11 Brancos para as comidas de verão, e não só

A capacidade que o nosso país tem para produzir vinhos brancos de qualidade parece não ter limites. Feitos para serem bebidos em todos os momentos à mesa, os que seleccionei estão entre os muitos que degustei durante o ano passado e este ano. São sobretudo frescos, uns mais finos e elegantes que os outros, e têm características para serem boas companhias para as comidas de verão. Desde os peixes grelhados menos gordos aos crus e cozidos, às carnes brancas e saladas, passando pelos mariscos ao natural, cozidos, grelhados ou fritos, caldeiradas e cataplanas, massas e mesmo queijos e enchidos, as opções são muitas. Alguns já têm algum tempo de garrafa, mas precisavam disso e até um pouco mais para se poder usufruir de todo o seu potencial. São, de certeza, boas companhias de mesa, apreciados num copo apropriado e à temperatura correcta. Boas férias.

 

 

Adega Maior Sercial 2017

Adega Mayor

Casta: Sercial

PVP: 9 euros

(18/20)

Branco com aroma elegante e fresco, onde se salienta a fruta branca e citrina a lembrar lima e limão, e notas minerais a lembrar giz. Na boca é fresco, agradável e longo. Um vinho surpreendente, para agora ou para mais alguns anos, para apreciar devagar com mariscos com sabor a água do mar, como ostras e perceves, por exemplo.

 

 

Aveleda Reserva da Família Alvarinho 2016

Aveleda

Casta: Alvarinho

PVP: 10 euros

(16/20)

Aroma fresco, onde se salientam as notas de fruto tropical a lembrar maracujá e anona, e citrino a lembrar toranja. Na boca é fresco, longo e agradável, com algumas notas finais da madeira onde estagiou. É um vinho produzido com uvas de uma vinha de dois hectares perto da casa da família, as últimas a serem vindimadas antes do processo de fermentação, que decorre parcialmente em cubas de inox e barricas de carvalho francês. Também para beber agora ou ser apreciado durante muitos mais anos, na companhia de queijos ou pratos cozinhados de peixe.

 

 

Brejinho da Costa Selection 2017

Resigon

Castas: Arinto, Fernão Pires e Sauvignon Blanc

PVP: 8 euros

(16,5/20)

Branco de cor citrina com aroma muito fresco, onde se salientam as notas florais e citrinas, algum vegetal e uma salinidade que reflete a proximidade das vinhas desta casa ao oceano. Na boca é fresco, aromático e de persistência média. Uma boa opção para a companhia de mariscos e peixes durante este verão, servido entre os 8 e os 10ºC.

 

 

 

 

CT Grande Escolha Loureiro 2018

Casa da Tapada

Casta: Loureiro

PVP: 5 euros

(17,5/20)

O solar da Casa da Tapada foi erguido pelo poeta e humanista Francisco de Sá de Miranda no século 15. Hoje é a família Serrano Mira, proprietária da Herdade das Servas, que gere os seus destinos. É atualmente um espaço murado com 24 hectares, ocupado por 12 hectares de vinha, que está parcialmente em remodelação, um património edificado de charme, e uma mata centenária que merece visita. Entre os vinhos que produz, o CT Grande Escolha Loureiro é um branco de aroma contido, fresco e elegante, com notas florais de citrinos, fruta branca e de caroço, e alguma pedreneira. Na boca é fresco e longo, com um perfil que faz dele boa companhia para gamba cozida, por exemplo.  Ideal para o tempo quente, com excelente relação qualidade/preço.

 

 

Invisível Branco 2018

Ervideira

Casta: Aragonez

PVP: 11 euros

(17,5/20)

Produzido com lotes de talhões diferentes da casta, vindimadas em períodos distintos, é elegante e fresco, com aromas marcados pelas notas citrinas e de frutos vermelhos. Na boca tem algum volume e elegância, num vinho feito para ser parceiro de comida. Uma das suas vantagens é a plasticidade, pois tanto acompanha bem queijos, presuntos e chouriços, como pataniscas ou ameijoas à Bulhão Pato, por exemplo. Servir entre os 6 e os 8ºC.

 

 

Kompassus Reserva 2017

Kompassus

Castas: Arinto e Bical

PVP: 11,5 a 13 euros

(17,5/20)

Branco bairradino de cor citrina com tons esverdeados, mostra aroma fino e elegante, onde se sentem notas citrinas e de fruto de caroço, alguma mineralidade e especiarias. Na boca é volumoso e longo, com ligeiro fumado final. Um grande parceiro de comida e queijo, que se pode beber agora ou durante muito mais anos.

 

 

Marquês de Borba Vinhas Velhas 2017

João Portugal Ramos

Castas: Arinto, Antão Vaz, Alvarinho, Roupeiro

PVP: 13 a 14 euros

(17/20)

Vinho branco de aspeto cristalino. No seu aroma evidenciam-se os frutos cítricos amargos e doces, como a toranja e a tangerina, uma nota tropical e tosta da barrica. Boa frescura e mineralidade na boca, num vinho agradável e de final médio.

 

 

Pato Frio Antão Vaz 2018

Ribafreixo Wines

Casta: Antão Vaz

PVP: 7 euros

(16/20)

Branco alentejano de aroma elegante, fino, com notas tropicais a lembrar manga, e frescura e elegância na boca, onde tem final médio. Para beber agora ou durante alguns anos. Um vinho para pratos de carne branca, peixe e mariscos cozinhados. Aprecie-o com arroz de lingueirão, por exemplo.

 

 

Quinta do Gradil Alvarinho 2018

Quinta do Gradil

Casta: Alvarinho

PVP: 17 euros

(17/20)

Vinho Regional de Lisboa de cor citrina e aroma intenso, com notas a lembrar espargos, citrinos amargos e frutos tropicais. Na boca é equilibrado e mostra frescura e persistência, com notas finais minerais. Outro bom parceiro de marisco com sabor a mar, e pratos de peixe leves.

 

 

Scala Coeli Branco 2016

Adega da Cartuxa

Casta: Encruzado

PVP: 29 a 32 euros

(17,5/20)

Vinho feito com a casta que melhor se portou entre os cerca de 400 hectares de vinhedos da Adega da Cartuxa, este ano originária da Região do Dão. É um alentejano de aroma complexo, onde se sentem notas citrinas e de fruta branca, alguma mineralidade e um toque de nata. Na boca é elegante e fresco, longo, como todos os grandes brancos devem ser. Um vinho para pratos cozinhados de peixe, que irá evoluir positivamente com o tempo.

 

 

Torre da Palma Arinto Alvarinho 2018

Torre da Palma

Castas: Arinto e Alvarinho

PVP:  15 a 19 euros

(16,5/20)

Branco alentejano de aroma fresco, com toques minerais e citrinos. Final seco na boca, onde é persistente e elegante e tem boa acidez. Bom parceiro de queijos e enchidos, pode ser também apreciado na companhia de mariscos cozidos. Um vinho que pode beber agora, mas que irá melhorar ainda mais com algum tempo de garrafa.

O QUE SIGNIFICAM OS NÚMEROS

18 a 20

Um grande vinho, profundo, com uma personalidade e complexidade que o distingue de todos os outros e proporciona, a quem o degusta, uma experiência única.

16 a 17

Um vinho complexo, distinto, de boa qualidade e potencial de evolução, que vale sempre a pena apreciar.

14 a 15

Um vinho bem feito, consistente, que proporciona satisfação a quem o bebe.

12 a 13

Um vinho simples e honesto, do dia-a-dia, sem defeitos nem aspirações.

Todos os vinhos com classificação inferior são desinteressantes, desequilibrados ou apresentam defeitos. Nunca serão mencionados nestes artigos.

 

Publicado a 31 Julho 2019

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