Nasce o primeiro unicórnio liderado por uma mulher na India, Mulheres têm mais medo de parecer incompetentes do que os homens

 

A ler na Executiva

Ana Paula Reis

Ana Paula Reis é cofundadora da Bridgewhat e partner da Bynd Venture Capital.

Ana Paula Reis lançou a Bridgewhat no início de 2020 e desde o início sabia que o trabalho remoto seria uma realidade entre si e o seu sócio, pois estavam em países diferentes. A pandemia colocou-lhe o desafio acrescido de recrutar todos os colaboradores remotamente. Saiba como conseguiu fazer um bom recrutamento online, neste artigo da Executiva.

 

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Nasce o primeiro unicórnio liderado por uma mulher na India

Ex-banqueira de investimento, em 2012, Falguni Nayar fundou a FSN E-Commerce Ventures Ltd, que detém a rede de lojas de beleza Nykaa, depois de identificar que havia um enorme mercado para produtos de beleza de luxo na Índia, especialmente quando vendidos com vídeos e depoimentos de instruções. A Nykaa tornou-se a maior marca de retalho de produtos de beleza da Índia e abriu 80 lojas físicas que complementam a plataforma de e-commerce. As lojas vendem produtos de mais de 2500 marcas, que são pensados e produzidos especificamente para a pele indiana e clima local, como relata a Bloomberg.
Agora, a empresa-mãe da Nykaa tornou-se o primeiro unicórnio liderado por uma mulher na Índia. O IPO (Initial Public Offering, Oferta Pública Inicial) em Mumbai arrecadou 53,5 mil milhões de rúpias (720 milhões de dólares) e viu as ações subirem 96% no primeiro dia de negociação, avaliando a empresa em quase 14 mil milhões de dólares. A entrada em Bolsa fez de Falguni Nayar, dona de metade da empresa, a bilionária mais rica do país, com um património líquido de quase 7 mil  milhões de dólares. “As mulheres precisam de permitir que os holofotes das suas vidas estejam sobre si mesmas”. “Espero que mais mulheres como eu se atrevam a sonhar com elas mesmas.” Que belo conselho!

 

A primeira master blender do whisky Johnnie Walker em 200 anos

Emma Walker começou a sua carreira como química, mas desde cedo sabia que queria aplicar o seu conhecimento técnico ao mundo da ciência de sabores e, em 2008, candidatou-se a um emprego no Centro Técnico da Diageo em Menstrie, na Escócia. Recentemente foi promovida, tornando-se a primeira master blender nos 200 anos de história da fabricante de whiskyJohnnie Walker. E não foi por fazer parte da família, pois o facto de o seu apelido ser o mesmo do nome da famosa empresa é apenas uma coincidência.
“Muitas vezes me perguntam sobre como é trabalhar numa indústria ‘masculina’, mas, para ser honesta, isso não reflete a minha experiência”,afirma em entrevista à Forbes. “Alcancei a posição em que estou graças ao apoio que recebi de pessoas incríveis em todo o setor e por agarrar oportunidades para desenvolver a minha experiência e capacidade. A nossa equipa na Johnnie Walker foi selecionada por mérito e crescemos juntos, alcançando organicamente a paridade de género.” E prossegue:
“Essa diversidade reflete-se na nossa gestão de destilaria e vemos mulheres operadoras, ferreiras, tanoeiras e engenheiras nas nossas unidades na Escócia. Então, realmente não me sinto uma pioneira. Faço parte da equipa, numa indústria tão diversa como o nosso whisky. ” Brindamos a isso!

 

Mulheres têm mais medo de parecer incompetentes do que os homens

Um estudo publicado no The Wall Street Journal revela que as mulheres têm menos probabilidade do que os homens de pedir prolongamentos de prazos no trabalho. A tendência é transversal a cargos e anos de experiência: as mulheres em todos os níveis admitem que se sentem pouco à vontade para pedir mais tempo para concluir um projeto do que os homens. E porquê? Segundo as investigadoras que conduziram o estudo, Ashley Whillans, professora de Gestão de Empresas na Harvard Business School, e Grant Donnelly, professora de Marketing e Logística na Fisher College of Business da Ohio State University, porque as mulheres “estão mais preocupadas do que os homens em parecer incompetentes” e em “sobrecarregar as outras pessoas com os seus pedidos”. O problema é que estes receios criam um ciclo de culpa e desincentivam ainda mais as mulheres a pedirem mais tempo, conduzindo-as mais facilmente ao burnout.

 

Qual é o problema de querer ser astronauta e gostar de cor-de-rosa?

Jaya Iyer percebeu uma oportunidade de negócio quando tentou encontrar, sem sucesso, uma t-shirt para a filha que queria ser astronauta, gostava de temas de ciência, mas também adorava cor de rosa. Não havia no mercado roupas apelativas para meninas com temas de ciência, espaço ou tecnologia.Lançou uma campanha no Kisckstarter, que foi um sucesso, e lançou a marca com o nome da filha, Svaha. Para Iyer, que já trabalhava na indústria têxtil, é fundamental que todas as meninas e meninos percebam que o género não pode definir o seu amor por uma profissão. Para a mais recente coleção da marca sem género com o tema STEM, Dinos in Space, contou com a colaboração da ex-astronauta Karen Nyberg, que se associou por se ter identificado com a causa e escolheu este tema porque durante os seis meses que esteve no espaço em 2013, o seu filho era obcecado por dinossauros.

 

Desiludida com a sua imagem nos últimos tempos? A culpa é do Zoom

A pandemia tem mais efeitos secundários do que aqueles que têm sido amplamente divulgados, pois afinal também mexe, e de que maneira, com a nossa auto-estima. À força de passar horas em reuniões Zoom, muitas pessoas descobriram que afinal a sua imagem não era tão agradável como a que estavam habituadas a ver ao espelho. Em pouco tempo, o nariz tornou-se mais largo e maior, a pele ficou com uma cor estranha e, para piorar, até uma inestética papada se veio juntar à festa. Se este é o seu caso, temos boas notícias: os dermatologistas e cirurgiões plásticos, que não tiveram mãos a medir mesmo em plena pandemia, alertam que este problema é fruto de distorção provocada pelas câmeras e também pela má iluminação do rostoquando estamos em frente delas. Está de tal forma identificado que até tem nome: dismorfia do Zoom. Se é uma das vítimas do Zoom, este artigo do El País, que cita um estudo da Universidade de Harvard sobre o problema, vai ajudar a repôr a sua auto-estima.

 

Homens beneficiam de quotas

Como em muitos outros países, na Finlândia a maioria das pessoas que se candidatam a professores primários são mulheres. Sempre na linha da frente no que diz respeito à política de quotas, o país garantiu o acesso dos homens a pelo menos 40% de todos esses cargos do país, favorecendo os candidatos do sexo masculino, mesmo que tivessem qualificações um pouco piores do que as mulheres. Em 1989 decidiu eliminar a estratégia, o que fez com que a proporção de professoras e professoras passasse de 40-60 para 20-80. A diversidade de género é boa nas salas de aula do ensino básico? É o que se interrogaram Ursina Schaede e Ville Mankki, que analisaram os efeitos de longo prazo sobre os alunos finlandeses da época, antes e depois de mudar a forma como os professores eram selecionados. A resposta curta é: sim, teve um efeito positivo. Mais professores homens, mais diversidade, traduziu-se num aumento do acesso de meninas e meninos à universidade e numa melhoria da sua situação laboral aos 25 anos. Veja aqui o artigo científico.

 

Work hard, play hard!

LIVRO

Conhecer e evitar as armadilhas do investidor

O Livro do Investimento Comportamental — Não seja o seu pior inimigo é a mais recente obra traduzida e editada pela Casa de Investimentos, fundada por Emília Vieira, sob a chancela “Biblioteca da Casa”. Da autoria de James Montier, com prefácio para a edição em português de Daniel Traça, trata-se de um guia detalhado para superar as armadilhas psicológicas encontradas mais frequentemente no investimento.
Neste livro, James Montier confronta-nos com os vieses comportamentais que nos afetam a todos sem exceção. São exemplos a aversão à perda, o apego a previsões e a informação que confirme as nossas convicções, e a tendência, ora para procrastinar, ora para agir, ora para o excesso de confiança e de otimismo, ora para o comportamento de rebanho. Baseado em evidência científica e com recurso a histórias reais (e até algum humor), ilustra como e porquê somos constantemente objeto desses vieses, e torna claro por que não os devemos ignorar. O autor prepara-nos para nos defendermos destes vieses comportamentais, evitando as armadilhas do investidor, explicando como aprender com os erros de investimento e explorando os princípios comportamentais que permitirão que o leitor tenha sucesso nos seus investimentos. Compre aqui.

 

LIVRO

170 receitas da autora de O Livro de Pantagruel

Bertha Rosa-Limpo (1894-1981) foi cantora lírica (actuou nos palcos italianos e portugueses) e uma empresária de sucesso. A menina envergonhada que não sabia cozinhar tornou-se numa compulsiva coleccionadora de receitas, que pedia a amigas, em restaurantes ou em viagens. Na mansão onde vivia em Lisboa testava todos os pratos, provados pela família, antes de constarem n’ O Livro do Pantagruel, editado desde 1946 e que já ultrapassou a 80.ª edição. A partir da 23.ª edição, passou a contar com a colaboração dos filhos, Maria Manuela Limpo Caetano e Jorge Brum do Canto, realizador de cinema, autor de filmes como “A Canção da Terra” e “Chaimite”.
Mas não se ficou por aqui. Criou a fábrica de cosmética Thaber (anagrama de Bertha), desenvolvidos com produtos naturais, a partir do receituário do seu pai, um oficial da Marinha, dono de uma farmácia em Lisboa. Os leites de limpeza, os batons, as máscaras para pestanas, os rouges e os pós de arroz Thaber eram divulgados pelas figuras mais conhecidas das artes e da moda, como Amália Rodrigues.
As Doces Receitas da Minha Avó Bertha Rosa-Limpo, de Nuno Alves Caetano, empresário e neto da autora da “Bíblia” da cozinha portuguesa inclui 170 receitas seleccionadas pela avó para um dia virem a constar na obra, mas que nunca entraram na actual edição de 3000 receitas. Compre aqui.

Publicado a 20 Novembro 2021

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