um comunicado explicando as suas razões e expressando o desejo de que se consiga encontrar uma solução para esta questão.
7.Considere deixar o emprego. Vale a pena falar com quem confia antes de tomar uma decisão, mas lembre-se que só nós sabemos exatamente de que forma o trabalho está a afetar negativamente a nossa saúde mental.

 

Não ao mito das deusas inalcançáveis

É uma das poucas líderes no setor financeiro em Espanha e uma das mais jovens, por isso sabe as dificuldades que as mulheres enfrentam para chegar à liderança. Marta Echarri, 37 anos, fez carreira na JP Morgan e na Merrill Lynch antes de se tornar diretora-geral da N26, uma fintech de origem alemã que está em Espanha desde 2018, e que apesar de ainda não ser rentável, conta com o apoio de investidores para continuar a crescer e inovar — acaba de investir 200 milhões de euros em novos produtos e funcionalidades. Ao El Pais, a executiva admite que ao longo da carreira sofreu de síndrome do impostor e que por isso é fundamental que as mulheres acreditem que podem chegar tão alto quando desejem. Para isso deixa uma sugestão que pode ser seguida por qualquer mulher que queira dar o seu contributo para acelerar a igualdade de género: “Sentar-se com mulheres que estejam no início da carreira e com base na sua experiência, mostrar-lhes o que viveste para chegar ao lugar que hoje ocupas. Que percebam que não és uma deusa inalcançável”.

 

Como comunicar com um headhunter

Soledade Carvalho Duarte tem 36 anos de experiência na seleção das pessoas certas para os lugares certos de liderança e por isso Dalila Carvalho convidou-a a revelar algumas informações preciosas sobre a sua atividade. No início deste mês, a managing partner da Transearch explicou no programa Palavras Cruzadas, da Antena 2, a importância da linguagem e os principais erros que se cometem numa entrevista de emprego, no fundo como comunicar com um headhunter.

 

O primeiro IPO de uma dupla feminina em Wall Street

A FIGS entrou com estrondo na Bolsa de Nova Iorque pelo facto de ser a primeira empresa cotada liderada por duas fundadoras. Heather Hasson, 39 anos, e Trina Spear, 37, fundaram a empresa em 2013 quando perceberam que hospitais e clínicas tinham deixado de comprar as fardas para os colaboradores e estes tinham dificuldade em adquiri-las, pois os retalhistas ficavam longe dos seus locais de trabalho. Num mercado avaliado em 12 mil milhões de dólares identificar uma boa oportunidade vale ouro. Não tardou a que os profissionais de saúde descobrissem a vantagem de comprar calças, batas, meias e sapatilhas online e, em 2020, a FIGS faturou 263 milhões de dólares.

 

Mulheres inspiradoras

A mulher mais moderna do seu tempo. Alva Myrdal não pode frequentar a escola primária por viver no campo mas ficaria na História como a mulher que ajudou a transformar a Suécia de país pobre em exemplo de desenvolvimento. Depois de uma viagem aos Estados Unidos, escreveu com o marido um livro em que defendiam, entre outras ideias revolucionárias para a época, que para aumentar a taxa de natalidade era necessária ajuda estatal e que as mulheres deviam ter liberdade para estudar e trabalhar e para tal era necessário creches. As suas várias receitas foram sendo adotadas uma a uma transformando completamente o país. Mas ao mesmo tempo que era considerada a mulher mais moderna do seu tempo, ia abdicando de convites para importantes cargos para continuar a dar ao marido o apoio que ele lhe exigia. Só depois do divórcio é que conseguiu a autonomia de que precisava e se tornou, em 1949, a primeira mulher a ocupar um alto cargo na ONU. Em casa, a filha recorda como no meio de tantas atividades e das inúmeras solicitações do marido, a mãe conseguia dedicar duas horas do seu dia 100% aos filhos. Aos 80 anos recebeu o Prémio Nobel da Paz pela sua cruzada a favor do desarmamento — foi a única ministra do Desarmamento no mundo.

Uma atriz sem filtros. Kate Winslet voltou a dar que falar e não apenas pelas suas brilhantes exibições. Em entrevista ao The New York Times disse ter proibido que eliminassem alguns dos seus pés de galinha na imagem de promoção da série da HBO Mare of Easttown, e que avisou o diretor do filme Ammonite, onde interpreta uma paleontóloga do século XIX, a não se atrever a retocar digitalmente a sua barriga numa das cenas de sexo. O seu corpo esteve várias vezes debaixo de fogo ao longo da carreira e já várias vezes assumiu que não é nada fácil lidar com isso. A atriz tem apontando o dedo ao público que a critica nas redes sociais, mas também às revistas femininas que continuam a difundir padrões de beleza que não correspondem às mulheres normais.

 

Work hard, play hard!

HOTEL EM LISBOA

O Valverde está (ainda) mais bonito

O Valverde Hotel reabriu a 8 de Junho, após três anos obras de ampliação e depois de um longo período de paragem, devido à pandemia. A convite de diretora-geral Adélia Carvalho, visitámos as novas áreas, no decurso das obras, e adorámos o que vimos. O novo Valverde Hotel dispõe agora de 48 quartos e suítes, um restaurante Sítio completamente novo, um novo bar, uma nova sala de estar com luz natural e varanda sobre o emblemático páteo interior do hotel, uma piscina de água aquecida em piso elevado, ginásio, sala de massagem e uma nova receção. Um local a que queremos sempre regressar. Reserve aqui.

 

DOIS EM UM

Passeios literários pela cidade

Um grupo de guias-intérpretes desafia-a a descobrir Lisboa ao mesmo tempo que inter-relacionam o percurso com obras de autores portugueses. Complementar o conhecimento da Literatura Portuguesa numa abordagem informal, didáctica e apelativa é a sua proposta. A agenda é vasta: Eça de Queirós, Camões, Saramago… só no mês de junho ainda tem muito por onde escolher, entre Lisboa e Sintra. Bom passeio! Reserve aqui.

 

ALGO DIFERENTE

Cozinhar com algas

O Chef Pedro Mendes lançou o livro algo com Algas, em que apresenta 40 receitas com algas harmonizadas com vinhos da região de Lisboa. A ideia foi “incentivar a utilização deste ingrediente tão rico através de receitas simples e muitas delas conhecidas, já que são retiradas do nosso receituário”. Assim, lá encontra clássicos como o Brás, as pataniscas, o xerém ou a feijoada, entre outros menos tradicionais. Os vinhos foram selecionados por Patrícia Serrado, João Pedro Rato e o próprio Chef. Compre aqui.