Abre museu Camille Claudel

Reconhecimento merecido para a escultora conhecida, no seu tempo, como a musa e “brilhante aluna de Rodin”.

O museu dedicado a Camille Claudel fica em Nogent-sur-Seine.

Desde o dia 26 de Março já é possível, finalmente, apreciar a obra da escultora Camille Claudel, conhecida no seu tempo como a “brilhante aluna de Rodin” e sua musa. Situado numa propriedade onde a família Claudel viveu entre 1876 e 1879, o Museu Camille Claudel presta a merecida homenagem e divulgação a uma artista que enfrentou as dificuldades que se impunham a qualquer mulher que pretendesse superar o anonimato que lhe votava o seu papel social.

A famosa escultura “O Abandono”.

O mérito da sua obra, inovadora e tecnicamente evoluída, só seria reconhecido unanimemente vários anos após a morte da artista. Camille não só contou com o preconceito de um meio artístico e social predominantemente masculino, o da escultura, como também o dos seus próprios familiares e amigos. Com exceção do pai, que apoiava incondicionalmente o seu talento artístico, a sua mãe e o seu irmão, o diplomata e escritor Paul Claudel, reprovavam a dedicação de Camille à escultura, pois esta não era “um trabalho de senhoras”.

Apesar das inúmeras adversidades que enfrentou, Camille Claudel conquistou o P´remoo do Salão de 1888 com a sua escultura “O Abandono”.

Não obstante toda a adversidade que o seu trabalho enfrentou, o valor da obra de Camille não passou totalmente despercebido, conquistando o Prémio do Salão de 1888 com a sua famosa escultura “O Abandono”. Chegou mesmo a conquistar o reconhecimento de alguns críticos de arte, como Octave Mirbeau que frequentemente elogiava o seu génio e a considerava mais “revolucionária” que Rodin. Também o compositor Claude Debussy se contava entre os amigos e admiradores da jovem escultora.

Um retrato de Camille Claudel.

Localizado em Nogent-sur-Seine, o Museu conta ainda com obras de Rodin, Paul Dubois e Alfred Boucher, quem, impressionado com o talento da jovem Camille, lhe deu as primeiras lições de escultura. De entre as mais de 300 obras expostas, destacam-se as obras “A Valsa”, “A Suplicante” e “Abandono”, trabalhos que espelham o génio e a mestria de Camille, bem como o sofrimento causado pela sua relação com Rodin, e o abandono a que havia sido votada pela sua família. A entrada é gratuita para menores de 26 anos e estudantes, para o restante público, a tarifa é de 7€.

Para mais informações, visite: http://www.museecamilleclaudel.fr/

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