Paixão pelo Marketing

Numa quadra festiva onde recordamos vivamente de quem gostamos, é sempre ajustado falar de paixão.

Tal como na vida pessoal, a paixão não é uma resultante da quantidade, mas da qualidade intrínseca da dedicação a uma determinada causa. E a paixão pelo marketing merece-me um lugar muito especial.

Sobretudo pela necessidade de criar valor através do Marketing. Mas essencialmente porque o conceito de valor resulta, não daquilo que se diz ter, mas do que soubermos demonstrar que somos capazes de oferecer. E é este paralelismo que nos permite entender qual o nosso posicionamento, que mais não é do que a imagem percebida por aqueles que servimos.

Afinal, o marketing não é uma batalha de produtos, mas antes uma batalha de percepções.

É, pois, neste contexto festivo que pretendo agradecer esta paixão a todos aqueles que me ajudaram a ir de encontro às suas necessidades, desejos e angústias. Os alunos, formandos e clientes que formam este círculo, cada vez mais exigentes, informados e menos condescendentes, obrigam a que se torne imprescindível procurar respostas aos difíceis desafios que se colocam na compreensão de um mundo tão dinâmico quanto volátil, no qual as verdades deixam de o ser a uma velocidade estonteante.

Há, assim, um princípio de humildade que deve nortear qualquer paixão: a certeza de que temos sempre mais a aprender do que a ensinar e de que temos sempre mais obrigação de compreender do que argumentar. É aqui que reside o encantamento do marketing.

Assim sendo, a principal questão que se coloca, é a de se estamos centrados na óptica de quem servimos, focalizando-nos no objectivo de desenvolver acções orientadas para a satisfação das suas necessidades, ou se estamos orientados para dentro de nós mesmos, numa lógica autista face ao mundo. Aprender com o que se ouve, vê ou nos é partilhado é uma bênção que não pode ser desperdiçada.

E isso faz toda a diferença entre provocar a paixão junto de quem se gosta ou de esperar quer tal aconteça sem que nada o tivesse provocado.

Uma coisa é certa: há sempre lugar a melhorias, dado que a imperfeição é um estado permanente. É caso para dizer que a grande responsável pelo nível de desenvolvimento e conhecimento, é a humildade, aliada a um espírito de missão.

Partilhar conhecimento e opinião com uma grande comunidade de alunos, formandos e empresas, congrega assim uma gratidão imensa, sobretudo quando se sente todo o trabalho é susceptível de proporcionar algo que possa ser útil em cada contexto, gerando satisfação e fidelização.

Em muitos contextos, há a tendência para se considerar que um cliente que não está insatisfeito, é geralmente um cliente satisfeito. Tal raciocínio não pode estar mais longe da verdade. Cliente satisfeito, é aquele a quem é possível ouvir, ler ou perceber que existe reciprocidade positiva numa determinada relação, de viva voz.

São as emoções a falar. E na vida empresarial ou no ensino, as emoções podem definir-se através de uma palavra: confiança.

Para além de constituir uma importante ponte entre a motivação e o comportamento, a emoção também trabalha conjuntamente com a razão, proporcionando o equilíbrio necessário ao impacto que se pretende provocar nos demais. Só assim se pode diferenciar, deixar marca, ajudar na reflexão ou na decisão.

E normalmente isso acontece quando se é verdadeiro e fiel a um determinado posicionamento. Isto é, quando se procura dar, antes de receber. E quando se procura provocar a paixão em vez de a propagar.

Procurar estar mais próximo de quem servimos é, em si mesmo, uma obrigação. Procurar ter brio, um acto de paixão!

Boas Festas a todos aqueles que têm paixão pelo Marketing!

Publicado a 26 Dezembro 2017

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