Kara Loewentheil que dedicou grande parte da sua carreira de advogada a defender os direitos da mulher, ensina-as agora a desprogramarem padrões sexistas que impactam os seus cérebros e as impedem de progredir. No seu livro Take back your brain, explica como as mensagens sociais sexistas sobre dinheiro impactam as mulheres e as suas finanças pessoais, revelando três mentiras que as mulheres têm de deixar de acreditar sobre dinheiro, citadas pelo FastCompany.
Mentira 1: O dinheiro é assunto de homens. Este conceito é imposto desde muito cedo. Um inquérito realizado a mil pais revelou que estes têm mais tendência para ensinar as raparigas a poupar dinheiro e os rapazes a construir riqueza. O preconceito está tão profundamente enraizado que mais de metade das mulheres casadas revelam deixar as decisões de investimento para os maridos, o que as deixa financeiramente mais dependentes, sobretudo dos homens. As mulheres são ensinadas a pensar que devem ser conservadoras e cuidadosas com o dinheiro e a julgarem-se a si próprias por gastarem “demasiado”. Quando, na verdade, os estudos mostram que são melhores administradoras do dinheiro e investem melhor do que os homens, conseguindo melhores resultados.
Mentira 2: Preocupar-se com dinheiro ou querer tê-lo é sinal de ganância. Não é por acaso que o mundo das organizações sociais é maioritariamente composto por mulheres. Porque a crença que se instituiu é que as mulheres devem preocupar-se apenas em ajudar os outros, não em querer ganhar dinheiro, o que acaba, muitas vezes, por influenciar a sua vida profissional. As pesquisas provam que as mulheres têm 25% menos probabilidade de negociar um aumento salarial do que os homens, em parte, porque tendem a acreditar que se trabalharem arduamente, o seu esforço será recompensado sem necessidade de negociação. Não conte com isso.
Mentira 3: Não há como ganhar, por isso mais vale não tentar. Muitas mulheres receiam que negociar o salário ou pedir um aumento ou promoção possa passar uma imagem agressiva ou demasiado ambiciosa de si próprias. Quando se aceita a premissa de que temos de nos contentar com o que temos porque não conseguimos melhor, seja na vida profissional ou pessoal, estamos a oprimir-nos. Quem está disposta a afastar-se para encontrar outro local de trabalho não só ajuda a elevar as expectativas culturais globais como a dificultar a atuação discriminatória nas empresas.
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