A Geração Z não tem ambição?

Ao contrário dos seus pais e avós, a Geração Z parece não ter ambição de chegar a cargos de topo nas empresas. A tendência já é conhecida como quiet ambition.

No topo das prioridades da Geração Z estão mais flexibilidade e mais diversidade.

Ser promovido e crescer na empresa pode ser uma das principais métricas de sucesso profissional, mas não para a Geração Z, nascida entre 1997 e 2012. Pesquisas recentes mostram que os mais jovens não têm ambição de chegar ao topo, seja por falta de preparação, de confiança ou de interesse. A nova tendência ficou conhecida como quiet ambition, destaca a Forbes. Segundo um estudo da Korn Ferry, consultora global de gestão organizacional, 67% dos inquiridos acreditam que os líderes de hoje não estão preparados para o futuro. “As empresas não desenvolvem competências para que os talentos, jovens ou não, estejam aptos quando a ocasião chegar”, explica o diretor da consultora. Paralelamente, há também um desinteresse em assumir cargos de responsabilidade. Uma pesquisa da CoderPad, identificou que 36% dos profissionais da Geração Z não têm intenção de assumir cargos executivos. A consultora Harvard Gorick, que entrevistou centenas de jovens em todo o mundo, mostrou que menos de 2% tem a ambição de subir na pirâmide corporativa.

Para as gerações mais velhas, que ambicionavam subir na hierarquia até ao topo, a nova tendência no mundo corporativo e a recusa da liderança pode surpreender. Os especialistas apontam a escassez de role models e a experiência com líderes autoritários como fatores para esta falta de ambição da nova geração, a última a entrar no mercado de trabalho, e que traz novas prioridades: mais flexibilidade e um olhar para diversidade. Um estudo da Deloitte, aponta que 31% dos jovens já rejeitou algum tipo de emprego por acreditar que a empresa não está alinhada com os seus princípios éticos. Muitas vezes, é a própria empresa que precisa de se transformar para receber os futuros líderes. Muitos desses jovens iniciaram as suas carreiras durante a pandemia e precisam de apoio para compreender as dinâmicas do mundo corporativo e para desenvolverem algumas áreas-chave, como a colaboração, empatia e compaixão, visão estratégica e habilidades sociais específicas, que possam garantir a criação de redes de networking necessárias para as suas carreiras.

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